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╰ Chapter Eighteen

⟨ 𝐖𝐡𝐚𝐧 𝐘𝐨𝐮𝐫𝐚 𝐏.𝐎.𝐕 ⟩—————————

at night
in a bar

        Quando não se sabe oque fazer, beber é a melhor opção. Mas não beba sozinha, beba acompanhado, é mais divertido e a cerveja tem um gosto melhor. Essa é a questão de aproveitar o momento.
        Vou dizer por experiência própria e de própria vivência do meu caso atual: saía pra beber com quem você ama, seus amores e seus amigos; beba por uma ou duas horas até seus olhos começarem a ficar pesados no seu rosto; se sente no meio fio com a pessoa que você ama. Apoie sua cabeça no ombro dessa pessoa, com seus braços entrelaçados e seus dedos se tocando como se tocassem piano em sincronia somente com a ponta dos dedos; e fale mal das mesmas pessoas, enquanto espera que esses momentos sejam eternos (mas nunca serão)
        Faça tudo nessa ordem, e você sentirá duas coisas; o teor alcoólico circulando pelo seu corpo; ou se sentirá amada pela única pessoa que você não pode ter...

— A República da Coreia conseguiu cinco pontos á mais no campeonato da tarde. — disse ainda tocando os dedos dele como um piano

      Senti a cabeça dele se virar na minha direção.

— Isso é bom?

— É sim. É o time do meu namorado. Então é uma coisa boa.

       Ele sorriu e voltou a cabeça em linha reta depois de uma risada nasal.

— Seu falso namorado.

— É. Meu falso namorado.

       Era hipocrisia nos denominarmos assim depois de tudo o que aconteceu sem um pretexto?

— Me diz — olhei pra ele de baixo, assim ele me olhou de cima — Falsos relacionamentos envolvem o tipo de beijo que nós temos?

— Não.

— Por que não rejeitou quando te beijei no hospital?

— Por que também eu queria.

        Fiquei em silêncio, com os lábios pouco abertos, tentando entender o que ele dizia.
        Apesar de ser tão claro, soava tão confuso...

— Certo — voltei minha cabeça ao ombro dele — Você é um hipócrita.

        Ele sorriu ladino.
        Isso me irritava e me causava um frio na barriga. Talvez por isso odiasse tanto.

— Você acertaria uma flecha no meu olho se pudesse? — ele perguntou

— Não. — respondi me levantando do braço dele — Acertaria na sua testa, mataria mais rápido

        Digo batendo meu dedo indicador no centro da testa dele.

— Você não me quer morto.

       Levantei os sobrancelhas com tamanha arrogância.

— Você me quer pra você. Por tanto tempo que não sabe disser.

       Ele segurou meu rosto com uma mão.
       Não era um ato gentil.
       Bufei e puxei de volta pra mim.


⟨ 𝐘𝐞 𝐉𝐢𝐧-𝐘𝐮𝐧 𝐏.𝐎.𝐕 ⟩—————————

after that night

       Acordei de um jeito incoveniente. Normalmente acordo na minha cama com o alarme do meu celular, mas dessa vez acordei com a luz do sol que passava pela cortina mal fechada.
         Aos poucos minha cabeça conseguiu entender o que acontecia ao nosso redor.
         Eu estava no sofá da sala, segurando uma garrafa vazia de rum, ouvindo o som do chuveiro ligado, que não demorou muito pra parar abruptamente. Pelas circunstâncias, achei que o Lee Min Ho tivesse saído do meu quarto de hotel mas pelo som do chuveiro ele havia feito justamente o contrário, na verdade, parecia á vontade comigo, uma liberdade que jamais lhe foi dada.
          Ele saiu do banheiro ainda desvirando a camisa e logo assim a colocando. Queria afogá-lo na água do próprio banho.
         Ele tinha um corpo saudável, e claramente gostava de exibir isso. Era imbecilidade dar importância pra esse detalhe que claramente me cativava.

— Achei que que acordaria depois do meio dia — ele disse, já vestido

      Me me levantei do sofá, ainda com a garrafa em mãos.

— Por que tomou banho aqui?

— Você pediu pra que eu passasse a noite, e quando tentei ir embora, você derramou rum sobre mim.

      Achava improvável, ele, um mentiroso, nunca me diria verdades.

— Você viu mais do que devia, espero que não tenha se sentido desconfortável — ele dizia relembrando o que aconteceu

— Me senti desconfortável.

        Ele abriu a boca, mas nada saia dele. Ele claramente esperava uma resposta diferente nessa situação.
         Ele estalou a língua no céu da boca, e começou a procurar por algo no bolso do casaco que estava jogado no sofá.
         De um dos bolsos, ele tirou uma caixinha de veludo vermelho.
         Meu coração entrou em pânico, mas não tive expressão facial.

— Esse é um anel de diamante e ouro seis quilates. Guardo ele a muito tempo, e sempre cuidei com maior cuidado.

— Que bom. Pois continue assim.

       A impaciência surgiu na feição dele, o que me satisfazia.
       Ele abriu minha mão a força e colocou a caixa na minha palma.

— Essa deveria ser a aliança da minha futura esposa. Deveria ser da Whan Youra, mas como parece que eu lhe devo muito, pode ficar com esse, posso comprar anéis melhores.

— Se pertence a Youra, então nem ao menos um anel de ouro branco tem valor para mim.

       Fechei a caixa de veludo, jogando de volta ao sofá.
       Por dentro, me perguntava qual de nós nos odiavamos mais, e talvez até fizesse questão de que o ódio dele fosse maior...

𝙊𝙉 𝙏𝘼𝙍𝙂𝙀𝙏; 𝑙𝑒𝑒 𝑓𝑒𝑙𝑖𝑥Onde histórias criam vida. Descubra agora