Capítulo - 06

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Sem reação eu fico encarando o homem a minha frente, ainda mais lindo do que eu me lembrava, mas ao mesmo tempo tão diferente do jovem rebelde que eu conheci que usava jaqueta de couro e coturnos

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Sem reação eu fico encarando o homem a minha frente, ainda mais lindo do que eu me lembrava, mas ao mesmo tempo tão diferente do jovem rebelde que eu conheci que usava jaqueta de couro e coturnos. Este parece mesmo ser um homem de negócio, apesar de não estar de terno, como no dia que nos esbarramos, estando com a sua camisa azul clara com os primeiros botões abertos e as mangas dobradas até os antebraços.

Mas os cabelos continuam da mesma forma, ondulados e revoltos o suficiente para caírem na testa, assim como os seus olhos azuis, apesar de parecem ainda mais intensos como eu jamais havia visto antes, com o acréscimo de uma barba muito bem desenhada em sua face e o corpo musculoso, que a sua camisa não consegue esconder.

Tento ignorar o meu coração que está mais acelerado como eu nunca havia sentido antes, as minhas mãos que começaram a suar e a tremer e o revirar ansioso do meu estômago, mas então mais uma vez eu me lembro do que aconteceu no passado e no mínimo ele deve estar aqui para exigir que eu me afaste dos seus irmãos, pois não deve ser difícil que ele tenha ficado sabendo que nos encontramos novamente.

— Desculpe-me, Senhor! Mas acredito que não temos nada para conversar. — Dou-lhe as costas e tento retomar o meu caminho, mas logo sinto a sua mão segurando o meu braço, fazendo-me encará-lo.

— Pelo menos você não tentou negar quem era dessa vez, não é mesmo, Júlia? — Ouço o seu sarcasmo e puxo o meu braço de sua mão.

— Acredito que não há razões para eu fazer isso, tendo em vista que o Senhor veio com destino certo, justamente por saber quem eu era. — Respiro fundo, sentindo-me ainda mais nervosa pela forma que ele está me olhando. — Se o Senhor teve o trabalho de vir aqui pessoalmente, sem enviar alguém como o seu intermediário, como aconteceu no passado, devo dizer que perdeu o seu tempo, pois eu não sou mais uma adolescente e os seus irmãos também são adultos, capazes de tomarem as suas próprias decisões. — Ele franze o cenho, e por um momento parece mesmo não saber o que estou falando, mas no passado eu também me enganei com ele.

— Intermediário? Passado? Do que você está falando? E o que os meus irmãos têm haver com o fato de eu estar aqui para falar com você? — Dou uma risada nervosa e me afasto mais uma vez dele, percebendo que ele se aproximou.

— Senhor Johnson, vamos...

— Pare de me chamar de Senhor, pelo amor de Deus, Júlia! — Ele se irrita, interrompendo-me e passa uma mão em seus cabelos. — Se tem alguém aqui, que deveria estar querendo respostas por causa do passado, com toda certeza seria eu, mas eu quero apenas conversar. Será que poderemos fazer isso? — Agora quem franze o cenho sou eu.

— Como assim respostas por causa do passado? Não foi o bastante quando você exigiu que a sua avó nos expulsasse? — Ele dá um passo para trás, olhando-me sem entender.

— Eu o quê? Sobre o que você está falando? — Nego com a cabeça, engolindo de volta o nó que está querendo romper por minha garganta, mas não darei esse gostinho a ele de me ver chorar.

Destinos Entrelaçados - Spin-off - Série DestinosOnde histórias criam vida. Descubra agora