Point of View Antoniette Topaz
Eu juro, a próxima vez que eu acordar tão cedo, eu não vou dormir de novo.
Acordei 4 horas, fui dormir ás 4:46, acordei de novo ás 5 horas da tarde e agora, ás 2 horas da manhã, estou aqui olhando para o nada, não sentindo um pingo de sono.
Tomei um susto quando ouvi a porta do quarto ser aberta e levei meu olhar até a mesma, vendo a figura de Cheryl segurando maçaneta da porta recente aberta e me olhando confusa.
Passo os olhos por seu corpo. Ela estava vestida com uma camisola vermelha de renda, que ia até a metade de suas coxas. Por cima, ela vestia um suéter de ziper, todo aberto, e ele parecia ser um pouco largo, já que a manga do seu braço direito estava caída. Por fim, ela estava descalça e uma parte de seu cabelo ruivo estava por cima do ombro de seu braço direito, o mesmo que a manga estava caída.
—Está acordada a essas horas por quê?– Subo meu olhar para seu rosto novamente, e vejo seu cenho franzido.
—Não foi uma boa ideia levantar da cama ás 4 horas da manhã.– Rio –Mas o que você está fazendo aqui?
—Nesses dias em que você está aqui, eu sempre venho no seu quarto, de madrugada, enquanto você está dormindo.– Ela diz enquanto fechava a porta, e agora que ela estava de costas, vi que seu moletom tinha capuz.
—Por que você vem aqui enquanto eu estou dormindo?– Pergunto. Ela ri e coça a nuca enquanto caminha em minha direção.
—Eu gosto de te ver dormindo.– Ela se senta ao meu lado na cama, do mesmo jeito que eu, encostada na cabeceira.
—O que tem de interessante em ficar me olhando dormir? Aposto que eu ronco igual um trator.– Ela gargalha, e eu? A acompanho.
—Toni, você parece um anjo dormindo.– Ela limpa o canto dos olhos depois de parar de rir. –Juro, a sua boca fica um pouco aberta, e tem vez que, por algum motivo, você abre um sorrisinho só com os lábios. Fica fofo.
—Aposto que não.– Digo de brincadeira, e ela para de rir; abrindo um sorrisinho pequeno, que parecia um pouco desafiador. Não entendi nada.
—Não aposte nada comigo, Toni. Todos que apostaram, perderam.– Ela pisca um olho.
—Que tipo de apostas?– Pergunto curiosa e ela ri, olhando para seu colo.
—Uma vez, quando eu tinha 19 anos, em que eu estava jogando strip poker com minhas amigas e amigos da época..– Ela pensa um pouco. Espera, strip poker? –Apostaram que, se eu ficasse com minha roupa inteira no meu corpo, sem ter que tirar nenhuma, o jogo inteiro, eu poderia escolher o que eu quisesse.
—E se perdesse?– Pergunto, realmente curiosa. Ela sobe o olhar para meu rosto novamente.
—Um beijo na boca de cada garota presente no jogo.
—Mas isso não é bom?– Fico confusa.
—Não.– Ela ri. –Pode não parecer, mas eu não gosto de trocar beijos com estranhas. Tipo ir em uma balada e beijar qualquer uma.– Ela da de ombros. –Beijo para mim é uma demonstração de carinho, e demonstrar carinho com uma estranha..– Ela faz uma careta e nega com a cabeça. –Isso pode parecer confuso, mas mesmo eu não gostando de beijar uma estranha qualquer, por mais que ela seja atraente, sexo é uma boa opção.
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365 Days
Casuale"Não te forçarei a nada, mas você terá 365 dias para se apaixonar por mim." Cheryl, a filha do maior e mais temido mafioso de toda a América Latina. Já Toni é conhecida por ser a Rainha dos Serpentes. Seus caminhos se cruzaram por um golpe de sor...