O plano.

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O dia amanhecia calmo para a enorme família Mikaelson. As crianças das lendárias andavam em fila para tomar o café da manhã no pátio do condomínio da família, junto de todas as outras crianças que residiam ali.

Mattheo dividia uma casa com seus sobrinhos, afinal ele e Tom haviam prometido para Kisa que cuidariam de cada pedaço dela deixado no mundo antes de sua morte.

A morte dela ainda era proibida de ser citada pela família. 

A garota já estava morta a anos, tantos anos que seus filhos do meio já tinham ativado a imortalidade e os mais velhos já estavam montando sua própria família, sua filha mais nova Madison ainda era jovem e estudava com seus irmãos, os mesmos que insistiram para passar mais tempo estudando e adquirindo conhecimento.

— Tio Mattheo, já está acordado a muito tempo?

O moreno saiu de seu transe e sorriu ao ver a ruiva do seu lado. Não que gostasse de admitir, mas Maddie era sua protegida, principalmente pelo fato de que a mesma havia perdido a mãe e o pai no mesmo dia, ele era a referência paterna dela. Assim como Finn foi para Kisa.

Não que os irmãos de seu pai não cuidassem da garota, mas eles tinham também seus filhos e suas vidas, então tentavam ao máximo serem presentes.

— Nem dormi querida. Você e seus irmãos voltam a estudar hoje não é?

— Sim tio. A vovó Diana disse que nos levaria para a escola. Mas acho que hoje ela e o vovô Klaus vão ajudar a tia Hope a preparar o casamento.

— Eu levo vocês se você quiser ruivinha. Seu tio Tom vai chegar de Hogwarts ainda essa semana, ele disse que encontrou algumas cartas dela...

— Obrigada tio... Por nos levar e me dar essa informação — a ruiva hesitou em falar algo, mas reuniu suas forças e confiou mais uma vez em sua figura paterna — Sabe, eu tenho passado bastante tempo no globo... Eu, a Rae, o Rhys e o Rafe, as vezes o Sam e acho que Sophie também. Mas quem mais vai lá sou eu. Eu gosto de estar lá, ela sempre da os melhores conselhos e o meu pai as vezes consegue aparecer.

— O globo foi a melhor coisa que ela deixou depois de você e seus irmãos...

— É. Isso faz as cartas "para quando tiver" parecerem bobeira... Ela sempre me aconselha sobre decisões que eu tenho dificuldade. Queria que fosse tudo real.

— Eu também, eu também...

A garota não sabia, mas Mattheo também passava um tempo conversando com um clone de sua irmã preso a um pequeno globo de neve, numa casa aconchegante que não passava de uma cópia de onde ela queria viver. Todos sabiam que nem seus gêmeos e nem seus filhos haviam superado a morte de Kisa.

A garota escovou os dentes e saiu com seu tio para tomar o grande café da manhã em família 

...

Chegar na escola sempre era um desafio para aquele quarteto. 

Rachel, vivia tendo crises de pânico e em uma delas seu cabelo antes loiro se tornou preto azulado como o mais profundo mar. Suas tias bruxas a analisaram e disseram que isso era normal por ela ter a magia de sua mãe, assim como todos seus irmãos tinham. Essa magia ao qual era forte o suficiente para alimentar um cemitério de dois milhões de bruxas.

Rhysand, mesmo que não demonstrasse, perdia a cabeça e deixava sua raiva o tomar. Suas crises de raiva eram tão constantes quanto as de asma antes de sua transformação. Isso o fazia ser brutal em seus jogos de lacrosse e nos treinos com seus tios, isso assustava a família.

Já Rafael, o mais calmo deles, deixou seu coração congelar. Não o deram o titulo de Jack Frost a toa, o garoto soltava gelo por suas mãos e congelava tudo que tocava quando tinha uma crise de personalidade. Ele esquecia quem era e atacava a todos que não eram sua família. E com família quero dizer seus irmãos, seus tios Tom e Mattheo, seu pai e Charlie, o filho adotivo de sua tia-avó Rebekah.

O Legado Mikaelson ☑- EM REVISÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora