Arabella não consegue se lembrar como era ser feliz antes de toda a desgraça acontecer em sua vida onde o seu problema começou quando ainda era só uma criança como sua vida pode mudar tanto em um piscar de olhos? Como isso pode acontecer?
Ela queri...
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A aula já tinha terminado estava agora no corredor esperando por Jace, ele já estava demorando muito e eu impaciente andando de um lado para outro.
Depois de uns dez minutos ele aparece,o vejo correndo em minha direção com um sorriso nervoso.
—Me desculpe pela demora, e que a Jessy acabou me chamando para conversar, acabei esquecendo que eu tinha pedido para você me esperar, me desculpe mesmo -ele completou sua fala com uma cara de culpado e envergonhado.
—Não precisa se desculpar, tá tudo bem - só não tava conseguindo parar quieta esperando por você.
—Você não quer ir tomar um sorvete?, quando estava de mudança vi uma sorveteria por aqui.
Não sei se meu pai gostaria que eu demorasse, as coisa podem acabar complicadas para o meu lado.
—Não sei se posso, acho melhor não.
—Vamos, não vamos demorar- ele ficou esperando pela minha resposta, unindo as mãos em uma súplica que acabo rindo.
—Ok, vamos- ele logo soltou um sorriso quando concordei, e foi inevitável não sorrir de volta.
•
Avisto a sorveteria e acabo me lembrando dela tem muito tempo que não venho aqui.Logo que entramos procuramos um lugar para sentar.
O lugar é aconchegante, temático aos anos 80 com uma melodia que reconheci ser um clássico de Michael Jackson, o cheiro de sorvete e café é impregnante.Volto a minha atenção a Jace, com ele me chamando.
— Então, vai querer sorvete de que sabor?
— flocos e morango.
Ele logo foi fazer o pedido, enquanto esperava pelos sorvetes.
—Aqui está o seu- ele estendeu para mim o meu pedido.
Enquanto tomávamos o sorvete o silêncio era agradável, apenas apreciando as músicas, vezes ou outras eu ouvia ele cantarolando estava sendo um dia bom.
— Então, não querendo ser inconveniente...mas já sendo - ele parecia incerto se perguntava ou não, mas a curiosidade dele falou mais alto.
—Como você arranjou esses machucados?
Eu preferia quando estava em silêncio.
—Não querendo ser grossa, mas isso não é da sua conta - será que peguei pesado?
— Me desculpa pela minha intromissão, mas acho estranho quando você está com esses machucados parecendo que alguém te bateu.
— Alguém está te batendo, você pode me falar, é o seu pai...- mas não deixei ele terminar, quando simplesmente me descontrolei.
— Não é da sua conta- olho ao redor percebendo que todos me encaravam incrédulos, e o jace não estava diferente, aí está o monstro.
—Tudo bem, me desculpe - ele falou olhando ao redor envergonhado.
Um silêncio ficou entre a gente, mas não um silêncio bom, um silêncio totalmente constrangedor.
—Olha, me desculpa eu já vou indo - levantei envergonha tirando um dinheiro do bolso e largando na mesa saindo dali o mais rápido possível.
—Arabella, espera - jace saiu correndo atrás de mim.
Sinto o meu braço sendo segurado por ele.
— A culpa foi minha, eu não deveria me intrometer a gente é vizinhos vamos juntos.
—Ok! - respondo sem conseguir encarar os seus olhos.
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O caminho até em casa foi um completo silêncio angustiante, não sabia o que falar ou como me desculpar pelo o meu surto, mas também não tenho culpa, ele se passou como um intrusão.
—Olha, me desculpa mesmo, eu fiz merda me intrometendo - ele realmente estava culpado
Estava prestes a desculpar ele, estava quase falando quando sou interrompida por uma porta sendo aberta com toda a força, e meu nome sendo gritado.
—Arabella, entra agora- meu pai falou com uma cara fechada e com os dentes trincados.
Sinto um medo, minhas mãos tremendo a falta de ar chegando, quando sinto uma mão segurando a minha, quando ergo o olhar até encontrar aquele castanho esverdeado me encarando com uma preocupação estampada em seu rosto.
—Arabella, entra agora - meu pai ordenou.
Soltei minha mão da de jace, e tentei passar um sorriso tranquilo para ele.
— até mais jace - forcei um sorriso enquanto não esperava meu pai me chamar mais uma vez.
