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POV SARAH ANDRADE

Eu saí de mim após chegar naquela boate, eu tinha só bebido antes mas Pocah me deu um comprimido já conhecido por mim e fiquei fora de órbita , fora de circulação, eu sentia como se o mundo fosse meu. Enfiei uma monte de mulher que achei bonita e homens também e levei todos pra cabine com ajuda de Pocah. Ficamos ali bebendo , cheirando e dançando eu não sentia mais nada. Só lembro de estar beijando um rapaz que já conhecia , que se chama Lucas Viana , e lembro da presença de Carol ali e lembro da conversa com ela no banheiro. Ela não quis ir embora e ficou ali observando, em outra época ela estaria se divertindo comigo ali , fazendo uma enorme bagunça comigo, eu não me importei com mais nada , se ela estava ali próxima olhando , eu só queria me divertir , sair mesmo de mim , esquecer tudo o que a minha cabeça pensava 24 horas por dia e eu estava conseguindo. Beijei todo mundo naquela cabine, toquei intimamente várias mulheres com minhas mãos , fazendo elas chegarem ao seu ápice apenas com meu toque , eu não tava nem aí , dancei nem sei com quem , únicos que eu conhecia ali era Pocah e Lucas , única coisa que eu exigi ali eram todos os celulares de fora que foram confiscados pelo chefe de segurança da casa.

Lembro de dançar , beijar todo mundo , lembro de me sentir bem e leve , nada me importava ali , nada me atingia e eu gostava dessa sensação por mais errada que fosse eu estava bancando tudo seja bebidas e drogas , eu mandava ali dentro da cabine ou na boate toda , já que era minha e de Carolline. Minha consciência voltou quando eu resolvi transar com Pocah ali mesmo e Carol a puxou pelo cabelo tirando ela de perto de mim , lembro de Carolline caindo no chão perto de mim e eu não entendi muito bem , a olhei no chão e vi Pocah próximo gritando muito  com ela , cheguei perto de Pocah e perguntei o que acontecia e ela só gritava palavras desconexas demais pra mim , só voltei a um pouco da razão quando vi Pocah com uma garrafa de champanhe na mão , tacando a garrafa na cabeça da minha irmã que já estava no chão cheia de sangue. Ali tudo o que eu tinha bebido e usado ficou em 2° plano , Carol segurava sua cabeça com as mãos e o sangue jorrava em seu rosto e ali ,eu voltei a mim , empurrei Pocah pra longe e fui acudir Carol que estava no chão. Gritei pra alguém chamar o segurança pra tirar Carol de lá e fiquei ali vendo minha irmã perder a consciência , um segurança chegou e a levou pra fora onde um carro já esperava pra que levássemos ela até o hospital e eu em toda a minha agitação acompanhei mesmo sem entender muito bem o acontecido mas sabendo que mais uma vez a culpa era toda minha. Fui com Carolline no banco de trás segurando uma toalha encharcada de sangue , eu não me desesperava por causa das substâncias que eu usei mas tinha a consciência que ela perdia muito sangue e não estava nada bem, eu tentava conversar com ela no caminho mas ela estava apagada e logo chegamos no hospital mais próximo onde o segurança desceu primeiro e logo veio com alguns enfermeiros e uma maca até o carro e levaram Carol de mim. Estou na recepção agora , suja de sangue , com a mente enevoada, totalmente absorta com as últimas imagens em minha cabeça e sem ter certeza de absolutamente nada.
Meu estado de inércia foi melhorando e alcancei meu celular vendo que já se passavam das 7 da manhã e eu não havia sido avisada de nada e ninguém mais sabia que eu estava ali , e muito menos o acontecido com Carolline,  mandei uma mensagem pra Arthur contando mais ou menos o que houve, com medo de ligar e me deparar com sua reação e fui em direção a uma mesa de café que tinha ali , enchendo uma xícara de café preto e me sentando novamente.

Ainda estava alheia , não sentia exatamente o que tinha acontecido , não sentia  os sentimentos que se sente quando se tem uma irmã em algum lugar do hospital sendo atendida. Meu estado ainda era  um pouco inerte, eu aos poucos entendia tudo , minha agitação aos poucos passava e eu começava a entender um pouco de tudo e a única coisa que eu sabia ali , era que que culpa era minha.

Fui despertada de meus pensamentos ao ver Arthur e Carla entrando na sala de espera totalmente desesperados e indo até mim que ainda estava sentada quase sem me mexer.

ALL ABOUT US - SARIETTE (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora