Mundo,
É bastante trágico a forma como me sinto a cada minuto que passa da minha triste vida.
A cada escrita que trespasso para estas linhas um sufoco é sentido no meu peito, um aperto e uma vontade de partir.
Quero te pedir que escrevas no meu túmulo que eu nunca desisti de ti, mas tu desististe de mim e ,sem dúvida, não resisti ao esquecimento.
Mundo, és cruel para mim, para alguém que sempre te tentou embelezar e te fazer voltar ao que eras, de facto, sinto-me mais fraca agora, a doença começa a apoderar-se de mim e da minha esperança.
No fundo, aquilo que sinto por ti é uma metamorfose de algo que penso sobre ti, a paixão nunca me abandonara mas o ódio fez com que fosse demasiado difícil senti-la.
A necessidade de purgar a minha alma com lágrimas é agora mais frequente, tal como a doença, ou a solidão ou os pensamentos em ti, e em como serás sem mim.
Os segundos são agora mais vagarosos, ou talvez o meu raciocínio esteja a se tornar mais fraco.
Parece tudo numa lentidão infernal, a minha cabeça parece estar fora de órbita onde seja impossível alcançar a Razão humana.
Não sei o que escrevo mais, como te digo estou terrivelmente doente e a ensandecer.
As minhas palavras serão em breve distantes, tal como me encontro agora da sanidade.
De mim,-BlasteMoon
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A ti, Mundo.
PoesíaA ti, Mundo. De alguém que já foi teu, não é mais. De mim, que já fui alguém, mas agora não sou nada.