Capítulo 4

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— Tudo bem, Srta. Yoshihara, — Slughorn diz a ela, apontando para onde Josh está sentado. Ele olha para a mesa rapidamente, seu coração caindo aos pés.

— Por favor, encontre seu lugar ali ao lado do Beauchamp — diz ele, entregando a Hina um livro usado com um sorriso. Ao ouvir seu nome, Josh olha para cima, encontrando imediatamente os olhos da nascida trouxa.

Ele se sente paralisado em seu assento, com as mãos imóveis no colo. Hina parece... quase desapontada. Josh de repente fica muito irritado consigo mesmo. Hina nem se dá ao trabalho de se apresentar enquanto puxa a cadeira de debaixo da mesa. Ela raspa alto na sala silenciosa. Josh se encontra em silêncio também.

— Tudo bem, todos. Como um favor para Madame Pomfrey, estaremos preparando Sleeping Drafts para restaurar o suprimento dela. Percebo que todos vocês aprenderam isso em seu terceiro ano, então deixarei muito disso para vocês. Os ingredientes estão na despensa e – se você precisar deles – as instruções estão em seus livros. Você é obrigado a inventar pelo menos um rascunho até o final da lição, por favor, use seu tempo com sabedoria.

Quando Slughorn conclui seu pequeno discurso, ele dá um passo para trás, observando a sala enquanto todos rapidamente começam a trabalhar. Ele fica preocupado quando vê que Josh e Hina não se moveram um centímetro de suas posições.

— Vou pegar os ingredientes, — Josh diz rudemente, levantando-se tão de repente que a mesa fica tremendo em seu rastro. Ele não espera que Hina responda e, se o fizer, Josh não ouve nada.

Uma vez na despensa, ele se permite um segundo de tempo para respirar fundo. Tudo está bem.

Tudo está bem.

Ele volta para encontrar um caldeirão escuro sobre a mesa.

— Oh, — Josh solta, completamente por acidente. Hina olha para cima, hesitando por um segundo antes de franzir as sobrancelhas.

— Algo está errado? — ela pergunta, sua voz como veludo, mas um pouco hesitante, um pouco hostil.

— Por um lado, há uma lata de lixo em nossa mesa, — Josh deixa escapar antes que ele possa se conter. Hina olha para cima bruscamente, seus olhos pegando no caldeirão que Josh está se referindo.

— A lista de equipamentos sugeria que um caldeirão de estanho seria suficiente — afirma Josette, claramente ofendida ao abrir um pote de raminhos de lavanda.

— Certo, — Josh concorda. O caldeirão de ouro maciço em sua mochila magicamente expansível parece pesado em desuso. Ele sabe que eles poderiam fazer a poção muito mais rapidamente com ele, mas permanece quieto. Ele tem medo de ofender Hina mais uma vez, embora nunca tenha tido problemas em ofender alguém antes.

O par não fala pelo resto de suas duas horas, trabalhando harmoniosamente na poção sem palavras.

Quando Josh terminar de esmagar as ervas em pasta, Hina já estará pronta para jogar muco de verme no caldeirão. Quando Hina terminar de cortar o feijão Sopophorous necessário para a poção, Josh já terá começado a aquecê-lo.

Eles trabalham lado a lado sem esforço, como se trabalhassem juntos há séculos. Josh tem o terrível pensamento repentino de que Hina é a melhor parceira com quem ela já trabalhou para poções. Ela faz o trabalho igualmente e nunca vacila ou para para ler as instruções uma segunda vez. Josh rapidamente afasta o pensamento, lembrando que Hina é uma nascida trouxa e que isso é apenas sorte.

Eles são os primeiros a terminar, Hina acenando com a varinha sobre a poção trinta minutos antes da aula terminar. Torna-se um roxo profundo, como deveria, e Slughorn corre para elogiá-los e tampar a garrafa cheia.

Josh revira os olhos no segundo que ele sai, bufando levemente quando percebe que Hina e ele estão sozinhos por meia hora. Eles se sentam desajeitadamente por cerca de dez minutos até que Josh se levanta e sai. Ele é chamado de volta imediatamente, apenas dois passos para fora da porta.

— Com todo o respeito, senhor, terminamos nossa poção, — ele diz a Slughorn quando ele o repreende por tentar desocupar a sala. Ele franze a testa, olhando entre Hina e Josh preocupado por algum motivo que ele não consegue identificar.

— Hmmm — ele murmura. — Já que você tem tempo extra em suas mãos, espero que vocês dois não tenham problemas em enviar esta carta para o professor Flitwick para mim.

Josh suspira profundamente, seus olhos se fechando rapidamente. Ele instantaneamente se arrepende de tentar sair mais cedo. Ele pode ver Sabina rindo no fundo da sala.

— Claro que não, senhor — diz ele, e no canto do olho vê Hina juntando suas coisas e enfiando o caldeirão na bolsa.

Se foi estranho na aula de poções, é ainda mais estranho nos corredores. Josh tem certeza de que Hina está furiosa por dentro pelo que Josh os meteu.

— Você sabe, eu estava perfeitamente bem sentada sem fazer nada — Hina quebra o silêncio quando eles chegam ao nível do solo e estão fora das masmorras. Josh sente que a raiva despenca ainda mais sua atitude.

— Oh, me perdoe por não ter a personalidade de um couch potato — ele morde contra os dentes cerrados.

— Não — Hina ri, um som vicioso saindo de lábios macios. — Em vez disso, você é um puro-sangue privilegiado que acredita que tem direito a tudo o que quer.

O coração de Josh para completamente. Ele congela em seu lugar, e Hina dá quatro passos antes de perceber e fazer uma pausa também.

— E quem é você para pensar que tem direito a uma opinião sobre mim? — Ele dá um passo à frente, perguntando-se por que se deu ao trabalho de pensar tanto em Hina em primeiro lugar.

— Eu só estou aqui há um dia e meio, mas eu ouvi tudo sobre você... — ela para. — Josh Beauchamp.

Hina diz o nome de Josh como se fosse uma piada, e dói apenas entre as camadas de sua pele. Ele descobre que não pode produzir um som.

— Você acha que as pessoas me odeiam pelo meu sangue? — Hina pergunta, ela também, dando um passo à frente. — Eles odeiam você ainda mais por causa do seu.

Josh tem apenas um segundo para pensar que esta é uma garota muito diferente da que ele viu na noite passada.

Esquecendo o envelope de Slughorn em sua mão, ele cerra os punhos ao lado do corpo, tentando pensar em algo para dizer que não o faça parecer um idiota.

Você é melhor do que ela, ele tenta dizer a si mesmo. Eleve-se acima disso.

— Você não sabe do que está falando — diz ele, em vez de tudo o que ele quer, pontuando com um dos olhares mais venenosos que ele já deu.

Hina pisca duas vezes, talvez como se tivesse esquecido de si mesma.

— Talvez, — ela diz curiosamente, e Josh quer desesperadamente perguntar o que ela está pensando. — Agora, se você me der licença, o professor Flitwick está esperando.

Ela pega o envelope da mão agora aberta de Josh antes que Josh possa sequer piscar, fazendo um movimento para passar por ele. Josh não se mexe, permanecendo em sua posição enquanto os olhos de Hina se estreitam. Seus ombros roçam quando a nascida trouxa finalmente passa por ele, a queimadura do toque momentâneo persistindo momentos depois que ela se afastou.

Josh nem tenta dizer a ela que está indo na direção errada. Ele se pergunta se Hina sabe quem é o professor Flitwick.

-> couch potato: alguém que faz pouco ou nenhum exercício e assiste muito televisão

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