Capítulo 10

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Entramos em meu apartamento escuro aos beijos. Fechou a porta com o pé, já que suas mãos passeavam pelo meu corpo.
Estávamos necessitados daquilo como um drogado precisava da sua droga.
Uma perna minha enlaçava sua cintura o puxando para mim, pegou-me no colo, nos levou até o seu quarto. Me deitou em sua cama finalmente separando nossos lábios.
Em seu olhar podia ver toda a lúxuria que havia dentro dele. Não era o único que estava cheio de hormônios e tesão. Eu também estava.
Começou a beijar meu pescoço, já eu, suspirava sentindo meu corpo ficar quente suficiente por ele:
- Quer?
Seus dedos encontraram minha intimidade sobre a calcinha, gemi:
- S-Sim...
Acordei com meu celular estridente gritando. O desliguei, virei de barriga para cima suspirando longa e pesadamente. Sexo estava se tornando um problema para mim.
Para o meu azar, Domenico viajaria naquele dia às nove da manhã, não teria tempo de ir até sua casa para me despedir do homem com todas as honras que eu queria.
Na noite anterior nada aconteceu. Foi a primeira noite, desde que "voltei" com meu ex-marido, que dormi sem ter feito com ninguém. Nem Domenico, nem Navarro, nem Vi, nem ninguém.
Fui tomar meu banho pensando em tudo o que havia acontecido. Não podia usar da mesma arma que fui ferida para ferir quem eu mais amava.
Após sair do chuveiro, mandei mensagem ao mais velho desejando boa viagem.
Vesti um vestido azul escuro de alça, sapatilha preta, fiz maquiagem e fui ao trabalho de Uber. Botei meus fones para ouvir minha banda italiana favorita.
Meu celular vibrou, era ele me desejando um bom dia na empresa. Sorri, guardei o celular.
Cheguei na empresa, paguei a motorista, andei até a empresa, entrei na minha sala comecei a trabalhar.
Meu celular vibrou, olhei. Era Vi.

Vi: Podemos conversar?

Mordi os lábios. Todas as lembranças que queria esquecer inundaram minha mente, causando remorso e um desejo absurdo pelo seu corpo.
Não a respondi, voltei a trabalhar, mas alguém bateu à porta:
- Entre.
Falei. Seu perfume delicioso infestou minha sala inteira. Não levantei o olhar:
- Vic, por que você tem se afastado de mim? Fiz algo?
Viviane perguntou exasperada, forcei-me à agir de forma fria com ela. Não podia demonstrar o que era o problema. Não ali:
- Não me afastei, Vi. Apenas estou ocupada.
Menti. Se olhar matasse, minha última visão teria sido o Adobe Premiere aberto e o logo das Americanas:
- Você tem tempo pro Navarro e pro Domenico, mas para mim você não tem.- Fechei os olhos tentando evitar seus olhos castanhos- Você não tem o mínimo de respeito com suas amizades!
Ela exclamou irritada, levantei o olhar para ela, me mordendo para não gritar na sua carinha de boneca que amigas normalmente não transavam; que não éramos mais amigas:
- Normalmente não durmo com as minhas amigas, Viviane. Muito menos com uma amiga com quem acabei de conhecer.
Sua boca se abriu chocada. Havia a magoado de verdade. Seus olhos marejaram.
Quando tentei me explicar, já era tarde. Vi tinha saído da minha sala batendo a porta com força.
Sentei-me novamente na cadeira, fechei os olhos com força tentando impedir as lágrimas e um berro de raiva de mim.

Fifty Shades of RedOnde histórias criam vida. Descubra agora