Capítulo 3 - window

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[...]

— E você acha que tem o direito de entrar e sair pela minha janela quando quiser só por que eu esqueci de trancá-la?

— Ah qual, é Bora. — Minho solta um riso nasalado se aproximando de mim. — Nunca reclamou antes, por que está reclamando agora?

— Não estou reclamando, só estou falando. — saio de perto dele indo para minha penteadeira penteando meu cabelo.

— Lembra quando dormíamos juntos?

— Não dormíamos juntos. Dormíamos no mesmo quarto. — digo o corrigindo.

— Tanto faz. Mas quando éramos crianças dormíamos juntos sim, de mãos dadas ainda.

— Você ainda lembra disso? — pergunto virando de frente para ele rindo.

— Lembro de muitas coisas. Inclusive do primeiro beijo que te roubei quando estávamos brincando de casinha.

— Aquilo não foi um beijo Minho. Foi só um selinho. — digo voltando a ficar de costas para ele terminando de pentear o cabelo e o prendendo.

— Para mim foi. Foi meu primeiro beijo.

Onde ele quer chegar com esse assunto? Odeio quando ele faz isso.

— Tá bom Minho, foi nosso primeiro beijo. Agora eu preciso dormir, sabe? Amanhã vou acordar cedo para ir treinar.

— Posso ficar mais um pouco? Eu senti sua falta. Eu lembro de quando eu era trainee e de quando éramos liberados para voltar pra casa as vezes eu nem ia pra casa... eu vinha aqui. Uma vez Dori vomitou na sua suíte. — diz rindo. — Limpei na hora. Eu trazia eles para cá comigo. Você me fez muita falta, Bora. — conclui olhando para mim.

— Minho. — digo indo em sua direção o abraçando. — Nunca mais vou te deixar tá bem? — ele me aperta em seus braços e eu sinto algo molhar meu ombro.

Ele estava chorando? Por que ele estava chorando? Ele nunca chora.

— Ei, olhe para mim. — digo pegando seu rosto com as mãos. — Não vou mais embora, ok? Eu vim para ficar. — falo limpando suas lágrimas e deixando um selar em sua bochecha.

— Então me deixe ficar hoje. Por favor. — Minho pede me abraçando novamente. — Eu durmo no chão.

— Não, vamos dormir juntos pelo tempo que perdemos juntos, tudo bem?

— Se eu te abraçar no meio da noite você promete que não vai me chutar igual quando éramos crianças?

— Não! — digo rindo. — Não vou, Minho eu prometo.

[...]

Acordo com o despertador tocando. Eram 7:30 AM dou um pulo da cama.

— Poderia ter acordado sem fazer barulho, não? Acordei no susto. — Minho diz com a cara inchada bocejando. — E você me chutou a noite inteira Bora, você prometeu que não ia me chutar.

— Aí Minho para de ser resmungão! Levanta logo daí que você também precisa treinar.

— Vou tomar café aqui. Amo a comida da sua mãe.

My Side (Lee Minho - Stray Kids) Onde histórias criam vida. Descubra agora