8. Não é mentir, é ocultar informações (Parte 1)

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-PAI! MÃE! - Peter gritou alegremente, correndo para os pais, trazendo momentaneamente aquela energia infantil que tanto tinham saudades.

Tony Stark e Pepper Potts, as duas últimas pessoas que a dupla de heróis queriam ver naquele momento. Porém as saudades que o Johson sentia pelo progenitor e a mãe adotiva eram muito maiores, fazendo-o esquecer temporariamente toda a confusão e sobrecarga.

-Quando é que chegaram? Não era suposto terem voltado pra próxima semana? - o menino perguntou, ainda abraçado ao pai, que se deliciava a acariciar os caracóis do filho.

-Era, mas a tua irmãzinha não dá descanso à tua mãe. - o bilionário comentou, enquanto acariciava a barriga da mulher. - E claro, estávamos a morrer de saudades do nosso bebé aranha.

-Eu não sou um bebé, pai. - o adolescente protestou, apesar de no fundo gostar de voltar a ouvir um dos seus apelidos carinhosos.

-Claro que não, mini eu.

-Então e eu? Podes não ter estado na minha barriga, mas da última vez que vi ainda era tua mãe. - Pepper protestou, num tom de brincadeira, estendendo os braços para que o seu menino a pudesse abraçar.

-Tive tantas saudades tuas mamã.

-Mamã? Eu ainda sou pai e ela já é mamã?

-Chato. - o adolescente respondeu, com uma cara de troça, provocando uma reação extremamente dramática do engenheiro.

Um reencontro familiar, que parecia ser muito encantador, se não fosse aquela estranha sensação de alerta. Algo não estava bem, contudo a pessoa mais próxima do seu campo de visão, para surpresa dos recém casados, era apenas Clint.

-Clint? - a ruiva chamou espantada, despertando a atenção do marido que imediatamente arqueou a sobrancelha e parou de prestar atenção às ações do filho.

-Bem vindos de volta!

-O que é que estás aqui a fazer?

-O Pete ligou-me a perguntar se o podia vir buscar porque estava a ter uma sobrecarga sen...

-O quê!? - o Stark interrompeu imediatamente, puxando o filho para si mais depressa do que o jovem podia processar. Era o que acontecia quando o herói ouvia o nome do filho e sobrecarga na mesma frase. - Estás a ter uma sobrecarga? Por que é que não disseste? Por que é que não ligaste?

-Ahm!? - o aranha questionou, tentando entender o que estava a acontecer. - O quê.. eu... - gaguejou confuso, olhando para o padrinho como um pedido de socorro.

-Tony tem calma, é só uma sobrecarga. - Barton tentou acalmar, apelando para o bom senso.

-Só uma sobrecarga!? Estás doido?

-Pai! - o adolescente interrompeu, prevendo o habitual do engenheiro para aquelas situações. - Para! Eu sei que devo ligar quando tenho uma sobrecarga.

-Então porque não o fizeste?

-Eu fiz! Liguei para o padrinho, ele disse que podia chamar sempre que precisasse. Além disso tu e a mãe estavam de lua de mel, a May a trabalhar... - o menino justificou-se com um tom entre de uma criança apanhada a fazer asneira e um adolescente revoltado. Ninguém sabia precisar.

-O Pete tem razão. - a mulher admitiu, aproximando-se do filho, agora mais transtornado. - Ele fez a coisa certa.

-E é por isso que eu tenho cabelos brancos. - Tony conclui, de uma forma um tanto quanto peculiar, rendendo-se às duas pessoas que mais amava. - Não adianta ficarmos aqui, vamos para casa o bebé aranha poder descansar essa cabeça.

Irondad and Spiderson 2 - Solving The PastOnde histórias criam vida. Descubra agora