Férias! - Parte III

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O Tomás acordou no dia seguinte bastante cedo, como é costume. A Bea acordou algum tempo mais tarde.  Levantaram-se os dois e encontraram-se na cozinha. Deram os bons dias, mas não estavam tão à vontade pois estava o irmão da Bea lá no meio. A Bea ainda não se sentia à vontade com o Tomás à frente dos pais nem do irmão porque estes ainda não sabiam que ela namorava com o Tomás. Sabiam que ela gosta dele e vice-versa, mas não conheciam a realidade.

Andaram de bicicleta o dia todo, a Bea, o Tomás e a família da Bea. Foi bom, porque é sempre bom andar de bicicleta, mas assim o Tomás não podia estar sempre coma Bea. Iam conversando enquanto pedalavam e riam... estavam muito felizes. Não queriam pensar no regresso do Tomás, não queriam que esse facto lhes estragasse a felicidade do momento.

À noite a Bea foi treinar as músicas da missa do domingo de Páscoa no órgão eletrónico que tinham trazido. O Tomás adora ouvir a Bea tocar, por isso ficaram os dois na salinha onde estavam o órgão. Quando a Bea se preparava para treinar uma música mais complicada, o Tomás envolveu-a com um braço. Ela parou de tocar e começou a sorrir:

- Não queria estragar o momento, Tomás, mas sabes que me distrais! O meu coração acelera e eu não consigo concentrar-me no que faço! - disse a Bea num tom de brincadeira.

- Oh, desculpa lá! Podes continuar! - respondeu o Tomás rindo e afastando-se um pouco.

A Bea acabou a música, o Tomás aproximou-se, colocou a sua face junto à da Bea e, automaticamente, beijam-se. Definitivamente, à medida que se beijavam, os beijos iam sendo melhores. Já sei que já o repeti um monte de vezes nesta história, mas é verdade! A partir desse dia, eles tinham como "ritual" darem um beijo de boas noites.

Nessa noite, a Bea contou ao seu pai que namorava com o Tomás. Ela não percebeu se o pai estava satisfeito ou não. A única coisa que ele disse foi para o Tomás e a bea se preocuparem mais com a amizade. Ele não percebia que a sua filha tinha desenvolvido primeiramente uma amizade forte com o Tomás. O Tomás e a Bea continuavam a ser amigos; o namoro era apenas um "extra". A reação dos pais do Tomás a esta notícia foi muito melhor. Os pais deles adoram a Bea e, como eles tiveram um caso parecido (o facto de namorarem á distãncia) isso ajudou a que aceitassem melhor o namoro.

No dia seguinte, como era domingo, foram à missa. Era o Domingo de Ramos, por isso fez-se uma pequena procissão, seguida de missa.

Depois da missa foram a Espanha (era ali mesmo ao lado). A Bea e a sua família foram mostrar as procissões de Espanha ao Tomás, que nunca as vira antes. Ficou impressionado com o tamanho dos andores! Depois foram ver um pequeno jardim zoológico. Aqui, ele e a Bea deixaram de se preocupar em relação ao que os pais dela poderiam dizer se eles andassem de mão dada. Por isso, sem mesmo combinarem nada, passaram a andar mais juntos na presença da família da Bea. Não houve comentários estúpidos, até correu bem.

Quando regressaram a Portugal, os pais e o irmão da Bea foram de carro e ela e o Tomás foram de ferry-boat. Foi melhor assim, pois estavam ainda mais à vontade um com o outro. A viagem não era muito grande, mas era bonita. Quando atracaram, sentaram-se num banco á espera dos pais da Bea. Conversaram, abraçaram-se e disseram umas quantas vezes que se amam. Os pais da Bea chegaram e foram todos para casa. Nessa noite, depediram-se, mais uma vez, com um beijo.

A Distância Que Nos AproximaOnde histórias criam vida. Descubra agora