Pov Levi
— Isso é ridículo Erwin. Eu não preciso de ajuda. - Falei bravo. Não via motivos de uma médica com especialidades únicas para trabalhar conosco.
— Voce precisa. Essa garota faz coisas incríveis. - Falou animado.
Que ridículo. Eu duvido que isso seja verdade.
- Se você insiste. - Revirei os olhos.
toc toc toc
A porta bateu, estava sentado em minha mesa cheio de papéis para resolver. Estava entediado e com muita dor de cabeça.
- Entre. - Erwin mandou.
Surgiu uma mulher loira, baixa alguns centímetros menor que eu talvez, com um uniforme branco e olhos azuis. Ela me lembrava o Armin.
- Oi..- Entrou devagar.
- E você? - Perguntei sem interrese, voltando a minha atenção aos meus papéis.
- Eu sou Sn Arlert. - Sorriu pequeno.
— Essa é quem vai trabalhar com você Levi. - Falou Erwin se alevantando. Levantei meus olhos e a analisei.
Era bonita, não podia negar. Mas parecia não saber nem montar em um cavalo. Ergui minhas sobrancelhas com a minha expressão de tédio visível.
— OK. - Voltei a minha atenção aos papeis.
— Esse é o capitão Levi Sn. Você vai obedecer ele agora. - Sorriu Erwin.
— Ele não parece feliz comigo aqui. - Eu a encarei e ela continuou. - Voce tem algo contra mim capitão?
Do que essa garota estava falando? Não queria falar com ela. Não estava com saco para prestar atenção nela. Apenas isso, não tinha nada contra a ela.
- É o jeito dele. - Erwin colocou as mãos em seus ombros e empurrou a mesma para fora. - Eu vou apresentar ela aos demais. Depois vocês se conhecem melhor. - Sorriu e fechou a porta.
Tanto faz..eu acho.
Pov Sn
Não gostei dele. Mal educado e sem palavras. Aquela expressão de tédio dele me irritou. Quem ele pensava que era? Um rei? já me sentia arrependida de ter aceitado trabalhar ali. Não gosto de ser mandada ou repreendida. E sentia com toda a minha intuição que ele seria alguém desagradável e desrespeitoso.
O Erwin falava, sobre o seu projeto, ou melhor missão. Sair das muralhas e tentar descobrir como o tal menino havia conseguido se transformar em titã. Algo que por acaso me deixava cheia de perguntas.
— Voce vai trabalhar com ele. — O Erwin falou.
— É eu sei. Esse meu dom pode ajudar. — Suspirei.
Ele se virou e parou no corredor. Olhou para frente e para trás, se aproximou e baixinho falou:
— Sobre o seu dom..não conte para ninguém. Até mesmo Levi. — Falou baixo. — Isso será segredo até necessário. — Se virou novamente e caminhou.
Eu não entendi, claro que se soubessem que consigo controlar titãs apenas ao mexer o meu braço, talvez surtariam e tentariam me usar como proteção ou escudo.
— Porque Erwin? — Perguntei. — É estranho, todos da minha família tentaram enterrar minha mãe por causa desse nosso dom. E por azar eu nasci com ele. — Ele parou e se virou novamente.
— Voce tem um limite. Todos temos. Sua mãe morreu tentando parar os titãs em uma missão, por ordem do rei. — Ele falou e eu assenti, eu sabia disso. — E sua tia, afirmou de todas as formas que você não tinha esse dom..— E eu entendi suas palavras por fim.
Ele voltou a caminhar. E eu voltei a pensar. Talvez Petin tivesse razão, isso pode causar uma série de desvantagens. O tanto que eu posso ajudar, eu posso atrapalhar.
Chegamos ao refeitório. Podia se ouvir conversas altas e risadas, alguns barulhos de pratos e o cheiro de comida fresca invadia o meu nariz. Era gostoso.