Giulia Smith
- Você não presta para nada! - grita embalando as palavras por conta do álcool.
- Eu não presto para nada!? Tem certeza, "papai"? - me altero levantando da cadeira.
- Sim, você é só uma vadia! - aponta o dedo na minha cara
Bato na mão dele - Olha aqui, a única vadia que tem nessa casa é aquela que está na minha cama agora! - aponto em direção ao quarto dele - Não sei se você lembra, mas quem paga suas contas sou EU! Quem paga essas porras de drogas que você usa sou EU! Você nunca me deu nada! Nada além de desgosto. Então antes de vir apontar o dedo na minha cara, antes de aumentar o tom de voz comigo, olha para você mesmo!
- Você nã... - interrompo
- Eu ainda não acabei! Assim que eu acabar de pagar sua dívida, pode ter certeza que eu vou pra bem longe de ti! Porque uma coisa que eu tenho é nojo de você. NOJO! Nojo do cara que você se transformou. - termino de falar e saio de casa antes que me estresse mais.
Lembro das palavras enquanto seco uma lágrima que insisti em sair do meu olho, viro o resto do líquido na minha garganta - mais um por favor. - peço.
- Um whisky do mais forte, por favor. - Uma mulher pede ao meu lado e logo em seguida olha pra mim - oi!
- oi - forço um sorriso
- Você não parece estar bem. - ela fala me analisando
- Não estou mesmo. - Confesso dando mais um gole no líquido à minha frente.
- Mas você sabe que ficar bebendo coca não vai mudar em nada, né? - Se senta no banco ao lado do meu. - Você precisa de alguma coisa mais forte.
- Eu preciso de outro pai, isso sim. - Falo em meio a um sussurro. - Não gosto de álcool. - respondo.
- Só um pouco, você vai ver como vai te ajudar. - Insiste.
- Não, obrigada, estou bem com minha coca.
- Então tá, irei te acompanhar, mas com whisky. - Pega o copo dela e vira de vez - Meu nome é luna, prazer! - Se apresenta estendendo a mão
- Giulia! - Aperto a mão dela.
- Então, Giulia, quer me contar o que aconteceu?
- Ah, problemas em casa, aturar pai bêbado e drogado todos os dias não é fácil. - Encaro a bebida que está na nossa frente
- Hum, nunca passei por isso - fala e eu balancei a cabeça de leve. - Meus pais me largaram quando eu era apenas um criança de 6 anos... - enche mais seu copo - vivi passando de casa em casa, porque ninguém quis me adotar de verdade. Hoje eu consigo meu próprio dinheiro sozinha, no começo foi difícil, mas depois tudo melhorou. - vira o copo de vez e olha pra mim.
- Bom, cresci com pais separados, tive tudo que sempre quis, mas com 16 anos isso tudo mudou, minha mãe faleceu e eu tive que vir morar com meu pai... Ele é um viciado em drogas e álcool, vive drogado e trazendo vadias diferentes para casa. - Percebo ela encher seu copo pela... qual é a vez mesmo? - enche pra mim também. - peço e ela me encara rapidamente e logo me entrega o copo.
- A nossas fodidas vidas - ergue o copo e eu bato o meu no dela, logo em seguida virando o líquido sentindo tudo queimar por dentro - Ui! Gostinho de morta com uma pitada de vida. - Solto uma leve risada com oq ela acaba de falar.
Continuamos bebendo e conversando, até eu perceber que estava escurecendo e me levanto para me despedir dela.
- Tenho que ir, já está tarde, tenho que acordar cedo amanhã para pagar a porra da dívida. - Termino de beber o resto do líquido.
- Então eu vou indo também, se precisar de qualquer coisa, estarei aqui sempre às quintas-feiras e sextas-feiras. - Avisa e eu concordo, logo dando um leve abraço nela.
Saio de lá logo em seguida indo em direção a minha casa, assim que chego perto, vejo que a porta estar entre-aberta, acelero meus passos e assim que termino de abrir vejo que não tem ninguém.
- Ótimo. - Falo comigo mesma já sabendo que meu pai saiu pra beber e só deve voltar mais tarde, ou amanhã, tanto faz.
Subo as escadas e vou direto pro meu quarto, "preciso de um banho e da minha cama" penso comigo mesma. Mesmo eu ter bebido, não fiquei bêbada, consigo me controlar em relação a "álcool".
Saio do banheiro, visto só uma calcinha e uma camisa e tranquei a porta, me joguei em cima da cama e dormi.
×××
E então? Oq acharam do primeiro cap? Fiz bem pequeno, porque não tinha muito o que falar, mas prometo que nos próximos será maior!
Dêem sua estrelinha pfv, vai me ajudar pra caralho.
É isso vidas, tmj.
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lá russo - 𝐀 𝐃𝐢𝐯𝐢𝐝𝐚
Fanfic❦︎ - "Você pode até estar livre agora, mas você sempre será minha. Não importa a ocasião, muito menos o tempo, você sabe que é minha, assim como eu sou seu." ~ 𝐌𝐚𝐭𝐭𝐞𝐨 𝐂𝐚𝐜𝐜𝐢𝐧𝐢. Livro 1 da saga: Lá Russo. Giulia Smith, 20 anos, filha de p...