Relato de Uma Traição

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Olha...já comecei irritada, por ter que contar a parte em que aquela vagabunda duas caras está presente. Essa parte você não quis fazer, não é senhor Agreste?

{Prefiro me abster do relato entre uma amiga minha e a garota que eu estava afim.}

Ata, senhor Adrien Agreste. Então por que você não vai lá com a vagabunda desgraçada da sua amiga, seu traste duas caras do inferno?! Vai lá brincar com ela de pula pula na cama, do jeitinho que você gosta, seu imbecil!

{Eita...falei merda.}

Falou mesmo! E agora que percebeu, deixa o meu filho dormindo na cama e vai ficar com a mimosa das teta seca.

{Mari, sabe que eu não quis dizer desse jeito. Eu só quis dizer que é difícil descrever um momento de conflito entre uma pessoa que antes era uma amiga minha, e a garota que eu tinha um crush.}

Adrien, me solta! Não tem abraço que tire a minha raiva. Então me solta antes que eu quebre seu nariz com uma cotovelada.

{Poxa, Marizinha, não faz isso comigo. Sabe que eu te amo.}

Pouco me importo com o seu amor vagabundo.

{Olha... faço o que você quiser, se você me perdoar.}

Qualquer coisa?

{Bom... pelo menos o que estiver ao meu alcance. Então...sim qualquer coisa.}

Te dou a lista dos afazeres mais tarde. Agora sai. Está calor e você é quente.

{Certo... Dona não me toque.}

Calor do caramba e o cara ainda quer me agarrar. Informação para vocês...o Adrien tem o corpo muito quente. Tanto que nos dias quentes, parece que ele está com febre. E para ele isso é normal.

{Claro. A frase "pode vim quente que eu estou fervendo" foi feita especialmente para mim.}

Tá bom. Já chega. Vamos começar logo.

Enquanto aquela galinha depenada de Chernobyl me encarava, eu me segurava para não voar na garganta dela. Tinha tanto ódio daquela ratazana, que apenas olhar para a cara dela me dava ânsia de vômito.

-Tudo bem...se não vão me falar, não falem, mas pelo menos não comecem uma briga aqui. - disse Adrien intercalando seu olhar entre mim e o brinquedo da Annabelle - Já temos problemas de mais e eu não quero a polícia aparecendo aqui para separar uma briga de vocês duas.

-Como se eu fosse sujar as minhas mãos tocando em uma porca imunda. - disse dando as costas a ela e seguindo para a delegacia.

Estava com raiva... Estava indo tudo bem no meu dia, até aquela verme de bosta de vira-lata aparecer.

Quando menos esperei, senti ela segurar o meu cabelo e me puxar para trás.

-Lila! - gritou Adrien.

-Repete o que você disse sua piranha. - disse Lila me forçando a olhar para ela.

-Lila para com isso, pelo amor de Deus. - disse Adrien.

Sorri e puxando saliva, cuspi na cara dela, fazendo ela me solta e se afastar de mim, aproveitei o momento e dei um chute sem muita força na barriga dela, apenas para fazer ela cair de bunda no chão.

-Marinette! - gritou Adrien.

-Cala a boca Adrien! - disse o encarando.

Respirei fundo e ajeitei meu cabelo, enquanto a infeliz fazia drama no chão, invocando atris de novela mexicana.

-Eu não preciso repetir nada para você. - disse colocando as mãos nos bolsos do meu sobretudo e indo até ela - Mas como seu QI é mais baixo do que a de um asno, vou dizer novamente. Eu não vou sujar as minhas mãos para tocar em uma porca imunda como você. Não é porque eu estou sem o meu grupo que eu não me garanto. A primeira vez eu não quebrei a sua cara, porque o meu amigo me impediu. E hoje... simplesmente tenho coisa mais importante para fazer do que me importar com a presença de uma criança mimada, que se acha mulher só porque já trepou algumas vezes com alguns homens comprometidos.

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