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MAITE JONES, point of view

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MAITE JONES, point of view.

JÁ SE passavam das três e vinte da tarde, Nessa ainda não havia chegado e eu já estava sem paciência. Havíamos marcado de sair às três horas, mas já se passaram vinte minutos e nada dela aparecer. Só me falta agora ela aparecer com um desculpa. Ok.

Eu não sabia nada sobre ela, também não sei o motivo real de ter aceitado sair com ela. Eu sei que isso não é um encontro, por mais que já tenha ficado com algumas mulheres, nunca passou de diversão. Mas a Nessa tem algo nela que me deixa curiosa, talvez o fato de que ela seja famosa e tenha tido interesse em mim. Mesmo sabendo que provavelmente nada acontecerá entre nós, não que eu ache ela desinteressante ou algo do tipo. Pelo contrário, ela parece ser bastante divertida e eu queria conhecer ela melhor, já que ela demonstrou querer me conhecer também. Não custa nada, né?

O relógio na parede marcava três e vinte e cinco, quando o meu interfone tocou e o porteiro avisou que havia alguém querendo subir. Provavelmente era Nessa.

Apenas mandei ele dizer para a pessoa esperar, eu iria apenas pegar meu celular e logo desceria. Já na portaria, avistei Nessa de costas para mim, mas logo tratei de me aproximar da morena.

- Já começou a nossa amizade errada, odeio atrasos - digo.

Nego com a cabeça ao olhar para a tela do celular e checar as horas mais uma vez. Três e meia.

- Nossa, não recebo nem um "oi". Você é uma pessoa sem modos, Maite - ela riu, e caminhou em minha direção.

Por um segundo esqueci como se respirava, quem era ela? Seu rosto era perfeitamente desenhando, e bem delicado, fiquei hipnotizada ao notar seus olhos claros, esses que me encaravam de forma curiosa.

- Vou deixar passar dessa vez, quem sabe na próxima você chega mais cedo - ri e pisquei para a mais velha, que riu.

- Então quer dizer que haverá uma próxima? - ela sorriu divertida. - Interessante - Nessa segurou em meu pulso e me arrastou para fora do prédio.

- Eu não quis dizer isso, mas caso eu queira sair com você novamente e você não se atrasar, talvez tenha uma segunda vez.

Nessa não disse nada, apenas me guiou até seu carro e abriu a porta para mim. Assim que entrei no carro, a morena se curvou para frente e apoiou o braço direito na parte de cima do carro e me olhou sorrindo de lado.

- E quem disse que eu vou sair com você novamente? - sua fala me fez olhar incrédula para ela.

Nessa fechou a porta, deu a volta no carro e entrou logo em seguida. Ela sorriu de lado ao ligar o veículo, e olhou para mim antes de dar a partida.

- Você é inacreditável - reviro os olhos, cruzo os braços e passo a encarar a paisagem pela janela. - Mas onde estamos indo? Espero que não esteja me sequestrando.

- Vamos a uma restaurante onde costumo frequentar, vai que você melhora o seu humor com um pouco de comida - brincou, o que me fez revirar os olho outra vez.

- Eu só vou porque estou com fome.

- Eu não disse nada.

Depois de alguns minutos, havíamos chegado no tal restaurante . O lugar era bem acolhedor e também não havia muita gente no local.

Nessa me levou para uma mesa mais afastada, onde havia apenas um casal de idosos.

- A gente veio aqui pra se conhecer, certo? - questiona. - Vamos começar pelo básico. Qual a sua idade?

Desvio os olhos do cardápio que foi deixado na mesa e levo minha atenção para a morena.

- Vinte e dois e você?

Ela ri. - Trinta e dois. Dez anos de diferença, olha só.

- Uau, você sabe contar. Mas você não parece ter mais de trinta, seu rosto é bem jovem.

- Eu sou jovem, ter trinta não quer dizer que estou na casa dos idosos. Todo mundo acha que ter trinta anos já é uma pessoa velha, mas eu não penso assim. Me sinto bastante jovem.

Após conversar bastante com a Nessa percebi que ela era uma pessoal totalmente diferente de mim, mas as vezes concordávamos em algo e ela sempre ria das coisas aleatórias que eu falava.

No fim do dia ela me deixou no meu apartamento, mas antes nós trocamos de números e eu fiquei pasma com a última coisa que ela disse antes de ir embora.

- Eu gostei de hoje, então nós podemos repetir - ela sorriu e seguiu até seu carro. - Mas já tenha em mente que no próximo eu vou tentar te beijar, com certeza.

E assim ela entrou no carro e saiu.

Por quê eu me senti estranha com a possibilidade de beijar ela?

Sociɑl,Nessɑ BɑrrettOnde histórias criam vida. Descubra agora