Apenas amigos

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SÁBADO
08:38

O sol que se formou naquela manhã em Bangkok já começava a invadir as janelas do quarto de hospital onde Win ainda se encontrava. Lentamente, o mesmo se espreguiçou e abriu seus olhos inchados pelo sono.

A porta se abriu, revelando um homem alto e moreno, com um uniforme branco.

- Bom dia, Win! Como você se sente? Precisa de alguma coisa?

Era Joss, um enfermeiro que trabalhava com Bright e que sempre visitava Win. Era gentil com todos no hospital, os acolhia muito bem.

- Ah, bom dia, Joss! Obrigado por perguntar, me sinto melhor agora - Win o respondeu, com um tom sonolento.

- Fico muito feliz em ouvir isso - Joss pausa sua fala por uns segundos e suspira. - Bom, eu vim por outra razão Win. O Dr. Bright não irá poder passar aqui hoje por estar muito ocupado, então ele mandou te avisar que você já recebeu alta.

Um sorriso se forma no rosto de Win, ele não aguentava ficar no hospital nem mais um segundo sequer.

- Muito obrigado por avisar, Joss. Então... já vou indo me arrumar, valeu mesmo!

- De nada, Win! A gente se vê por aí - Joss se despediu com um sorriso, saindo do quarto.

Win se arrumou às pressas, logo estava a caminho de sua casa, animado, pois finalmente voltaria a sua rotina normal.

POINT OF VIEW: BRIGHT
1H ANTES

Estava na minha sala, no hospital. Tinha chegado um pouco mais cedo, estava ansioso. O motivo? Win Metawin.

- Droga, Bright! Você não deveria ter socorrido o Win... mas você também não podia deixá-lo lá naquela situação. Droga! - disse a mim mesmo, socando a mesa em nervosismo. - Ahhhhh... e ainda por cima não deveria ter provocado ele. Você sabe que não devia ter feito aquilo tudo! Eu perdi a cabeça,droga!

Eu estava surtando. Controlava meu tom de voz para que não corresse o risco de alguém no hospital ouvir. Eles sem dúvidas achariam que eu fosse um louco por falar sozinho.

- Eu não posso me encontrar com ele de novo, não quero causar mais confusão do que causei ontem. Ainda bem que no final da nossa conversa eu voltei a realidade e saí do quarto dele... não é minha culpa ele se achar o convencido, mas ele é o CEO de uma das maiores empresas! Eu tô muito ferrado... mas a culpa não é só minha, é dele também, por me irritar facilmente. Tsk, playboyzinho!

Levantei e bebi um copo de água, estava tentando ficar mais calmo, porque senão, como eu iria conseguir trabalhar desse jeito? Sem chance! Não posso deixar aquele playboyzinho incomodar meus pensamentos.

Voltei para a cadeira da minha mesa, me aconchegando nela. Liguei para Joss, meu melhor amigo e enfermeiro do hospital. Nós quase nunca nos falávamos, a não ser que fosse trabalho.

- Oi, preciso de um favor seu, é urgente. Me encontre agora na minha sala.

Desliguei o telefone e em menos de 5 minutos, Joss já havia chegado.

- Olá, doutor. Como posso lhe ajudar?

Ele disse em tom divertido, era um amigo brincalhão que gostava de provocar.

- Oi, engraçadinho.

Sorrimos um para o outro. Ele se sentou em uma cadeira de frente para minha mesa.

- Então, por que você me chamou, Bright? Me assustei com sua ligação "urgente" - fez aspas com os dedos, sorrindo de canto.

Fechei a cara, ficando sério e logo explicando da minha situação para Joss.

Don't Call Me Sir - BrightWinOnde histórias criam vida. Descubra agora