Capítulo 2

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(((NOTAS: Olá e muito obrigada a quem comentou no último capítulo! <3

Acho importante eu avisar que alguns capítulos, como esse, vão se passar no passado e vão contar a história do Kenji e do Nat (e eu espero que vocês curtam esse nucleo da história também).

É isso, boa leitura e não se esqueçam de comentar pra eu saber o que estão achando! <3 ))))


Nathan

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Nathan

Eu penso sobre o Kenji mais vezes do que eu gostaria. Reviver nossa história é a única coisa que tem mantido minha sanidade depois que ele se foi.

Ele é o lugar que minha mente vai quando está à toa e, por mais que eu tente evitar, eu não consigo.

Eu me lembro claramente do dia que nos conhecemos. Tínhamos 6 anos, e uns garotos da minha turma me empurraram e pegaram meu lanche. Eu estava chorando no canto do pátio, quando um garoto de cabelos pretos e bochechas redondas veio e me deu metade do seu sanduíche.

No outro dia, eu o vi empurrando da escada um dos garotos que implicou comigo. Kenji ganhou dois dias de suspensão e eu ... bom, eu ganhei um melhor amigo.

Foi assim que começou a amizade que me fez sobreviver a minha infância turbulenta. As coisas não eram fáceis na minha casa, e nem na dele, então nos apoiamos um no outro. Crescemos juntos, inseparáveis. Eu estava sempre em sua casa jogando videogame, treinando vôlei no quintal ou apenas conversando a tarde inteira. Entramos para o time do colégio juntos e meu amor por vôlei cresceu junto com o meu amor por Kenji. Éramos uma dupla, no jogo e na vida.

Kenji conhecia todos os meus segredos.

Todos, menos um.

Eu demorei a perceber que estava me apaixonando. Tínhamos 14 anos e Kenji começou seu primeiro namoro com uma garota da nossa turma chamada Luísa.Toda vez que eu ia para casa dele, Luísa estava lá. Eventualmente, eu só... parei de ir. As coisas ficaram estranhas entre nós, e eu não conseguia entender que sentimentos eram aqueles surgindo em mim. Eu só sabia que odiava ver Kenji com a Luísa.

Um dia, voltando para casa da escola a pé com Kenji, ele veio me interrogar sobre.

— Cara, por que você não gosta da Luisa?

Dei de ombros.

— Eu não tenho nada contra ela — o que era verdade. Luísa era legal, eu só não conseguia ficar perto dos dois.

— Você parou de ir lá em casa depois que ela começou a ir também.

— Eu só estive ocupado.

Kenji me parou, segurando meu braço devagar.

— Vamos lá pra casa hoje? Só nós dois — ele colocou o braço ao meu redor, e me puxou para continuar andando. — Ciumento.

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