5. Cinto e cinta

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As duas olham para o corpo ainda trêmulo dele. Os jatos de porra se espalham entre a barriga e as coxas dele, enquanto o pauzinho perde a ereção depois do gozo que ele teve sem nenhum toque, apenas sentindo o cuzinho preenchido e um tesão cada vez maior com as sensações criadas por ela. 

Ele está ofegante, sente-se perto da exaustão, seu corpo parece ter recebido uma descarga elétrica mantendo-o todo sensível, mal consegue mexer as algemas ou os tornozelos. Mal abre os olhos pelo esforço dos últimos minutos. Mas ele sente uma sensação diferente, como se ainda precisasse do gozo. De verdade. Explodindo como estava acostumado antes.

Sente que seu tesão ainda não se foi, que ele precisa gozar mais e de novo, que ele tem muito a descarregar.

- Foi arruinado, né?
- Foi, sim.
- Quer gozar de novo, cachorrinho?
- Quero!
- Assim que eu gosto, mas será que vai ter?

A sub ri da cara dele e intervém:

- Como você é má!
- A incerteza faz o submisso!

As duas riem. Ela se afasta da cama e vai até o criado mudo de novo, onde retira uma caixa preta. A sub fica olhando-a curiosa.

- Sabe o que eu gosto quando ele goza?
- O quê?
- Que o pauzinho fica mais pauzinho, fica molinho e ainda mais fácil de a gente prender ele.
- Vai pôr o cinto?
- Vou, ele é essencial para o que eu tenho em mente.
- Essa sua imaginação!
- Ela não para, e meu cachorrinho faz ela voar ainda mais!
- Ele é uma puta devassa!
- Um dia ele vai te contar o dia em que comprou o cinto, não vai?
- Vou.
- E você, debochada como é, vai rir e fazer um monte de pergunta.
- Vou mesmo!

Ela abre a caixa preta e retira o cinto de castidade comprado por ele meses antes.

A sub, desbocada, olha:
- Nunca tinha visto um de verdade.
- Agora vai ver um em uso!

Elas gargalham.

- Não vai limpar?
- Ele limpa a sujeira que faz, mas agora não pode, né?
- Não, tá todo preso.
- Pois é.
- Agora que eu tenho uma assistente, posso te pedir uma coisinha.
- O quê?
- Faz um video de toda a operação?
- Hahaha, óbviooooo!
- Espera só um minutinho.
- Tá.
- Pronto, câmera no on.

Ela então leva o cinto até o pauzinho. É o primeiro toque que ele sente dela na sessão. Causa um leve estremecimento nele e a vontade de se roçar na mão dela. Mas ela é enérgica e cirúrgica. Só está tocando porque precisa aprisionar o pauzinho. Não quer nada a mais.  É um toque rápido e direto, apenas para trancar o que pertence a ela.

Ajusta-o e o acopla até fechar. Ouve-se o clique. Ele sente o acessório ao redor do seu sexo, mas o gozo recente impede a ereção com o toque da dona, que pega a chave e a leva até o colar em que se destaca ainda apenas o coração.

- Vou deixar a chave à mostra de todos e todas, se alguém perguntar, que eu vou dizer, hein, hein?

Elas riem, se beijam e o olham. Ainda trêmulo, à mercê delas, ele está deitado sobre a cama, com as mãos algemadas e afastadas, com as pernas afastadas e presas, com os movimentos restritos, com o plug com vibrador desligado, mas ainda o preenchendo-o e agora o cinto branco de silicone cobrindo o sexo.

- Vou aproveitar para tirar uma foto dele assim, tão solícito, tão submisso, tão frágil.
- Vai pôr na parede?
- Quem sabe? nada como ter possibilidades à mão.
- Poderosaaaa!

Por alguns instantes, ele ouve apenas os cliques da câmera. Fica imaginando o que ela poderá fazer com as fotografias, um hobby de que ela gosta. Adora ainda mais mostrar o resultado e exibir a submissão e o poder. Recorda-se do olhar dela cintilante quando falou da vernissage.

Fica imaginando se ela apenas mostrará para quem sabe dos gostos dela ou se ela escolherá uma das imagens para colocar na parede aos olhos de qualquer um, adepto ou não de bdsm. Se optar por isso, quem vir a foto saberá que é ele? Será que ela vai dar uma indireta, se questionada? será que mostrará a chave? as pessoas irão rir dele? 

Os pensamentos fazem com que ele sinta um arrepio, o rosto arde e seu pauzinho reage com as sensações, mas o cinto impede a ereção. Ele sente o incômodo e a dor que o acessório cria. Solta um gemido. Tenta mexer as mãos e as pernas, mas se sente completamente restrito.

Contos para VênusOnde histórias criam vida. Descubra agora