»- Quem nos disse que não somos um bom time?

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David

Assim que cheguei no hospital, fui direto saber como Charlie estava. Não sabia como iria agir ao me encontrar com Regina, com toda certeza o clima entre nós não estaria normal depois da conversa no restaurante. Meus pensamentos foram deixados de lado assim que entrei no local onde o garoto se encontrava. Me deparei com uma cena adorável de Regina e Charlie conversando muito animados. A conexão dos dois era mais do que notável

─ Oi - Comentei apreensivo assim que me aproximei dos dois

─ Oi - Respondeu da mesma forma e voltou a dar atenção ao menino ─ Agora que o seu pai chegou, a tia Regina vai trabalhar está bem?

─ Fica com a gente um pouquinho, tia Regina - Choramingou ─ Por favor - Juntou as mãos

─ Fica, por favor - Lhe encarei

─ Tá certo - Sorriu não muito animada com a ideia ─ Mas só porque eu gosto muito de você - Pincelou seu nariz com o indicador

─ E gosta do papai também, não é? - Sorriu sapeca

─ Hum... É até que sim, um pouquinho - Disse em tom brincalhão e me encarou brevemente ─ Apesar de que seu pai as vezes me irrita muito quando se mete onde não deve - Claramente ainda estava brava comigo

─ Não vou discordar de você - Sorri fraco e encarei o garoto ─ Como você está se sentindo, filho?

─  Tô bem, papai - Sorriu animado ─ O tio Alfonso disse que se continuar assim, vou poder ir pra casa logo

─ Isso mesmo, meu amor, pra isso você tem que continuar se comportando muito bem - Abri a mochila que estava segurando ─ Olha o que eu trouxe pra você - Segurei o tablet

─ Meu tablet! - Bateu palmas animado ─ Obrigado, papai! - Agradeceu assim que entreguei o aparelho

─ De nada, meu amor - Sorri por conta da sua reação ─ Obrigado por estar cuidando dele - Sussurei

─ Não precisa me agradecer, você sabe que ele é como se fosse meu filho - Me encarou brevemente e sorriu fraco ─ Só quero o bem do Charlie

Ficamos mais alguns minutos conversando com o menino. Tivemos que sair assim que nossos celulares tocaram, pelo visto a emergência precisava de ajuda. Regina e eu nem ao menos conseguíamos olhar diretamente um para o outro, que dirá trocar alguma palavra

─ Como vocês estão? - Killian perguntou assim que entrei no local

─ Ainda não conversamos - Suspirei enquanto encarava a mulher que já estava longe de mim no momento ─ Não quero pensar nisso agora - Terminei de amarrar meu avental ─  O que aconteceu?

─ Idiotas em bicicletas se matando, seleção natural é isso ai - Comentou ao se aproximar ─ Vai ter trabalho hoje, Doutor Nolan

─ Obrigado por informar, Doutora Bailey - Respondi não muito animado com a notícia

─ Tem algum evento na cidade que não estou sabendo? - Killian perguntou confuso

─ É o pega anual de ciclismo, todo ano eles fazem essa corrida de forma ilegal - Bufou insatisfeita ─ É organizado por um bar, quem ganhar a corrida, ganha bebida de graça

─ Um bando de ciclistas disputando com carros para ver quem ganha tequila de graça - Neguei com a cabeça ─ Essa é nova - Soltei uma risada

─ Dizem que a única regra é não poder arrancar os olhos de ninguém - Negou com a cabeça ─ Também né, o que se pode esperar dos homens? Estão sempre cometendo alguma burrice

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