Armadilha

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 Narrador POV


Adora foi o mais rápido possível para delegacia procurar a ajuda que precisava para dar o próximo passo.

Avistou o prédio branco pequeno com algumas viaturas na porta e logo entrou um pouco incerta do que fazer.

Ela havia passado no dormitório depois de sair do hospital para tirar algumas fotos e pegar a pilha de dinheiro.


Adora conseguiu fotos boas que esperava serem consideradas como prova do que iria falar. Uma das imagens mostrava fios de sangue perto da parede indicando agressão antes de Catra ir para o banheiro.

Aquilo doía em Adora de uma forma inimaginável mas era necessário colher o máximo de provas antes de fazer qualquer acusação.

A loira se dirigiu a mesa de Micah, pai de Glimmer que era policial chefe da cidade, tinha certeza de que o homem a ajudaria.


-Adora! Que surpresa boa, querida - O homem se aproximava de forma carinhosa - Glimm está com você?

 

-Oi senhor M... Na verdade não - O homem encarnou Adora um pouco preocupado - Eu... Preciso te mostrar uma coisa.




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-Adora, é uma acusação séria, tem certeza que quer seguir com isso?


-Sim senhor.


-Certo... Essas fotos e o dinheiro não são o bastante para um mandato de prisão - Enquanto Micah ponderava, Adora se sentia tensa com o pensamento que aquilo seria por nada - Mas é o suficiente para abrir um caso contra SW... Se ela realmente incentivou ou instigou de alguma forma o que aconteceu com Catra é um crime de pelo menos 2 a 6 anos de reclusão.

 

-E como podemos provar isso..?


-Não podemos... Pelo menos não de imediato. Catra seria testemunha mas acredito que você não queira envolvê-la nessa história nesse momento - Adora assentiu imaginando sua latina deitada no hospital - Eu vou mandar uma equipe localizar essa mulher e fazer algumas perguntas. Se acharmos algo eu te aviso.

 

-Certo... Obrigada senhor M...

 

Adora levantou e abraçou o homem que durante os últimos anos acolheu ela como sua própria família.

Micah por mais que não precisasse, sentia necessidade de protejer a loira como sentia com Glimmer.




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-Adora!? Puta merda onde você estava???



Mara se levantou quando viu a irmã saindo do elevador do hospital. Ela parecia furiosa mas ao mesmo tempo preocupada.


-Calma Mara, eu fui resolver uma coisa...


Adora tinha uma expressão cansada. Por mais que estivesse limpa com roupas trocadas do incidente, não tinha pregado o olho.


-Você foi atrás da SW? - Mara perguntou um pouco preocupada.


-Não. Levei tudo pro Micah...


A mais velha franziu as sobrancelhas. Não esperava tal maturidade da irmã. Pensava que Adora faria algo irresponsável só para proteger Catra, assim como Mara faria se algo acontecesse com a irmã. Era de família.


-Puta que pariu Adora você me deixou preocupada!!! - Mara bufou abraçando a irmã - Conseguiu alguma coisa?


-Ainda não... Precisamos de mais provas. E a Cat?


Adora estava ansiosa para perguntar desde que tinha pisado no hospital. Ela precisava vê-la a todo custo.

 

-Ela ainda não acordou.


Adora sentiu um frio na barriga, uma ansiedade terrível.


-Mas você pode vê-la.


Mara sorriu fraco e guiou a irmã que estava tremendo de ansiedade com o estado que encontraria sua namorada.





A porta do quarto foi aberta revelando a latina com pequenos cortes em sua face e algumas partes do corpo enfaixadas.

Por mais que aquela visão tenha feito o coração de Adora doer também trouxe a sensação de alívio em vê-la.


-Hey Cat... Estou aqui meu amor....


A loira se dirigiu a Catra desacordada segurando sua mão firmemente.


-E-eu to aqui Cat... Eu to aqui...


Mara via tudo de longe sentindo que sua presença ali era um pouco desnecessária. Por mais que não quisesse deixar a irmã naquele estado sozinha sentia que era necessário que Adora tivesse um tempo com Catra, então se despediu da irmã com um leve toque no ombro e deixou o quarto.

Adora segurava o rosto da latina como se pudesse perdê-la a qualquer segundo.

E realmente poderia...


-Vou cuidar de você tá bom? Eu prometo que vou resolver essa situação de uma vez por todas e depois disso será só nós duas - Algumas lágrimas teimavam em cair dos olhos azuis de Adora.



Por mais que não soubesse, as palavras de Adora faziam grande diferença para Catra que estava perdida em sua mente entre a vida e a morte.





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Adora adormeceu após falar algumas coisas para namorada na esperança de que fizesse algum efeito.

Quando acordou após algumas horas viu que a latina ainda dormia profundamente. A loira suspirou sem largar a mão da outra.


-Fica... Por favor - Sussurrou contra a mão de Catra que segurava e depois repousou um beijo no mesmo lugar.




Alguns minutos depois no mesmo lugar, ecoaram algumas batidas. Adora não se deu o trabalho de olhar sabendo que provavelmente seria sua irmã ou alguma enfermeira.



-Olá Adora... - Ouviu a voz rouca e claramente reconhecível.

Não me deixe ir - CatradoraOnde histórias criam vida. Descubra agora