Chapter 7: Terra do nunca

52 1 0
                                    

Pov Autora

Kisa estava se preparando para levar todos para a Terra do Nunca. Seu irmão Jerry era prioridade para o grupo agora.

Barry e Noah conversavam animadamente sobre velocidade e quanto tempo demorariam para dar uma volta ao mundo.

Finn, Kol e Henrik riam de Klaus, que resmungava por ter sido "morto" sem remorso pela garota, mesmo ela sabendo que ele era um metamorfo.

Freya preparava o chá que os deixaria mais calmos para atravessar uma dimensão em segundos.

A ida para a Terra do Nunca não era algo difícil, mas o portal teria que ser maior para levar a grande família.

A garota refletia enquanto se preparava: seu reino ficava um pouco distante de onde os piratas viviam, e seu amigo Peter não mandava mais cartas depois de descobrir sobre sua linhagem.

A linhagem Louis era poderosa, composta por lobisomens, anjos e bruxos. Eles nasciam com direito ao trono da Terra do Nunca, mas, devido aos inimigos, os últimos da linhagem tiveram que se separar por alguns anos.

Muitas revoltas aconteciam naquela terra. Se não fosse pela magia, aquele lugar poderia ser um substituto perfeito para a atual realidade, onde corrupção e desavenças são comuns.

— Estou pronta — disse Kisa, determinada, ao abrir o portal em seguida. — Não toquem nas plantas, cuidado com as crianças perdidas e matem os piratas.

— Sempre quis ir à Terra do Nunca. As histórias dos meninos perdidos são incríveis, e o jeito como Kisa descreve Peter faz ele parecer a primeira maravilha do mundo — contava Noah a Barry, que ouvia tudo atentamente.

— Peter? — perguntou Finn, olhando para a sobrinha. Ele já a tinha ouvido sussurrar esse nome enquanto dormia.

— Eles se casaram por um tempo, tio. Meio ano aqui equivale a uns 250 anos na Terra do Nunca.

A garota deu um tapa na cabeça do irmão e atravessou o portal cuidadosamente, sendo seguida por sua família.

O lugar era cheio de flores e árvores nunca vistas antes, uma paisagem encantadora que quase gritava que ali havia magia, algo surreal que aqueles Mikaelson antigos nunca imaginaram ver novamente após a evolução do mundo. Um lugar puro, sem poluição visual, sonora ou atmosférica.

Ainda abismados, eles caminhavam em direção a uma cabana localizada sobre uma cachoeira envolta por cerejeiras, que agraciavam o local com um doce perfume. Durante o percurso, Barry se sentia nervoso. Era a primeira vez em anos que veria novamente sua metade, seu irmão gêmeo, sangue de seu sangue.

Pov Kisa

A cabana de Jerry era confortável, tanto por fora quanto por dentro. O design me lembrava a cabana onde morava a verdadeira mãe dele. Era um sonho meu de consumo, algo que espero um dia ter.

Andávamos lentamente, aproveitando o som da água e o bom aroma, até meu querido irmão (nota-se a falsidade) Noah cair em um buraco que levava à cachoeira, que por sinal era bem funda.

Revirei os olhos com a cena. Ele só estava vivo graças ao colar dos irmãos M, caso contrário, já teria se tornado um sedento por sangue para sempre. O colar lhe permite voltar a ser humano por opção, algo que desenvolvemos para que nenhum dos irmãos vivesse infeliz com uma escolha impossível de ser desfeita.

Fala sério, ser imortal e perder a chance de ser uma pessoa normal por um tempo ou morrer? Eu escolheria ser imortal, mas ainda assim é uma decisão difícil para pessoas indecisas.

Impedi Barry de pular na cachoeira. As sereias são traiçoeiras com quem não conhecem e são bem espertas, gostam de enganar, seduzir e matar.

— Eu vou. Elas sabem que só existe um Jerry — expliquei a ele, que me olhou confuso. Logo, pulei na água e nadei até Noah, que imitava um bebê sereia ruivo. Revirei os olhos e o levei de volta à superfície, mas fui vista por uma sereia fofoqueira.

Bebês sereia aprendem a caçar desde pequenos, são criados para serem os mais espertos, e isso incomoda quando se quer fazer um mergulho. Todos os bebês acham que conseguem lidar com quem não é sereia e mordem com força, até perceberem que não têm dentes.

Ao subirmos à superfície novamente, ajudei Noah a sair e sequei nossas roupas com uma planta própria para retirar a umidade. Após essa pequena resolução de problemas, continuamos o caminho até a cabana.

Barry bateu na porta uma, duas, três, quatro vezes, até Jerry abrir e ficar boquiaberto ao ver seu gêmeo à sua frente. Se eu não fosse fofoqueira eu não acreditaria que eles estavam tão parecidos assim, acho que ninguém esperava, já que não possuem o mesmo pai.

— Irmãos, poderiam me dizer o que está acontecendo aqui? — perguntou ele, ao ver a mim e a Noah.

— Vibração ruim na terra, irmãos M vão se reencontrar e blá-blá-blá — resumiu Noah, arrancando uma risada fraca de uma minúscula fada namoradeira deitada na janela.

Barry não falava nada, apenas observava seu irmão e o quão semelhantes eles eram. Então, como sempre, decidi dar um empurrãozinho.

— Não temos tempo para conversar. Temos que ir antes que a fofoqueira da Marjorie conte ao Peter que estou aqui com visitantes e a cópia do Jerry.

— Merliah foi visitar a mãe no outro continente, deixarei um bilhete avisando. Entrem — ele olhou para o gêmeo, refletindo. — Não esperava que você fosse tão parecido comigo, Bartholomew. Estou feliz em revê-lo.

— Me chame de Barry, é menos formal.

— Tocou no ponto fraco do mini Elijah, Barry. Formalidade e ternos são assuntos que poderiam ser discutidos por milênios — disse tio Henrik.

— Tio Henrik? Há quanto tempo você pode andar livremente pelas dimensões?

— Dããr, desde que criaram o colar dos irmãos M. Lá eu posso comer e andar livremente, sobrinho.

— Ele até consegue usar coisas fantasmas — disse Ben entrando na conversa. — Tecnologia avançada, esse treco de colar mágico fez ele ficar meio tan tan das ideias.

Após uma breve explicação, Jerry ofereceu comida à família e explicou como as coisas funcionavam ali. Depois, ele se retirou para conversar com Barry, deixando uma família de originais em uma casa em outra dimensão, o que resultou em muita bagunça e barulho.

Assim era a Terra do Nunca, mas essa ainda não é a melhor parte dela.


CONTINUA...

Escrevam sugestões e votem.

O Legado Mikaelson ☑- EM REVISÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora