Fátima

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Combinou-se fazer um almoço de aniversário da avó da Bea em Fátima porque a avó tem filhos em Lisboa (o pai da Bea e a madrinha dela) e no norte (o tio da Bea). O pai da Bea, como sabe que ela gosta do Tomás, decidiu combinar encontrarem-se as duas famílias, em Fátima.

Quando os dois "pombinhos" se viram, sorriram e abraçaram-se muito rapidamente, devido aos olhares mais curiosos. As famílias foram passear e depois, como o Tomás tem irmãos mais novos, estes foram para casa e a mãe do Tomás e o próprio Tomás ficaram com a Bea e a sua família. Enquanto a mãe do Tomás foi tratar de uns assuntos, o Tomás ficou com a família da Bea e foram passear. A Bea e o Tomás ficavam mais para trás, para terem alguma privacidade, mas mesmo assim, o irmão da Bea fingia que estava a olhar para alguma coisa atrás, só mesmo para observar a irmã e o seu amigo (sim, na altura ainda só se consideravam amigos).

Durante esta caminhada, o Tomás, com um pouco de receio, decidiu abraçar, devagarinho, a Bea pela cintura, enquanto andavam. A Bea percebeu e disse-lhe "Estás à vontade!" e sorriu. O Tomás abraçou-a, com mais convicção, e a Bea sussurrou, só para que ele ouvisse "Amo-te". E ele respondeu "Eu também te amo, muito mesmo". Foi nesta altura que verbalizaram, pela primeira vez, o que sentiam ( e sentem) um pelo outro.

Enquanto esperavam o regresso da mãe do Tomás, ficaram uns minutinhos a sós, abraçados. E questionavam-se porque é que as coisas tinham que ser assim. "Talvez seja o preço a pagar por conhecer a rapariga mais fantástisca do mundo", disse o Tomás. A Bea só conseguiu sorrir.

O dia chegou ao fim. Abraçaram-se, tambem brevemente, e mais uma vez, inconscientemente, acabraram o abraço dando a mão. Mas desta vez não ficaram a olhar um para o outro. Havia muito "público" à volta.

A Bea, nesse dia, ficou por Fátima e, sempre que se recordava dos abraços que o Tomás lhe deu, sentia um arrepio quente, muito estranho, vindo do coração. Eu expliquei-lhe o que era aquilo. Era paixão, amor verdadeiro. Ela começou a rir-se, mas depois percebeu que era verdade. No dia seguinte, a Bea nao resistiu em perguntar ao Tomás que tipo de relação tinham: se eram amigos ou se eram mais que isso, ou seja, se eram namorados. O Tomás disse que sim, que achava que eram namorados. A Bea ficou contente e contou-me logo a mim e ao resto do grupo de raparigas com quem convivíamos mais. Todas nós ficámos contentes! A Bea ia sendo esmagada pela Cate, uma dessas amigas. A Bá estava doente em casa, mas ligaram-lhe e ela também ficou contente. A Kaká só sorria e também estava muito contente por ela. Eu... bem, claro que fiquei super feliz, ainda por cima acompanhava esta história do início, dos dois lados!

Uns dias mais tarde, a Bea partilhou uma notícia connosco, uma notícia completamente inesperada...

A Distância Que Nos AproximaOnde histórias criam vida. Descubra agora