A ti Mundo,
O que será destes humanos sem a voz da Razão ?
Os abutres da sociedade encontram-se numa carnificina onde tu és o único perseguido.
Não tenho como te salvar, nem a mim, nem a ninguém, pois até eu fui vítima da chacina de sangue e glória que habita em ti neste momento.
Encontramo-nos todos perdidos e a única salvação é a morte, ou a vida.
Será que vivemos agora ?
Sobrevivemos na selvajaria que és tu, Mundo: a selva, a sobrevivência e a vida primitiva.
Morreremos todos pela corrida à glória, deixaremos marcado o nosso rastro sangrento e assustador ?
É avassalador a forma como somos destrutivos e, no fundo, caminhamos para o mesmo fim; um buraco escuro e frio, sem nada, nem ninguém.
E depois de um tempo, somos esquecidos como uma névoa passageira que agora se foi.
Será que o que digo faz sentido no meio desta carnificina?
Sinto-me a ser devorada por ti, Mundo e pelos que te habitam.
É assustador aquilo que tens vivido agora, dias negros que não tendem a melhorar: a natureza encontra-se enfurecida contigo, um desgosto de uma mãe e um filho sujo.
O nosso destino encontra-se traçado e em chamas, de raiva e do choro da mãe.
Como vês estou louca.
Sem mais nada para te dizer,
-BlastedMoon
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A ti, Mundo.
PoetryA ti, Mundo. De alguém que já foi teu, não é mais. De mim, que já fui alguém, mas agora não sou nada.