C A P Í T U L O 🌟 9

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RAGNAR
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Meus pés tocaram o chão e mesmo com a grossa camada de couro de minhas botas, pude sentir perfeitamente a sensação da aspereza das pedras misturadas à areia molhada, percebendo logo então que meu velho vínculo com esse lugar, ainda estava intacto ...

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Meus pés tocaram o chão e mesmo com a grossa camada de couro de minhas botas, pude sentir perfeitamente a sensação da aspereza das pedras misturadas à areia molhada, percebendo logo então que meu velho vínculo com esse lugar, ainda estava intacto como todas as memórias que marcaram minha infância aqui.

Deuses, nunca achei que sentiria saudades daquelas velhas confusões e problemas, quando era criança.

Sorri, discretamente e me afastei do meu dragão, deixando-o livre para explorar com os outros, enquanto meus olhos vagavam admirados por cada canto do velho Vale, que permanecia exatamente igual aos tempos de outrora, quando eu ainda era apenas um pirralho curioso. O sol apesar de estar em seu ápice, não impedia a brisa fresca, sempre comum nesse horário do dia, tanto por causa das águas que banhavam essas terras quanto pelas sombras das árvores que a rodeavam.

A brisa soprava tranquilamente, levando as folhas secas a alçarem voo, soltas numa dança onde a melodia era composta pelos sons do balançar dos altos galhos. E ao passarem por mim, trouxeram consigo o leve aroma das aveleiras, misturado ao odor amadeirado dos carvalhos.

Suspirei aquele doce aroma da floresta de Kættegorn. Deixando o meu sorriso se expandir ainda mais quando meus olhos se concentraram no rio em minha frente, formado pelas águas caudalosas da mais bela e enorme cachoeira de véu estrepitoso que se despejava de forma majestosa do cume de uma das montanhas que cercavam esse lugar, até a espumante torrente. Mas apesar da serenidade que esse lugar me passava, apenas uma única coisa me incomodava.

O maluco cabeça quente do meu irmão. Odin!!! Como é que se acalma um cão raivoso que foi feito para caçar e matar? Vou ter que acorrentá-lo como Fenrir?

━ Está realmente certo do que vai fazer Atha? ━ perguntei, um pouco receoso, chutando uma pequena pedrinha que saiu saltitando pela superfície da água. ━ Talvez a anciã tenha razão e, deixar o fragmento escondido, seja melhor. ━ Argumentei, observando seu rosto soturno que não entregava nenhum traço de emoção. Apenas o óbvio. Era quase possível ler uma placa estampada em sua testa com as seguintes palavras:

Não fique no meu caminho

Não era nenhum segredo para ninguém em Midgard que sua obsessão de vingança ardia como uma brasa de fogo latente, esperando apenas por um leve sopro de oportunidade para se transformar em um incêndio e engolir tudo o que ficar no caminho.

Que raios....

━ Você não acha, Atha? ━ Pousei minha mão em seu ombro. Me segurando para não sacudi-lo, e gritar para que ele concorde comigo.

━ Não podemos ter tanta certeza disso, Ragnar. ━ Atha rebateu, soltando um suspiro cansado, correndo sua mão pelo cabelo, mas sua atenção não recaia em mim, e sim em Armanon que estava sentado em uma rocha próximo ao lago, passando com afinco uma pedra de amolar na lâmina do seu machado ━ Esses fragmentos relicários podem conceder algum tipo de poder mesmo que ainda estejam separados Armanon?

GUERRA DOS REINOSOnde histórias criam vida. Descubra agora