Cena VII

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Voltando para o plano do consultório, o Dr. Ainda lê.

DOUTOR

(lendo o poema)

há muitas coisas de que o homem precisa

um cigarro, um porre, uma noite de solidão

de vez em quando, um pouco de sexo

estar de mau humor ou ser introspectivo

monossílaba

ter um vício

uma mulher

um ou dois amigos

um deles quadrúpede.

e uma música que diga: há vida

não vale nada sem estas coisas

mas há coisas de que a homem não precisa

e destas coisas nada entendo

nada sei.

DOUTOR

(Dissertativo) Triste é o horizonte que só podemos ver é não tocar:

Ao fim de sua dissertação entra em cena a médica com o mesmo sotaque lúbrico de uma paciente que já esteve no consultório, acompanha-lhe dois enfermeiros.

A MÉDICA

Então este é o homem?

DOUTOR

Já sei, sente-se...

ENFERMEIRO 1

É este mesmo doutora

ENFERMEIRO 2

É o nosso amigo Drimêncio, não é Drimêncio?

ENFERMEIRO 1

Rã também com um nome destes, não podia ser diferente...

(Drimêncio olha assustado para os dois homens que se aproximam para agarrá-lo)

Dr. DRIMÊNCIO

Não, não... Vocês não podem me levar, eu ainda não fiz o que vim fazer...

 Vocês não podem me levar, eu ainda não fiz o que vim fazer

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