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— Se talvez eu fosse suficiente? Eu sou suficiente!Bilhetes de Ódio - Penelope Ward & Vi Keeland

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— Se talvez eu fosse suficiente? Eu sou suficiente!
Bilhetes de Ódio - Penelope Ward & Vi Keeland

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— Deixa eu ver se entendi. — Benjamin dá uma tosse falsa e cruza as mãos sobre a mesa. — Você vai fingir namorar com a Zoe e ainda vão viajar juntos para Itália? — Pergunta, quase sem acreditar.

Nem eu acredito ainda.

— Esse é o plano, se ela concordar. — Eu resmungo, ainda nervoso de tudo acabar ruim.

— Claro que ela vai aceitar, não tem outra opção. Todos já pensam que vocês são namorados, a melhor ideia é continuar com isso. — Connor declarou. Ele oferece um sorriso satisfeito.

— Infelizmente, preciso concordar com o Connor. — Stacey entra na sala, acompanhada por Jack.

— Nunca imaginei que veria o Dominik beijando alguém estampado na capa de uma revista. — O produtor brinca, e eu escondo meu rosto de vergonha.

— Ainda precisamos descobrir quem tirou aquela foto. Não é possível que nenhuma das nossas câmeras conseguiram identificar nada. Quanto azar. — A loira diz, realmente decepcionada.

— Vão querer envolver a polícia ou algo assim? — Ben pergunta, tentando ajudar.

Todos ficamos calados diante da pergunta. Foi sim invasão de privacidade, mas não sei se quero ver algum amigo meu sendo preso por isso.

— Ainda não. Vou pensar sobre o assunto, preciso conversar com a Zoe primeiro. — Falei decidido.

Peguei meu celular temporário e guardei no bolso, entrando no carro junto com Stacey. Ela me ajudaria durante a pequena reunião que decidi fazer.

Combinei de encontrar Zoe em uma cafeteria, e claro que Evelyn decidiu ir também.

Demora alguns minutos pra chegar, ainda mais tendo que conferir se não estamos sendo seguidos ou coisa parecida. Assim que o carro parou, entrei correndo para não acabar sendo filmado por alguém. Não ajudaria em nada no que vou pedir.

Consigo avistá-las numa mesa no fundo, discutindo algo sério. Dou passos rápidos e elas percebem minha presença na mesma hora e imediatamente ficam caladas.

— Oi, meninas. — Dou um sorriso de leve e me sento na cadeira cor de bronze.

— É realmente muito bom ver vocês depois da festa, como estão? — Stacey pergunta, indo abraçar as duas se sentando depois, acomodada no lugar.

Observo Zoe de canto e sei que ela está com o cabelo preto solto e usa sua blusa verde junto com a calça jeans que combina muito bem, mesmo que pareça estar fingindo que não estou aqui.

— Estou ótima, mas não esperava que esses dois fossem dar trabalho pra gente. — Evelyn brinca, me fazendo ficar com o rosto vermelho de vergonha. Me sinto uma criança.

— Evelyn, para com isso. — Zoe reclama, olhando irritada para irmã.

— Ok, sem brincadeiras. Vamos ser diretos então. — Evelyn diz, colocando as mãos em cima da mesa e olhando curiosa. — O que faremos pra resolver a situação?

— Dominik teve uma ideia ontem e acho que pode ser bastante útil, se pensar bem. — Stacey começa, me dando a chance de começar.

Todas as três olham pra mim, esperando. Respiro fundo e resolvo falar de uma vez.

— Você precisa apresentar um namorado pra seus fãs e eu preciso de uma acompanhante pro casamento do meu pai, então podemos continuar nisso e entrar no jogo. Todos já acham que estamos namorando escondido desde o casamento do Ben, vamos levar isso a frente. — Eu digo, sem pausas.

Zoe pisca, sem mostrar nenhuma reação positiva ou negativa do assunto.

— Pelo meu poderoso Oscar, essa é exatamente a ideia que a Zoe falou comigo. Estão conectados, que fofo. — A atriz declarou, batendo palmas de tanta alegria.

— Então você concorda que é a única saída? — Pergunto, finalmente encarando os olhos dela.

— Se eu falar que foi apenas um beijo, vão dizer que traí meu namorado ou desconfiar que ele realmente nunca existiu. — Explicou aflita. Eu afirmei na hora.

— E eu não quero falar pra meu pai que vou ter que levar uma desconhecida no casamento dele. Prefiro ir nessa festa com alguém que eu me dou bem. — Ajeito o óculo, tentando soar tranquilo.

— Vocês são tão fofos! — Evelyn insistiu, chamando o garçom pra fazer o pedido.

— Eu pensei que fosse ser mais difícil convencer você. — Confessei, sorrindo agradecido. Era um alívio saber que ela pensava a mesma coisa que eu.

— E eu digo o mesmo. Agora, como vamos contar que estamos juntos? E a quanto tempo exatamente? São muitas perguntas que as pessoas fazem. — Ela tira um caderno e uma caneta cheia de adesivos da bolsa.

— É pra isso que estou aqui, disposta a fazer o meu trabalho. — Stacey lembrou. — Quando perguntarem como vocês se conheceram, vai ser a mais simples. Basta dizer que foi em uma festa, afinal, várias vezes se falaram nessas festas de outros famosos.

— Ok, anotado. — Zoe falou, parecendo empolgada com isso. Era engraçado.

— Quando tudo começou? Simples também. Por troca de mensagens foram se aproximando, marcavam de sair juntos e um dia se beijaram. A coisa ficou mais séria e resolveram namorar. — A loira continua montando toda a história. É impressionante.

— O motivo de esconder o namoro tem que ser bem importante. Afinal, eu tive que fingir namorar a Beatrice pra desviar a atenção. — Lembrei.

— Sim, é verdade. Não querendo anunciar o namoro ainda tão cedo, decidiram esconder por um tempo. Foi quando estavam prestes a descobri tudo e juntos pediram ajuda da Beatrice para tirar a atenção de cima de vocês dois. É algo comum, muitos entre nós fazem isso. — Evelyn diz.

— Faz um ano que estamos namorando e alguém tirou aquela foto, acabando revelando o nosso segredo. — Zoe encerra a história, colocando um ponto final na anotação.

— Esse sim é o verdadeiro mistério. Não consigo pensar em ninguém que faria aquilo. — Lamento, lembrando do que a assessora me disse. — Agora não importa, preciso te falar que vai ter que viajar pra Itália comigo.

Evelyn, que já estava bebendo seu chá gelado, começa a tossir.

— O casamento não vai ser aqui?! Vai ser na Itália? — Zoe pergunta, surpresa.

— Exatamente. Tem algum problema? — Perguntei. — Minha família é imensa e faz um tempo que não vejo eles. Vai ser um caos levar uma suposta namorada comigo.

Ela pareceu pensar, mas por fim sorriu. Eu sorri junto.

— Eu topo. — Me disse, estendendo a mão. — Sou oficialmente sua namorada falsa.

Apertei a mão dela, sentindo meu coração acelerar com aquela frase. Era completamente diferente do meu namoro falso com Beatrice. Isso aqui era muito mais do que qualquer coisa.

Nem sei quanto tempo ficamos ali sorrindo um para o outro.

— Vocês sabem que vão ter que se beijar em público para as pessoas acreditarem, certo? — Escutei Evelyn perguntar.

Eu iria precisar ler mais alguns livros sobre fake dating pra ensaiar.

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Com amor, Dominik - 4° da Série MBCD (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora