New York

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Opa, chegay! Duas sugestões de música para o capítulo de hoje, terão dois plays sinalizando a hora de iniciar a música:

[play 1] - Empire State Of Mind - Alycia Keys (solo version)

[play 2] Love Me Like You Do

                         Boa Leitura <3

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Bárbara's pov

New York (n.): Selva de pedra fabricante de sonhos. Onde os sonhos se realizam. Onde tudo, TUDO é possível.

[play 1] - Empire State Of Mind - Alycia Keys (solo version)

Manhattan, Brooklin, East Village, Queens, Greenwich Village. Empire State, Estátuta da Liberdade, Quinta Avenida, Central Parque, Brooklin Bridge, Times Square. New York City.

O centro do mundo. A concentrada mistura de povos, línguas e culturas. Onde o nada se faz tudo e o tudo se transforma em nada. Palco do mundo, onde nascem e morrem os loucos e seus sonhos, iluminados por letreiros coloridos que anunciam as maravilhas da vida. Um infernal pedaço do paraíso na terra.

- Agora vai me dizer por que fez questão de me trazer aqui? – perguntei, assim que Carol parou o passo, quando chegamos ao meio da Time Square, depois de caminharmos alguns metros pela W 47th St e depois pela 7th avenue.

A mulher de cabelos loiros que caíam em ondas perfeitas sobre seus ombros abriu-me um sorriso, depois de virar-se de frente para mim e apertou carinhosamente a minha mão, que segurara sem cerimônias desde que saíramos do carro.

Seus cabelos ganharam um tom dourado por causa das luzes excessivas que brilhavam ao redor de nós e nos envolviam em uma atmosfera quase de fantasia.

- Vou sim... – ela disse com calma e caminhou com o corpo quase colado ao meu, para trás de mim, onde parou trocando sutilmente a mão que segurava a minha, deixando assim a mão esquerda livre, afastou cuidadosamente, a mecha de cabelo solto que cobria o lado direito do meu rosto, prendendo-a atrás de minha orelha.
Meu coração tropeçava entre os sutis toques de seus dedos em meu rosto. Sua pele quente fazia minha pele gelada derreter sob seu contato.

- Você é quente. – falei apenas para ela ouvir, em meio àquela multidão de pessoas que caminhavam em volta de nós. Carol apenas sorriu para a minha observação e repousou a mão livre em meu ombro esquerdo sem nunca soltar a mão que segurava.

- Eu trouxe aqui para que você veja este lugar. – ela falou, com o rosto quase colado ao meu e correu os olhos pelo cenário a nossa frente e depois para mim.

Uni as sobrancelhas, sem entender exatamente o que Carolina estava querendo dizer ou fazer. Ela sabia que eu já havia estado ali, eu havia dito no carro, durante a viagem para lá. Então, sua resposta deixou-me confusa.

- Eu já estive aqui. – falei calmamente, olhando em volta o excesso de cores e luzes, algumas pessoas que caminhavam apressadamente e outras que paravam para tirar suas fotos ou simplesmente admirar a Times Square.

Os dedos de Carolina deslizavam delicadamente por meu ombro e senti uma leve pressão de seus dedos sendo cruzados aos meus. A mulher mais velha sorriu mais uma vez.

- Eu sei... – ela disse em seu tom moderado e levemente rouco de sempre. – Mas dessa vez eu quero que você veja. – ela destacou a palavra para que eu entendesse. – Não quero que olhe apenas. Olhar é atributo dos olhos. Ver é uma função de todo o seu corpo, mente e alma.
E então, eu entendi que havia mais ali do que simplesmente levar-me para ver um ponto turístico de Nova Iorque. Eu entendi que seu objetivo tinha muito mais a ver com ela e sua mente indecifrável e espetacular, do que com um simples passeio pela noite da Big Apple.

Wonderfall - BabitanOnde histórias criam vida. Descubra agora