MAITE JONES, point of view.
EU estava na casa dos meus pais, pensei em passar um tempo com eles já que eles viviam viajando.
Eles não eram tão velhos, mas gostavam de viajar para curtir a vida enquanto podem.
Eu nunca tive uma briga séria com eles, sempre fomos bem unidos e eu sempre tentava dar orgulho aos meus pais. É o mínimo que eu posso fazer por eles, já que eles cuidaram tão bem de mim e ainda cuidam.
Minha mãe sempre foi minha melhor amiga e isso nunca mudou. Contei os meus segredos a ela, sempre que fazia algo que achava errado ela me ajudava e me aconselhava.
Nunca fui contra nada que eles disseram, a única coisa que eles queriam de mim, era ser uma pessoal totalmente independente e feliz.
E agora eu finalmente sou.
Depois de sair da casa dos meus pais, me senti vazia no começo e com bastante responsabilidades. Mas com o tempo me acostumei e gosto de ter meu próprio cantinho. Onde faço as coisas do meu jeito.
Minha mãe sempre foi liberal e mente aberta, sempre buscava um lado bom nas coisas ruins e isso é de se admirar nela.
Meu pai sabe a hora de brincar e a hora de ser responsável. Ele me ensinou bastante coisas da vida que sei agora.
E em como eu devo agir em cada situação. Sempre manter a calma.
E era isso que eu tentava fazer enquanto caminhava até a porta da minha antiga casa.
Queria conversar com a minha mãe, sobre tudo. Sobre como eu estou confusa e se estou fazendo certo ou cometendo um erro.
Enquanto estava perdida nos meus pensamentos, a porta foi aberta por Arthur, o mordomo da casa.
- Maite, não sabia que viria hoje - ele sorriu, dando-me espaço para adentrar na casa.
- Foi de última hora. Como você está? - sorri. O mais velho caminhou ao meu lado até a cozinha.
- Estou muito bem, seus pais estão na cozinha. Sua mãe tentou cozinhar de novo, queimou duas frigideiras só essa semana - ele riu baixinho.
- Ela ainda tenta cozinhar? - ri.
Entrei na cozinha e avistei meu pai encarando a frigideira.
- A gente gasta mais com utensílios de cozinha, do que com as contas da casa - disse meu pai.
Ele ria enquanto minha mãe o olhava furiosa.
- Eu vou fazer você engolir essa frigide- Maite! - ela exclamou, vindo em minha direção.
- Oi mãe. Fiquei sabendo do fogo na casa.
- Que fogo? Foi só uma frigideira. Quem nunca queimou uma frigideira? Hein? - ela virou a cara e caminhou até a mesa.
- Com essa já foram mais de sete, só esse mês - ele riu novamente.
- Jared, vou terminar com você.
- Você sempre diz isso - digo.
Mamãe termina de arrumar a mesa e me puxa para fora da cozinha.
- Vamos conversar, enquanto seu pai prepara o almoço.
Fomos até o jardim e sentamos em uma das mesas que havia.
- Como você está? Ainda fala com a avani? - ela perguntou.
- Estou bem. Avani e eu estamos fazendo faculdade juntas agora - sorri para ela, avistei Arthur colocar uma xícara de café e um copo de suco.
- Isso é bom. Ela está te levando para o mau caminho?
- E o que seria o mau caminho?
- Ela gosta de garotas, ninguém da nossa família desceu a esse nível.
- Então se eu gostasse de garotas, seria descartada da família? - hesitei em perguntar, mas eu já estava ali pra conversar com ela.
Ela permaneceu um tempo em silêncio e sorriu.
- Esse tipo de comportamento não seria adequado para a nossa família.
Resolvi não prolongar o assunto, pois seria pior e eu não queria brigar com ela.
- Aí está vocês! - escutei a voz do meu pai e sorri paro o mesmo. - Do que estavam falando?
- Da Avani - digo.
- Gosto dela, é uma garota legal. Uma boa companhia para você. - Ele pegou meu suco e bebeu.
- Ela pode levar nossa filha para um caminho diferente - diz a mais velha.
- Caminho diferente? Essa conversa de novo?
- Como assim, de novo? - pergunto, um pouco confusa.
- Sua mãe quer casar você com o filho do Carl will , e mandar vocês para fora do país.
- Como é? Em pleno século vinte e um, e você ainda tá nessa de casamento arranjado? - levando da cadeira e a encaro.
- Você nunca levantou a voz pra mim. O que está acontecendo com você? - minha mãe segura minha mão.
- Eu sou a mesma, sempre fui. Por que você quer tanto controlar a minha vida? Você nunca foi assim.
- Eu só quero o seu bem, Maite - ela tenta acariciar meu rosto, mas antes desvio do seu toque.
- Se você quisesse meu bem, você me deixaria fazer minhas próprias escolhas.
- É apenas um casamento, você poderá se divorciar após um ano. O que tem de tão errado nisso? Está gostando de alguém? - ela para em minha frente e me encara. - Quem?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Sociɑl,Nessɑ Bɑrrett
Fanfiction☆|𝑂𝑛𝑑𝑒 𝑀𝑎𝑖𝑡𝑒 𝑐𝑜𝑛ℎ𝑒𝑐𝑒 𝑁𝑒𝑠𝑠𝑎 𝑒 𝑑𝑒𝑠𝑐𝑜𝑏𝑟𝑒 𝑢𝑚 𝑛𝑜𝑣𝑜 𝑗𝑒𝑖𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑎𝑚𝑎𝑟. 𝐀𝐃𝐀𝐏𝐓𝐀𝐂𝐀𝐎 𝐎𝐫𝐢𝐠𝐢𝐧𝐚𝐥 𝐛𝐲: @impiedades 𝐚𝐝𝐚𝐩𝐭𝐚𝐭𝐢𝐨𝐧 𝐛𝐲: @lovesick_wanderer