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O dia estava um inferno, tanta chuva, tantas pessoas sem casa, a escola estava lotada, tinha crianças chorando, gente chegando procurando parentes, alguns até estavam aqui, mas outros estavam desaparecidos, meu celular tinha várias chamadas perdid...

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O dia estava um inferno, tanta chuva, tantas pessoas sem casa, a escola estava lotada, tinha crianças chorando, gente chegando procurando parentes, alguns até estavam aqui, mas outros estavam desaparecidos, meu celular tinha várias chamadas perdidas de Xamã, mas não tinha como entender, eu estava tão ocupada.

-- Carol uma parte do telhado caiu -- Katherine vem até mim.

-- meu Deus, tinha alguém lá?-- pergunto.

-- não, as crianças estão próximas, mas não foram atingidas-- respiro aliviada.

-- cadê meu filho?-- mesmo sendo confuso de entender no começo, todos aqui já estão acostumados com o Diego me chamando de mãe.

-- ele estava com umas crianças quando eu vi pela última vez-- me despeço dela e vou atrás de Diego.

Ando pela escola atrás do pequeno, mas não acho ele, pergunto a algumas pessoas, mas elas estão tão aterrorizadas com a chuva que não sabiam de muita coisa.

Vou até a parte de fora da escola, vou até um beco que tem do lado e esta vazio, onde esse menino se meteu?

-- olá boneca-- uma voz me assusta.

-- o que você quer?-- quando me viro dou de cara com Orochi e mais dois homens.

-- eu quero que você venha comigo-- ele sorri e eu faço cara de nojo.

-- eu não vou com você-- digo.

-- você vem por bem ou por mal -- ele diz com raiva.

-- eu vou gritar-- ameaço.

-- pode grita boneca, ninguém vai vim, a favela tá uma bagunça, você é só minha agora -- ele sorri malicioso me olhando de cima abaixo.

Olho ao redor e realmente não tem ninguém, todo mundo está ajudando as pessoas que estão desabrigadas, mesmo se eu gritasse o barulho de chuva caindo dos telhados e as pessoas gritando não deixariam ninguém me escutar.

-- vamos boneca -- ele chega perto de mim, mas eu bato nele -- VAGABUNDA.

Sinto meu rosto arde, minha bochecha doe, ele tinha me batido.

-- peguem essa puta-- ele manda.

Os outros vem até mim, começo a me debater, junto eles, bato, mas acabo apanhando novamente, mesmo assim tendo resistir. Eles me jogam dentro de um carro e descem a ladeira, quando já estamos na estragada um dos homens me amarra, uma fita é passada não minha boca, começo a chorar desesperada mente.

Eu tenho um bebê na barriga, não posso passar por isso, eu choro com medo deles machucaram meu bebêzinho, eu ainda nem tive coragem de contar para o Xamã, eu levo minha mão até minha barriga.

Vem nos salvar Xamã

[ ... ]

Depois de um tempo o carro para, no lado de fora tinha um galpão que estava cercado por mato. Eu estava tão fraca que nem reclamei quando o homem me pegou, me levaram para dentro daquele galpão velho e me jogaram em uma sala, amarraram  minhas mãos na cama que estava ali, uma cama enferrujada e um  colchão velho.

A sala é pequena, só tinha uma janelinha que estava fechada com madeira e prego, o lugar fedia a morfo e rato morto, não duvido que tenha um rato em decomposição aqui dentro. A vontade de vomitar volta, mas não tem como eu vomitar, já tinha jogado meu café da manhã no banheiro da escola, não tinha mais o que vomitar em minha barriga.

Eu estou tão cansada, meu corpo só pedia um banho quente e os braços de Xamã ao meu redor.

Xamã

Meu amor, vem me buscar logo por favor, eu não sei se vou aguentar fica aqui, com um tempo Orochi veio aqui, deu gritos de surtos e me contou toda sua raiva por Xamã, o cara está se corroendo de raiva porquê sua puta de estimação deu para o Xamã, a me poupe, um homem velho desse, todos sabem que traficante não tem só uma mulher, porque diabos ele tá chorando por essa?

-- ela estava grávida, dizia que o bebê era meu, eu ia ser pai, eu ia te um herdeiro para o meu morro, mas aí...... descobrir que o desgraçado do Xamã tinha dormido com ela, o tempo tinha batido certo com o tempo que ela estava grávida, o filho poderia ser dele, mas eu não deixei, eu bati nela até que ela começou a sangrar perdendo o filho maldito -- ele sorri .

Por instinto eu coloco minha mão em minha barriga, eu estava com muito medo, se ele fez isso com a " mulher " dele o que ele poderia fazer comigo? O Deus não permita que ele faça nada comigo por favor.

-- sabe, já que ele comeu minha mulher, acho que o justo é eu comer a dele -- seu sorriso psicopata me assusta.

Começo a xingar ele, mas com a fita em minha boca eu não conseguia falar nada.

-- calma boneca, vai ser divertido -- ele vem até mim tirando a fita.

-- NÃO TOQUE EM MIM-- grito e chuto ele.

-- VADIA -- ele me bate, meu lábio inferior arde, pelo gosto de sangue em entra em minha boca parava que meu lábio foi cortado -- eu vou te comer querendo ou não, você agora é minha, eu vou ter tudo que quero, Xamã vai pagar pela traição, EU ERA SEU AMIGO E ELE EM TRAIU, AGORA EU VOU TE FUDER ATE VOCÊ NÃO SABER SEU NOME, vou mostrar que sou melhor que ele.

--sai de aperto de mim seu monstro--  digo.

-- não tem como fugir boneca.

Dono do Morro XamãOnde histórias criam vida. Descubra agora