Três anos depois
Blásio.
— Finalmente você chegou, cara. — Harry disse no mesmo momento em que abriu a porta da casa para mim. — Ele está surtando. Ninguém mais aguenta.
— Olá meu amigo Potter. Eu estou bem, obrigado. Ah, como foi a viagem? Ótimo. E você como está? — Respondi arqueando uma sobrancelha de forma sarcástica. Harry rolou os olhos.
— Não está na hora de ser ridículo.
— Olha só, dois meses fora e sou recebido com todo esse amor. Eu também senti sua falta a propósito.
Harry sorriu debochado e acabou me dando um abraço rápido e desajeitado. Eu o apertei um pouco e dei dois tapas em sua costa.
— Tudo bem Zabini, você venceu. Todos sentimos sua falta, inclusive a sua namorada que está agora mesmo lá no andar de cima com a noiva.
— Luna está no andar de cima? — interrompi, afoito. Estava morrendo de saudades. Trabalhar numa empresa multinacional que pagava bem era ótimo, mas ter que viajar várias vezes e demorar a voltar era uma droga. Já estava subindo as escadas quando Harry puxou meu braço.
— Onde é que você pensa que vai? Você é o padrinho. O Pa-dri-nho. Sua obrigação é acalmar seu amigo antes que ele enlouqueça todos.
— Saco. — Respondi puxando o braço do aperto de Harry e descendo os dois degraus que tinha subido. — E onde é que esse estraga reencontros está?
— É só seguir reto nesse corredor. Eu preciso ir dar uma conferida no jardim para ver se está tudo certo para o casamento.
— E como é que eu vou saber qual é o quarto? Essa casa é enorme.
— Acredite em mim, você vai saber qual é. — O quatro olhos debochado soltou, saindo da casa antes que eu pudesse completar.
Segui o caminho indicado com a cara um pouco mais amarrada do que eu pretendia. Estava morrendo de saudades de Luna e tinha uma novidade incrível para contar, mas pelo visto, não seria agora. Já estava na metade do corredor quando ouvi vozes alteradas, algo caindo e uma enxurrada de palavrões. Pelo visto, eu tinha achado o noivo.
Sem esperar mais algum momento, abri a porta em um rompante, capturando os olhares assustados para mim.
— Tudo bem garotas, se acalmem. O salvador da pátria chegou.
— Caralho! — Theo foi o primeiro a vir me cumprimentar com um abraço apertado — Quanto tempo, irmão. Ainda bem que chegou. Eu já estava ficando louco.
— Eu ouvi falar. — Murmurei o apertando de volta. Quando finalmente soltei Theo, Draco me encarou com um sorriso sincero e aliviado. — Será que seu padrinho não merece um abraço, cara?
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Unic - Bluna
Fiksi Penggemar"Eu era a garota que acreditava em mitos e superstições, que não passava por baixo de uma escada ou deixava as sandálias viradas para baixo." "Eu costumava ser um cara que não gostava de dever nada a ninguém, principalmente se o que eu devia não er...