Eu preciso sair de mim

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Oii gente, tudo bem? Depois de tanto tomar coragem, resolvi publicar uma história sobre o casal mais fofo de rbn😊✨
Alguns recadinhos:
-Eu não irei seguir a linha da série, porém haverá cenas ou algo que irá remeter a série;
- Este símbolo "[...]" Significa quebra de tempo
-Alguns dos trechos que aparecerem no capítulo, são trechos de poemas aleatórios meus.
- esse símbolo "⭟݊᷼𑁍•" indica de quem é o ponto de vista;
-A história tem uma conexão com a música Eu preciso fugir daqui, mas não seguirá ela como enredo;
-Algumas das cenas estão inspiradas no que eu vivi em um internato;
Eu espero que gostem e fiquem a vontade para comentar, pois eu sempre dou uma olhadinha!!
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"Violeta..
Um toque de uma flor delicada;
Violenta..
Foram as palavras que já deixaram machucada;
-Miih."

⭟݊᷼𑁍• Andi

Eu era a flor perdida do jardim, enquanto todas se desabrocharam dando lindos ramos, eu era uma florzinha com medo do que os raios do futuro poderiam me proporcionar. Eu queria viver para sempre em meu mundo, porém eu não conseguia ter um minuto de paz dentro de casa.

-Amor, você não está vendo o que Andrea está fazendo? Você sabe muito bem que a igreja não permite esse tipo de comportamento!- Meu padrasto como sempre tentava colocar minha mãe contra mim. -O que a comunidade irá dizer ao descobrir que a sua filha está se relacionado com mulheres?- Aquele cara não conseguia me deixar um dia em paz.

Por sorte sempre tive um botão que automaticamente me fazia desligar da realidade e ignorar todos a minha volta, muitas das vezes esse método me fazia parar de respirar, mas nada mais me importava, meu pai não está mais aqui para apoiar meu sonho e minha mãe só se importa com oque o verme cristão pensa sobre mim, então naquele momento eu preferia me desligar.

-ANDREA!! ANDREA!!- Meu padrasto gritava comigo insistentemente, porém meu corpo parecia estar em outra órbita. -Você me ouviu? Arrume suas coisas, iremos te colocar em um internato, ele não emprega uma religião em específica, porém você irá ouvir a palavra do senhor nem que seja em diversos tipos de religião!- Ele insistia em tentar se comunicar comigo, mas eu continuava no meu mundo.

Concordo com a cabeça sem nem sequer ter ouvido oque aquele homem havia dito a mim e me retiro indo para o meu quarto. Deito sob a cama, coloco meus fones e ouço minhas músicas até dormir.

Corra!! Corra o máximo que conseguir e se afogue em um mundo de mentiras, nem mesmo o futuro sabe oque te espera e novamente você está caindo sob o penhasco que você mesmo criou, seus próprios espinhos te machucam mais do que pessoas, pois eu sei da minha verdade. Acordo assustada no meio da noite, meu sonho nunca teve um significado, mas eu sempre estava caindo em um mesmo penhasco e aquilo me deixava sem ar igual quando eu me desligava.

-Filha?- Minha mãe bate na porta antes de entrar, o fato de que todos meus pesadelos me fazem perder a noção do tempo em que fico acordada e paralisada era estranho. -Eu sei que ainda está cedo, mas queria lhe pedir para que arrume sua mala, logo terei que te levar para o colégio!- seu semblante parecia triste, porém como toda mãe ela disfarçava com um sorriso no rosto.

Olho em seus olhos e consigo enxergar a falta dele em si, eu acreditava no fato de que as vezes éramos predestinados a conhecer nossa alma gêmea e não ficar com ela. Desde que meu pai se foi minha mãe nunca foi a mesma, talvez seja porque eu era bem semelhante a ele ou porque estava tentando esquecê-lo colocando outro em seu lugar.

-Tudo bem!- Sussurro mais para mim do que para ela e me encolho em meu edredom. -Mãe...?- a chamo antes dela sair do quarto.

-Sim?- a mesma me olha esperando que eu dissesse algo, então a encaro novamente e suspiro fundo.

-Não é nada!- Digo por fim e a vejo acenando com a cabeça em seguida ela se retira do meu quarto sem dizer mais nada.

Olho para o quarto ao meu redor e tomo coragem de levantar, não estava feliz com aquela decisão, mas a vida é cheia de enigmas e eu estava disposta a sair da minha bolha para tentar viver um pouco melhor.

[...]

-Você não vai dar tchau?- Minha mãe perguntava em um tom um pouco decepcionado.

Se eu me despedisse dela eu iria me machucar, eu havia me dado aquela sentença, pois eu estava arcando com algumas consequências de meus atos e também de uma manipulação emocional vinda do meu padrasto.

-Então é isso, tchau!- Meu tom soou frio ao ponto de ver seus olhos se encherem de lágrimas, porém segurar qualquer gotícula que demonstrasse que havia fracassado com sua filha.

-Andrea, eu quero te dar um único recado, eu sou amigo do diretor dessa escola, então estou de olho em você!- Meu padrasto era tão insuportável que as vezes eu queria perder meu réu primário por besteira para ficar em um reformatório. -Ah, e eu achei isso em suas coisas, já que você é uma viciada, comece a bancar seus vícios!- Ele mostrava um dos pods que eu tinha costume de usar quando estava ansiosa.

-Olha chega da sua palestra, eu nunca precisei de seu dinheiro e nunca vou precisar!- Digo impaciente retrucando oque ele havia dito, percebo o olhar de reprovação da minha mãe, porém ignoro. -Aproveitem a vida perfeita de vocês e me deixem em paz!- Pego minhas malas e caminho em direção a entrada daquele enorme campus.

Eu estava farta da minha mãe ouvir aquele homem como se fosse uma devoção divina, ele era um hipócrita, se ele espalhava o evangelho do amor, que merda ele estava fazendo criticando as pessoas pelo o que elas são? Era muita hipocrisia para um homem religioso.

-Bem vinde a todes, eu sou a Emília e este será um grande ano para vocês novatos, espero que vocês respeitem as regras deste lugar ou então em menos três semanas estarei apresentando para vocês a porta da saída!- Uma garota de cabelos castanhos com umas mechas loira dizia em um tom autoritário. -Vou salientar três regras estritamente restritas, o horário para sair dos quarto é até às 22h30, é proibido usar drogas ou bebidas alcoólicas nas dependências do campus e se torna obrigatório a participação nas aulas de religião, caso contrário o aluno que não houver o máximo de presença terá seu ano letivo retido...alguma dúvida?- A garota mantinha sua postura rígida, provavelmente ela era uma espécie de veterana daquele lugar.

-Como funciona a divisão de quarto? Obviamente eu não irei ficar dividindo quarto com bolsistas!- Um dos meninos se manisfestou e era notável seu jeito mesquinho.

-Olha só, temos a presença de um Colucci, em quesito a sua pergunta eu não poderei te responder, mas se quiser tem uma ala vip na mini fazenda que temos aqui, você se importa de dormir com as vacas?- Emília dizia em tom de deboche arrancando algumas risadas dos demais que estavam no salão. -Para descobrirem quais são seus aposentos, basta se dirigirem a preceptoria onde haverá algumas preceptoras para lhe auxiliarem!- A garota disse por fim antes de virar as costas.

Aproveito aquele momento para dar uma boa reparada sobre a mesma e aquela mulher era uma divindade em forma de ser humano, olha se um dia eu disse que não queria vir para cá eu estava delirando.

-Quase me esqueci, não aceitamos nenhum tipo de conduta agressiva que oprima qualquer pessoa deste ambiente!- Emília dizia em um tom tão rígido que me deixava até sem jeito.

-Se ela já é assim normalmente, imagina brava!- Um garoto com topete falou olhando para mim oque me fez rir. -Eu sou Dixon!- Ele estendeu sua mão para que eu batesse.

-Eu concordo viu! Me chamo Andi, de boas?- Cumprimento ele com um toque de brothers.

-Só na tranquilidade mamis!- Dixon era um cara maneiro e bastante estiloso. -Boa sorte, viu?- O garoto disse quando reparou que Emília se aproximava de mim.

-Dios mio papito, hoje Deus resolveu me testar!- Falo brincando e o menino se afasta rindo. - Em que posso te ajudar?- Falo em um tom cortês com um toque debochado.

-Olha no momento nada novatinha, mas o diretor talvez você possa....Ele está te esperando na sala dele!- Emília disse em um tom de ironia com os braços cruzados.

Ela tinha muita marra e pelo visto havia um império bem grande debaixo dos seus pés, ela era tipo uma abelha rainha daquele local, porém o seu jeito observador demonstrava que ela sabia jogar o jogo até que todos estivessem em suas mãos.

Eu preciso Fugir daqui (Andi & Emília)Onde histórias criam vida. Descubra agora