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POV MEREDITH GREY

Às vezes a gente pensa que o mundo é um grande emaranhado, e ter transado com a Addison e depois levado um flerte da filha dela não era exatamente parte do meu plano.

Confesso que levei um tempo para ligar os pontos. Estava analisando umas redações de alunos e peguei a da Amanda, onde ela falava do Marcus, o pai dela que tinha falecido. Apesar da perda, ela e a mãe, Addison, estavam bem e por isso ela decidiu terminar o colégio, para dar orgulho à mãe por ser professora.

Que enrascada, hein, Grey?

Antes que eu pudesse pensar mais, jogada no meu sofá delicioso, meu celular tocou. Era a Addie.

(Call on)

– Hey, babe... tá fazendo o que? – a ruiva perguntou com um tom diferente.
– Nada demais, lendo umas redações de alguns alunos... por que? – respondi curiosa.
– Estou na frente da sua porta, totalmente quente, querendo você, agora mesmo... – ela disse com um tom mais sexy que já ouvi.

(Call off)

Desliguei o aparelho e abri a porta, me deparando com uma ruiva de camisola preta de seda, uma bela garrafa de vinho e um sorriso na minha frente.

– Demorou, hein... a comida tá esfriando – ela disse entrando, me entregando a garrafa. Olhei para ela, confusa.
– Que comida? – perguntei, inocente. Ela me jogou no sofá, se sentando em cima de mim com um sorriso diabólico, e arrastou os lábios quentes no meu rosto, se aproximando do meu ouvido e sussurrando: "Você. E será meu prato principal... achou que aquilo no carro ia ficar só naquilo? Minha vez de brincar, hein."

Senti suas mãos percorrendo meu corpo, seus beijos no meu pescoço, na minha clavícula...

– Babe, me ama? Do jeito que só você sabe? E como sempre sonhei – disse, dengosa, querendo mais contato.

(...)

A Addie sorriu ainda mais, e não demorou para me devorar. Agora, enrolada numa manta na minha cama, a via de costas, semi-nua, na minha janela, fumando. Fui até ela, devagar, abracei sua cintura e beijei seu pescoço, encaixando meu rosto ali, olhando para a vista.

– O que tá passando na sua cabeça, Addie? – perguntei baixinho, agarrada a ela.
– Em nada, por que? – ela disse como se fosse nada, e não consegui controlar, revirei os olhos.
– Você fuma quando tá estressada, ou nervosa com algo. Estressada não, porque acabou de me foder tão bem e gozar na minha boca duas vezes. E eu te conheço, ou esqueceu que eu vivia te pegando em flagra fumando? – disse, sentindo ela se virar e me olhar, descartando o cigarro.

– Como esquecer? Você vivia aparecendo nos momentos que eu precisava conversar, era adorável... tão doce... sempre amei isso em você – disse, passando a mão no meu rosto, enquanto me encarava.

– Amava? – perguntei, dando um sorrisinho.
– Amo. Sabe, pode ser mágico, ou... eu te amo, Meredith Grey, e eu jamais quero sair daqui, de você – disse, me abraçando. Senti seus braços fortes me envolvendo.

Aqueles momentos pareciam perfeitos, mas alguém bateu na minha porta. Ótimo timing. A Addie me olhou e disse baixinho:

– Tá esperando alguém? – perguntou, se vestindo, assim como eu estava.

– Não, já volto, babe – dei um leve selinho nela e fui até a porta, sorrindo. Quando abri, meu sorriso sumiu.

– Derek? – perguntei, confusa. Como ele subiu? E como sabe o número do meu apartamento?

A história continua...

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