A Luta (Guerra, Sangue e Paz)

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A Luta (Guerra, Sangue e Paz) —

Aonde quer que vou, há sangue e batalha
E eu agora tenho ciência, do que você mais temia.

Sempre estive lutando em uma arena
Porém não era com nenhum inimigo, apenas comigo, contra reflexos distorcidos.

Só queria ir para casa,
Mas tornei a mágoa como minha preferida pratada
Não mais um alvo, não mais um simples fraco
O gosto da batalha.

Guerra, sangue e paz
Dando voltas e voltas, até que não reste nada demais.

Hoje beberei minha alma
Usando uma grande coroa e outra garrafa
Não há mais sorrisos brancos para mim
(E você deve saber... Eu aguentei muita coisa).

Eu posso não parecer perigoso
Mas carrego um canivete no torço
Para onde vou, não há perigo, para onde vou, não há medo
Guerra, sangue e paz, é o que ele faz.

Não há para onde olhar
Acho que o esgoto é o meu lugar.

- Mais um copo!
É sobre poder e controle
Guerra, sangue e paz
Quanto menos você entende
Mais vinganças ele traz.

Nota do autor:
Com certeza um dos meus preferidos, A Luta pode ser um poema bastante enigmática, porém quando o escrevi, queria expressar como um relacionamento funciona. É uma luta, onde um dos lados sempre acaba cedendo ao outro, mas temos essa ideia falsa que quem cede é o mais fraco, entretanto, isso pode se mostrar o contrário com o tempo, já que permitir o outro significa muita maturidade.
E quando você não reconhece isso, acaba infelizmente deixando que seu parceiro o use, e então vem muita guerra, sangue, até que você desiste, e chega um pouco de paz...

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