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Erick estava me esperando escorado no portão da minha casa. Me aproximo dele que veio me dar um beijo, mas virei o rosto fazendo ele beijar minha bochecha.

- Está bem?

- Ótima, o que você faz perdido por aqui?

- Vim te ver

- Nós iriamos se ver no escritório

- Hoje não vou para lá, tenho que ir direto para a obra

- Bom eu tenho que ir trabalhar

- Te fiz algo?- perguntou confuso

- Não, nós não temos nada então não precisamos justificar nada. Nos vemos outra hora.

Antes que ele me fala-se algo entrei no meu carro e fui trabalhar. Entrei no prédio e o Vinícius e a Valentina esperando o elevador. Ah! mas não vou com ele de jeito nenhum. Vou pelas escadas. Não gosto de elevador mesmo, subir escadas não seria tão ruim assim. Chegando no meu andar, vou direto até minha mesa e tem uma papelada para colocar em dia. Estava concentrada no meu trabalho. Vinícius passa por mim, mas finge não ver. Doeu? Claro que doeu, mas não posso deixar isso me afetar. Ele entrou na sala do pai dele.

- Oi! Sophia trouxe o projeto que Sr. Goulart pediu - Gael me entregou

- Obrigada, assim que o Vinícius sair, eu entrego-lhe. - Gael se afastou.

Voltei a fazer meu trabalho. Não demora muito Vinícius sai da sala do Sr Goulart e eu entro.

- Sr o Gael pediu para te entregar- Assim esse projeto, obrigado Sophia

- Está precisando de algo?

- Por enquanto não, parabéns por sábado. Deu tudo certo na inauguração- Que bom Sr. - sorri

Voltei para minha mesa e tentei me concentrar novamente no meu trabalho. A tarde foi longa, assim que deu meu horário sai e fui direto para minha casa. Evitei algumas ligações, estava querendo fugir do mundo um pouco. Me enrolei em uma coberta e tentei dormir.Como era noite de filmes, como faço todas as terças , chamo o uber para eu trabalhar. No trabalho não tinha muita coisa. Sr Goulart e o Vinicius foram visitar a obra do parque. Fiquei com a Laura no escritório. Depois de algumas horas eles chegam e com eles o Erick também que se aproxima da minha mesa.

- Tem como fazer esse pedido para mim?

- Claro

- ele me entregou o papel e saiu

Fiz o pedido. Fui até a sala do Sr. Goulart.

- O Sr precisa de algo?

- Por hoje não, já pode ir.

- Ok

Sai do meu trabalho, passei no supermercado e peguei algumas coisas, fui em direção a casa do Pedro.

- Minha baixinha favorita que saudade - me abraçou me erguendo

- Me coloca no chão - resmunguei, ao entrar comprimento Giulia e Felipa.

Vou até à cozinha ajudo o Pedro com a bebida e as comidas. As meninas estavam arrumando a sala. Batem na porta e a Giulia foi atender. O tal de Vitor veio que deixou a Giu toda boba, Gael e Lais a garota do Pedro apareceram também, e quando volto olhar para porta entra Vinícius abraçado com a Valentina

- Desculpa eu não sabia que ele ia trazer alguém - Pedro sussurrou

- Tudo bem.

Fiquei escorada na bancada da cozinha, observando aquele movimento na sala. Valentina fazia questão de me provocar, agarrando o Vini na minha frente. Eu tentava disfarçar, mas dentro de mim, senti uma dor impossível de explicar. Giulia, Felipa e Gael me olhavam senti um ar preocupado no olhar deles. Eu não queria me aproximar. O Vini não me olhava, ou fingia muito bem. Quando resolvo me aproximar, sento do lado da Giulia e sem pensar duas vezes ela me abraça

- Ta bem? - sussurrou

- To bem

Como ele pode ser assim tão cara de pau de trazer essa garota aqui. Se bem que ele não faz ideia dos meus sentimentos, então não tenho que achar ruim. Levanto, vou até à cozinha beber água.

- Esta pálida - Valentina falou se aproximando de mim

- Oque você quer?

- Só estou preocupada- ela sorriu, que garota debochada, pegou uma cerveja - espero que não tenha problema eu estar aqui com ele

- Por mim, não tem problema - se ela acreditou eu não sei, mas eu tava louca para tirar ela de dentro de casa.

- Que bom! - deu um sorrisinho e foi até o Vini

Fui para o quarto do Pedro e deitei em sua cama. Eu não sou fraca,o que está acontecendo comigo, esse sentimento está me destruindo. Giulia e Felipa foram até o quarto.

- Quer que eu te leve em casa?

- Não - minha voz falhou, às duas Vieram para cima de mim e me abraçaram - voltem lá, vou pegar minhas coisas e ir para casa.

- Não vamos te deixar sozinha - falou Felipa

- Relaxa vou ficar bem - tentei sorrir

- Sophia - Giulia ia chamar minha atenção

- Juro para vocês duas que vou ficar bem - respiro fundo - só preciso ficar sozinha e respirar um pouco.

Voltamos às três para a sala. Dessa vez meus olhos encontram os olhos dele. Dei tchau para eles e sai da casa.

- Ei espera que eu te levo - falou o Vini vindo atrás de mim

- Não e você esta acompanhado, não deixe sua namorada para trás - peguei meu celular e chamei o uber

- Ela não é minha namorada

- Não é o que parece mas também não tenho nada a ver com isso.- fui até a calçada e ele veio atrás de mim, pegando meu celular e cancelando meu uber - por que você fez isso?

- Vou te levar em casa

- Não vai mesmo - bato o pé

- Para de ser uma criança mimada

- Eu criança mimada? - dou uma risada - olha quem fala

Ele me segura pelos braços.

- Por que você é assim em? - sinto seu rosto perto do meu, não sei explicar bem a sensação, mas quando nossos olhos se encontraram eu perdi meu chão, queria encara-lo e dizer o que eu sentia por ele, mas como sempre a coragem some. Me solto dele.

- Me leva então - fui até o carro dele. Senti seu olhar confuso para mim, aposto que ele ta me achando maluca. Não pude conter o sorriso ao entrar no carro. Só em pensar na cara que aquela sonsa da Valentina iria fazer. Era certo que as meninas me contariam depois. - ta, você me ignorou e agora faz cena para me levar em casa

- Não ia deixar você sozinha

- Mas a namorada deixou para trás

- Quantas vezes tenho que repetir que ela não é minha namorada

- Por que trouxe aquela sonsa em?

- Ela se ofereceu para vir comigo - revirei os olhos

- Ah! Claro

Fiquei olhando na janela observando as estrelas. Noite calma e silenciosa, poucos carros na rua. Olhei pra ele.

- Nossas mudanças de humor um com o outro ta pior que novela mexicana - rimos

- Nós não conseguimos ficar longe um do outro - O silêncio novamente tomou conta dentro do carro. Ele estaciona na frente da minha casa.

- Estamos bem? - perguntou ele

- Vou pensar - sorri e sai do carro.

Entrei em casa com os pensamentos bem confusos. A noite pode ter começado toda errada, mas terminado de um jeito bem inesperado.

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