365 Days

Capítulo 9 - Looks

Point of View Antoniette Topaz

Minha primeira noite, tirando a que eu fui dopada e não lembrava de nada, até que foi boa.

Por ser um lugar novo, no meio da noite eu acordei, mas foi fácil pegar no sono de novo. Tirando essa parte, realmente foi boa.

Ter uma cama de casal inteiramente para você, poder rolar a vontade, dormir toda aberta.. é maravilhoso.

Claro que eu fiquei com medo de aparecer um bicho, tipo a Annabelle, do meu lado por ter um espaço vago na cama de casal, mas quem liga?

Aquela cama é extremamente confortável.

Acho que quando eu acordei pela primeira vez, não tinha percebido o quanto o colchão era bom, pelo fato de eu ter acordado em um lugar que eu nunca vi, nunca estive, e nem conhecia.

Mas ontem, quando eu deitei na cama para dormir, foi aí que eu percebi a qualidade do colchão. Não é extremamente macio, mas também não é duro.

Pensando por esse lado, você pode pensar que o colchão é ruim, mas eu te falo o porquê dele ser perfeito para mim.

No meu apartamento em Greendale, o meu colchão é muito macio, e você pode pensar que isso é bom, mas é bem ruim. É confortável e tal, mas faz meu corpo ficar muito afundado e amassado, provocando dores nas minhas costas.

Colchão duro seria o contrário, é desconfortável, porém seu corpo fica reto, e a probabilidade das suas costas ficarem doendo é menor. Por mais que não pareça.

Então juntando um colchão duro com um colchão super macio, se cria a perfeição que é o colchão que eu estou deitada agora.

Eu sei, sou muito boa em dar aulas de como saber se o colchão é bom ou não.

Enfim, acho que é hora de eu acordar para a vida e parar de falar de colchão.

Enquanto eu ainda estou deitada, eu consigo ouvir murmuros de pessoas andando e falando de fora do quarto, o que me fez virar a cabeça para o lado e, como eu tinha percebido que bem ali, em cima de um criado mudo, tinha um relógio, olhei as horas. O horário me fez arregalar os olhos e me levantar em um pulo da cama, quase tropeçando e indo na direção da janela, afastando a cortina, vendo que o céu do lado de fora ainda estava escuro, com pouquíssima claridade. Sério, quem acorda ás 4:30 da manhã?

Eu até pensei em voltar a dormir, mas o sono já tinha ido embora e, bom, os murmuros do lado de fora e a claridade de luz que entrava por uma fresta em baixo da porta entregava que, claramente, algumas das pessoas da casa já estavam acordadas.

Fui até o banheiro do quarto e andei na direção do espelho grande, encontrando o reflexo da minha pessoa com uma roupa totalmente diferente da que eu tinha colocado.

Eu tinha colocado uma blusa de malha cinza e um short de moletom, já que foi a roupa mais confortável possível que eu achei entre as roupas novas (desconhecidas) contidas naquele guarda roupa.

Tentei achar a roupa que mais se encaixasse ao meu estilo.

Mas agora... agora eu estava com uma camisola de seda quase igual a que eu tinha acordado, com a diferença de que era branca.

Eu até gostei, mas quem me trocou e porquê?

Essa já é a segunda vez.

Bom, eu ainda não tive tempo de perguntar quem tinha me trocado antes, talvez agora seja uma ótima oportunidade, certo? Certo!

Concordo comigo mesma e saio do banheiro. Acabei lembrando que eu tinha achado um robe preto dentro do guarda roupa, igual Cheryl disse que tinha, então eu peguei o mesmo, coloquei em meu corpo, amarrei e caminhei até a porta de saída do quarto.