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MAITE JONES, point of view

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MAITE JONES, point of view.


Nessa e eu estávamos nos tornamos mais próximas nos últimos dias, viajamos varias vezes para vários lugares e nos conhecemos melhor durante as viagens.

Depois de dois meses viajando para vários lugares, Nessa e eu decidimos voltar para casa. Mas mesmo assim ela não me deixou ir embora.

Havia passado uma semana desde que nós voltamos e ela cuidou de mim tão bem que nem sei quantas vezes arranjei uma desculpa apenas para passar a noite ou o dia com ela.

Estava deitada no sofá enquanto Nessa estava tomando banho, iríamos assistir um filme na qual ela participou The Meg, já tinha perdido as contas de quantas vezes ela pediu para assistir com ela e nunca tínhamos tempo.

Minha formatura estava chegando e eu estava bastante ocupada ultimamente, Nessa tinhas alguns projetos para fazer e por isso não tínhamos um tempo enorme juntas.

Mas sempre quando tínhamos aproveitávamos o máximo a companhia uma da outra, e isso evitava bastante o estresse.

Já tivemos pequenas brigas bobas, mas nada que fosse estragar qualquer momento nosso. Somos adultas e sabemos lidar com cada tipo de situação.

— Estou com frio — disse Nessa.

Ela deitou entre minhas pernas e colocou sua cabeça por dentro do meu moletom.

— O que você tá fazendo? — ri ao perguntar.

— Apreciando a visão — ela riu e deixou um selar em minha barriga. — Mas eu tô com frio.

Ela se ajeitou e pegou o coberto, deitou sua cabeça sobre meu peito e nos enrolou com a coberta.

— Você comeu a pipoca todinha? — ela me olhou indignada.

— Você tava demorando muito, fiquei com fome.

Ela riu e deixou um beijinho em minha testa
— Você não existe.

— Deve ser porque eu sou única — sorri.

— Muito convencida também

— Aprendi com você

Ela riu e ficou me encarando.

— Puta merda, você é muito linda — falei.

Segurei seu rosto e ela riu.

— Eu sei.

Passamos a tarde toda conversando e nem assistimos ao filme, decidimos que iríamos jantar em casa mesmo. Já que estava fazendo bastante frio e nós estávamos com preguiça de sair.

Eu iria preparar algo para nós duas comermos e enquanto isso Nessa iria arrumar a sala, mas faltava a coragem de sair do sofá.

— O que você vai fazer pra gente? — perguntou.

— Eu vou olhar o que tem no seu armário.

A cozinha dela era bem espaçosa, era praticamente do tamanho do meu apartamento. Tinha varias coisas no armário e então eu optei por algo simples como uma lasanha.

— Eu vou casar com você, principalmente se eu tiver essa visão todos os dias — escutei sua risada e olhei para trás.

Nessa estava encostada no balcão enquanto me secava.

— Eu vou enfiar esse garfo no seu olho — ela riu e sentou no balcão.

— Você vai ser viúva antes da hora — disse ela.

— Você pode me ajudar?

Me viro de costas novamente ao terminar de fazer o molho.

— O que eu tenho que fazer? — perguntou.

— Pegar uma fôrma média pra mim, obrigada.

Logo ela me trouxe a fôrma, fui fazendo as camadas da lasanha e enquanto isso Nessa tentava amarrar meu cabelo em um rabo-de-cavalo.

— Eu gosto de pegar no seu cabelo, assim como eu sei que você gosta dos meus olhos — disse ela.

— Seus olhos são muito lindos e você sabe disso.

Ela amarrou meu cabelo e deixou um selar em minha bochecha.

— Seus olhos são pequenininhos, você enxerga alguma coisa? — perguntou.

— É óbvio, Nessa — disse e olhei incrédula para ela.

— Mas você tá brava?

Ela pegou a fôrma da minha mão e colocou no forno.

— São quantos minutos?

— Quarenta.

— Eu vou esperar quarenta minutos pra comer?

— Vai.

Ela me encarou por um tempo indignada, Nessa veio até me e me segurou pelas coxas e me pôs sobre o balcão.

— O que se pode fazer em quarenta minutos? — perguntou.

— Não sei, talvez criar uma vergonha nessa sua cara.

— Você nem sabe o que eu quero fazer, babe.

Senti um leva friozinho na barriga mas sigo bem, é a primeira vez que ela me chama por um apelido carinhoso. Eu sou péssima com isso, tanto que sempre chamo ela de imunda e poucas vezes chamo ela de nenis. Isso é tão brega, mas é a Nessa.

— Nem quero saber — digo.

— Pensei que você queria dar uns amassos no sofá comigo.

— Uns amasso no sofá? — ri.

— É. Pode ser aqui também, em qualquer lugar.

Ela riu e colocou suas mãos em minha cintura, levei minhas mãos até seu rosto e deixei um breve selinho em seus lábios.

— Isso não é um amasso — disse ela.

— Não.

Nessa negou e segurou meus rosto com sua mão esquerda, senti sua carícia em minha bochecha e logo ela atacou meus lábios. Sua língua explorava minha boca e ela dava algumas mordidas em meu lábio, senti suas mãos descerem para minhas nádegas e em seguida para as minhas coxas apertando as mesmas.

Mas o beijo foi interrompido pelo toque do seu celular.

— Merda.

Ela pegou o celular e atendeu a chamada, era sua mãe e então ela conversou um tempo com a mais velha. Enquanto isso eu fui checar as horas e passava das sete horas, Nessa desligou a chamada e riu.

— Ela estava me perguntando como ligava o novo computador dela — disse e riu.

— Ela é uma mulher moderna — sorri.

Ficamos conversando enquanto a lasanha ainda não estava pronta, a cada dia que passava descobria mais coisas sobre a Nessa. Dessa vez ela me contou que foi criada apenas com a mãe e isso demonstra o quanto a mãe dela é maravilhosa. Não era atoa que eu gostava bastante dela.

O lasanha havia ficado pronta e já tinha servido um pedaço para cada prato, estaria tudo bem se a Nessa não tivesse enfiado metade da lasanha na boca sem esfriar e estivesse neste exato momento com a boca aberta e abanando a mesma.

E eu não consigo parar de rir.

Mais um dia normal.

Sociɑl,Nessɑ BɑrrettOnde histórias criam vida. Descubra agora