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MAITE JONES, point of view

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MAITE JONES, point of view.

D

EPOIS dos meus amigos me deixarem em casa, eu não queria dormir e então puxei um assunto aleatório com a Nessa.

Nem sei o motivo, mas eu me sentia melhor de alguém jeito conversando com ela.

Minha sala girava e eu não entendia bem o porquê - talvez porque eu estivesse bêbada.

Ouvi a campainha tocar e provavelmente seria a Nessa, já eram quase cinco da manhã. Fiquei surpresa por ela realmente ter vindo.

Ao abrir a porta a morena me olha de cima a baixo, e logo encara meu rosto.

- Você tá péssima - ela riu.

Nessa entrou logo se jogando no meu sofá e ficou me encarando.

- Eu já sei disso.

- Você parece uma retardada me olhando desse jeito - digo.

- Uma retardada bonita.

- Tô começando a me arrepender por ter te chamado.

Ela riu e segurou meu pulso, me colocando sentada ao seu lado.

- Mentirosa. Diz pra mim, aquilo que você disse mais cedo. - Nessa sorriu, debochada.

- O que eu falei? - fiz a egípcia, óbvio.

- Puta merda, Maite.

- Você que não me fala.

- Vou ter que te mostrar - ela tirou o celular do bolso e digitou a senha.

Eu olhava atentamente ela mexendo no celular e abri o aplicativo do Instagram.

Mas antes de ela colocar na conversa, senti sua mão em meu rosto e logo seus lábios já estavam colados no meu.

Era apenas um selar, mas eu fiquei assustada e aos poucos fui fechando os olhos.

Nessa pediu passagem com a língua e eu hesitei um pouco antes de permitir. Sua boca tinha um gosto de café, - eu não era muito fã de café mas nela tudo parecia ser maravilhoso - isso deixou o beijo ainda melhor, suas mãos estavam em minha cintura e a mesma me puxou para mais perto. Deslizei meus dedos pelos fios dos seus cabelos, o deixando um pouco bagunçado mas aquilo não era tão importante no momento. Nessa finalizou o beijo sugando meu lábio e colou nossas testas ainda ofegante.

- Foi melhor do que eu imaginei, pensei que levaria um tapa - a morena disse, me fazendo rir.

- Eu posso pensar sobre o tapa, eu adoraria.

- Você é muito agressiva pra alguém do seu tamanho.

Nesssa se endireitou no sofá e riu ao olhar minha cara de indignação.

- O que você está insinuando? Não é como você fosse a pessoa mais alta do mundo, idiota - digo.

- Sua mão é pequena, seu pé é pequeno, a única coisa que você não tem nada de pequena é a...

- Não olha pra minha bunda - a interrompo, fazendo a mesma rir.

- É difícil não olhar, ainda mais quando a minha mão está nela.

E realmente estava.

- Nessa!

A desgraçada só riu mais ainda.

- O que aconteceu pra você está tão bêbada? - perguntou.

- Só sai com uns amigos, ele vieram me deixar e eu disse que me cuidava - falei. - Mas acho que estava enganada, já que te chamei.

- Você chama e eu venho.

Ela sorriu ao aproximar seu rosto mais uma vez do meu, Nessa beijou meus lábios enquanto deitava meu corpo no sofá. Ela ficou entre minhas pernas, e suas mãos deslizavam carinhosamente pelas minhas coxas.

Seus beijos desceram pelo meu pescoço, me deixando totalmente arrepiada com o toque dos seus lábios. Minhas mãos se encontrava nas madeixas morenas da mais velha, essa que suspirou quando puxei seus fios.

Nessa voltou a beijar meus lábios, mas logo parou para olhar para mim. Sua boca estava vermelha, pelo meu batom, e sua respiração se encontrava ofegante. Provavelmente meu estado era o mesmo.

- A gente só vai fazer isso quando estiver sóbria - seu polegar acariciava minha bochecha suavemente.

- Você é tão má - reclamei.

- Você é mais, com certeza - sorriu, a mais velha meu deu um breve selinho e se levantou.

Depois disso Nessa ficou comigo até a hora em que fui dormir, porque assim que acordei a mesma já não estava no meu apartamento.

Talvez ela achasse que eu ficaria confusa com o que aconteceu, não a julgo, até porque eu estava bêbada. Mas eu lembro de tudo o que faço, e pro incrível que pareça, não me arrependi de nada. Inclusive faria tudo de novo.

Sorri comigo mesma ao lembrar da morena sobre mim, e a forma como ela me fez sentir a cada toque.

Sai do transe assim que a campainha tocou, e olhei de relance para o relógio. 13:40h.

Assim que abri a porta avistei Nessa com duas sacolas na mão, ela riu baixinho ao olhar para mim e logo entrou.

- Esqueci de perguntar a senha da porta, por isso toquei a campainha - explicou. - Te acordei?

- Não, mas acordei faz pouco tempo - falei, olhando curiosa para as sacolas. - O que é isso?

Nessa deixou as sacolas sobre a mesa, que ficava ao lado do balcão, a morena olhou para mim e tirou algumas coisas da sacola.

- Sei que já passou da hora do café, mas trouxe mesmo assim porque você só come besteira no almoço - disse Nessa.

- Como você sabe? - cruzei os braços olhando para a mais velha. - Nunca te contei.

- Você fala demais quando está bêbada, sério - ele riu e mordeu um pedaço do bolo que havia trago.

Nessa sentou de frente para mim na mesa, conversamos bastante enquanto comíamos. Mas logo ela teve que ir embora, aparentemente era coisa do trabalho.

Sociɑl,Nessɑ BɑrrettOnde histórias criam vida. Descubra agora