Férias! - Parte II

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Era necessário comprar comida e alguns produtos de higiene para se poder viver naquela casa, por isso os pais e o irmão da Bea foram ao supermercado e a Bea e o Tomás foram passear pela praia.

- Ah!, Tomás, obrigada por me safares de ir às compras! - disse a Bea.

- Também não gostas, pois não? Foi um prazer ajudar-te. - respondeu o Tomás, sorrindo.

Caminhavam de mão dada, entrelaçando os dedos até à praia. Puseram os pés na areia e sentaram-se à beira mar. O Tomás abraçou a Bea com um braço e ela enconstou a sua cabeça no ombro dele.

- Adoro o mar, sabes? Gosto da sua bipolaridade: tão de repente está calmo, como a seguir está revolto. - comentou a Bea.

E o Tomás concordou. Ficavam alguns momentos calados, outros a falar sobre o que lhes viesse à cabeça... O Tomás ia brincando com os cabelos da Bea que esvoaçavam com o vento. Passado um bocado, levantaram-se e voltaram para casa. Aí, ficaram sentados no sofá, sempre abraçados, e o Tomás ia beijando a face da Bea. Mais tarde, antes do jantar, leram uma história que a Bea tinha que ler para a disciplina de inglês. Não sei se referi anteriormente, mas o Tomás é semi-irlandês. O seu pai vem de Waterford, na República da Irlanda e a sua mãe é portuguesa. Como o Tomás está diariamente em contacto com a língua inglesa, a Bea pesnou que seria boa ideia ler a "short story" ao pé dele. Era uma história macabra. Quando terminaram, permaneceram no quarto. Adivinhem a fazer o quê? Correto, estavam abraçados. O Tomás ia fazendo festas nas mãos da Bea e acabram por se beijar, outra vez. Foi um beijo melhor que o primeiro. Mais longo. E melhor. No final, a Bea voltou a sorrir.

Foram jantar, jogaram todos às cartas (o Tomás só sabe manusear as cartas enquanto mágico, mas não conhece muitos jogos de cartas). Depois o pai da Bea, ela e o Tomás foram estender roupa ao terraço e eles os dois acabram por ficar lá. Estava um céu estrelado e estava algum vento. Ouviam o som do mar enquanto se abraçavam. E, sob a luz de milhares de estrelas, beijaram-se. Foi, definitivamente, ainda melhor que os outros beijos.

- Onde é que aprendeste a beijar, Tomás?

O Tomás riu-se e respondeu:

- Sei lá! Contigo! Eu nunca beijei ninguém antes, a sério que não!

- Eu também não. Deve ser um instinto qualquer, sei lá...

Enquanto a Bea já estava deitada na cama apercebeu-se de que ela e o Tomás tinham feito exatamente tudo o que o refrão da música "Thinking Out Loud" de Ed Sheeran diz:

"... Take me into your loving arms

Kisse me under the light of a thousand stars

Place your head on my beaten heart..."

E sorriu, ao adormecer.

A Distância Que Nos AproximaOnde histórias criam vida. Descubra agora