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Capítulo 2

Dentro do escritório do diretor está um caos total. O professor Slughorn e o professor Binns estão discutindo sobre assuntos triviais que realmente não têm nada a ver com o assunto em questão. O Professor Snape e a Professora McGonagall estão discutindo sobre o significado da profecia, enquanto os outros professores exigem saber se é mesmo real.

Os únicos dois que não falam são a sempre confusa Sybill Trelawney e Alvo Dumbledore, que está de pé sobre uma Penseira em busca da memória que ocorreu apenas trinta minutos atrás.

Uma luz branca sai de sua varinha para a Penseira e, um segundo depois, o incidente preocupante se desenrola diante dele. A sala fica em silêncio enquanto todos se esforçam para observar a memória de Dumbledore.

Trelawney observa a si mesma enquanto avisa uma profecia da qual não consegue se lembrar.

— Quando o sol nasce,
o fim da paz se estabelecerá,
e Merlin vai agitar em raiva
com a primeira hora da manhã.
Ele reinará a destruição sobre a natureza,
transformando os mares em gelo
e as florestas ao fogo.
Dois precisarão se unir
um sangue puro,
da casa da cobra
e outra sem nenhum nome,
mas de muito do mesmo.
Apenas a união deles pode realmente nos libertar da ira de Merlin.
E o herdeiro do grande mal
se tornará o salvador do mundo bruxo.

À medida que a memória chega ao fim, a equipe volta à desordem em que havia encontrado conforto antes. O Professor Snape continua com uma pena na mão, transcrevendo a profecia assim que foi concluída.

— Acalmem-se, todos, — Dumbledore grita pacientemente, sentindo como se estivesse falando com um grupo de alunos do primeiro ano. Por sua vez, os funcionários olham para ele, esperando inquietos pelo que ele tem a dizer a seguir.

Como sempre, Dumbledore atrasa seu discurso por causa do drama, e – como sempre – a Professora McGonagall bufa de aborrecimento.

— Parece... o que temos é uma verdadeira profecia— Antes que ele possa terminar sua frase ou acrescentar mais, a sala se dissolve em uma comoção feroz mais uma vez.

— Isso é loucura! — Trelawney exclama, e a Professora McGonagall tem o desejo repentino e profundo de estrangulá-la.

— Eu sabia que nunca deveria ter aceitado esta posição de professor, — o Professor Slughorn murmura sem graça baixinho, como se sua presença tivesse invocado pessoalmente a fúria de Merlin.

— O que nós fazemos? — O professor Flitwick perguntava repetidamente e, pela primeira vez, Dumbledore não tinha uma resposta precisa.

— Nós a interpretamos da melhor maneira possível, e então fazemos tudo ao nosso alcance para evitar a destruição que ela descreve, — ele diz, dando um passo para trás enquanto os professores se aglomeram ao redor do Professor Snape e sua transcrição da profecia. Por apenas um segundo, no conforto de sua própria mente, Alvo Dumbledore se permite imaginar o que Gellert Grindewald faria.

Um nó apertado se forma no espaço onde seu coração deveria estar, e ele pisca de volta para a situação em questão.

— Tudo bem, devemos decifrar isso agora. Não vai demorar muito até de manhã, e nós temos a melhor chance quanto mais rápido pudermos traduzi-lo, — a Professora McGonagall diz a seus colegas de equipe, pegando um pouco de tinta e uma pena.

— Acho que é bastante óbvio. — O professor Snape suspira. — Essencialmente, o equilíbrio da natureza será instável, a menos que dois alunos consigam salvá-lo.

— Dois alunos? Como você pode inferir isso? — O professor Flitwick entra.

— "Casa da cobra" está claramente se referindo a Slytherin—