365 Days

Capítulo 25 - Baile de máscaras

Point of Views Antoinette Topaz

Como explicar o quanto eu estou burra de não ter deixado Cheryl me tocar até aquele momento?

Porra, ela era boa em tudo.

Sabia beijar, sua pegada era boa, e seus dedos eram mágicos.

Eu nem sei por quanto tempo transamos. Quer dizer, de uma rodada foi para outra, que foi para outra, que foi para outra, e assim foi indo até decidirmos aproveitar o fato de estarmos em um barco.

Então, nesse momento, eu estava de olhos fechados, vestida apenas com a parte debaixo de um biquini e deitada em uma espreguiçadeira enquanto ouvia o barulho de água, já que Cheryl estava nadando.

Até que eu ouvi os barulhos se cessarem, passos molhados chegarem perto de mim, seu calor perto do meu corpo e seus lábios em minha boca.

—Eu quero mais.– Disse com voz manhosa assim que seus lábios se afastaram, me referindo a nossa "tarde quente". Ouvi sua risada leve

—Só dormimos uma hora.– Cheryl disse. Abri meus olhos, tirei os óculos escuros que estavam sobre os mesmos e olhei para ela; tendo a visão de Cheryl debrucada na espreguiçadeira que eu estava deitada. Seu cabelo ruivo estava molhado, seus olhos franzidos pelo sol, seu batom vermelho continuava intacto e tinham gotículas de água por seus ombros e braços. Ao contrário de mim, ela sim estava com o conjunto completo do biquini, e o seu era vermelho. Óbvio.

—E você já cansou?– Perguntei com uma sobrancelha arqueada.

—Não é isso.– Ela respondeu e passou a ponta das unhas pela minha barriga, me fazendo arrepiar. –Tenho uma surpresa para hoje a noite.

—Tenho medo das suas surpresas.– Disse com os olhos também franzidos pelo sol, e ela riu. –O que é?

—É um baile.– Cheryl disse. Poxa, estragou a surpresa.

Por que eu fui perguntar?

—Um baile?– Perguntei. Qual é? Estou curiosa.

—Um baile.– Cheryl afirmou

—Baile de que?– Perguntei, me arrepiando outra vez quando suas unhas passearam por meus seios.

—Um baile de máscaras.

—Baile de máscaras?– Franzo o cenho. –Eu nem tenho roupa pra isso, Cheryl.– Me apoiei em meus cotovelos.

—Isso não é um problema.– Ela disse simples e eu revirei os olhos.

—Estamos em um barco.– Disse, e ela piscou duas vezes. –No meio do oceano

—E vamos sair daqui do mesmo jeito que entramos.– Disse simples.

—Eu não sei me arrumar para um baile de máscaras.– Suspirei e me deitei na espreguiçadeira novamente.