Arabella não consegue se lembrar como era ser feliz antes de toda a desgraça acontecer em sua vida onde o seu problema começou quando ainda era só uma criança como sua vida pode mudar tanto em um piscar de olhos? Como isso pode acontecer?
Ela queri...
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Tento abrir a porta sem fazer um mínimo barulho o que foi totalmente falho tiro os sapatos deixando sobre a bancada perto da porta de entrada, e sigo andando na ponta dos pés, consigo enxergar o meu pai deitado sobre o sofá com uma cerveja na mão preste a cair, não quero estar aqui em baixo quando isso acontecer. Quando estou quase pisando no primeiro degrau da escada a garrafa de cerveja cai antes que eu consiga subir em direção ao meu quarto, não ligo mais para o barulho que vou fazer só subo o mais rápido que posso e vou em direção ao meu quarto, não olhando para trás. Me jogo sobre a cama recuperando o ar que eu nem sabia que prendia, tento o máximo acalmar o meu coração o que realmente tá sendo difícil, minha respiração está entrecortada agora, eu só preciso lembrar de respirar e tentar me acalmar.
—Vamos Arabella, respire
—Respire…
Não sei quanto tempo passa para eu conseguir me acalmar, mas agora estou sentada sobre a janela do meu quarto vendo a chuva e os raios que iluminam o céu isso consegue me acalmar de um jeito estranho. Minha porta foi aberta com toda a força possível, já imaginava que isso iria acontecer, eu não iria passar ilesa dessa mais uma vez...Se acalme, não demonstre medo.
—Onde você estava Arabella?
—Em lugar nenhum pai.
—Não minta para mim, sua pirralha
—Eu não tô mentindo pai, se o senhor não acredita o problema não é meu - óbvio que essa última parte eu falei para mim mesma mas é claro que ele ouviu, e eu percebi isso do pior jeito. Sinto uma ardência sobre a minha bochecha parece que levei um belo de um tapa, consigo sentir o gosto metálico na minha boca um belo corte na boca que vai ser difícil esconder.
—Olha como você fala comigo sua merdinha, eu sou seu pai, você ainda me deve respeito - Acabo rindo com essa fala dele como pode dizer que é o meu pai logo depois de me bater, como pode??
—Engraçado o senhor falar isso, quando nunca agiu como um pai para mim - Percebi que falei merda logo depois que levei outro tapa bem mais forte.
— Não ouse falar assim comigo, você é um peso na minha vida, é só uma garota que traz azar, você fez isso com todo mundo até com a sua mãe, você matou a sua mãe arque com as suas consequências, você deveria me agradecer por deixar te viver na minha casa.
É realmente as palavras têm um peso muito forte, sinto os meus olhos arderem as lágrimas querendo descer, mas não EU NÃO VOU CHORAR NA FRENTE DELE, ele não vai ganhar essa ele não vai me vê assim. Ele dá uma risada da minha falha tentativa e logo depois saí do meu quarto batendo a porta com tudo, sinto o ar saindo dos meus pulmões as lágrimas escorrendo sem a minha permissão eu não tenho mais o controle do meu corpo, tento controlar a respiração em vão a ardência em minha bochecha ainda está permanente o sangue escorrendo sobre a minha boca passo a mão em uma falha tentativa de limpar o sangue e conter as lágrimas. Vamos Arabella se acalme isso tudo vai acabar um dia, ou ele estando morto ou eu...isso ainda vai acabar.
