Capítulo 1

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Não sei quais são os sonhos de todas as mulheres

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Não sei quais são os sonhos de todas as mulheres. Mas creio que nem todas têm os mesmos sonhos.

Acredito que todos tenham sonhos, que ainda não realizaram, mas também acredito que sonhos possam mudar ao longo do caminho, afinal foi o que aconteceu comigo. Eu vivia para o meu trabalho, para meus amigos e família. Não estava nos meus planos, entrar em um relacionamento, muito menos me apaixonar, até Philippe aparecer na minha vida.

Eu sempre fui direta! Se eu estava afim, eu seria cara de pau o suficiente para dar uma cantada barata como qualquer homem, afinal era engraçado ver a reação deles, quando viam que uma mulher como eu, não tentaria chamar atenção sensualizando, muito menos se fazendo de difícil.

Essa definitivamente não era eu! Por mais chulo que fosse.

Porém, não tive a oportunidade de ser descarada assim com meu marido, seu olhar me hipnotizou de tal forma na noite em que nos conhecemos, meu coração batia tão freneticamente que em alguns momentos achei que ele sairia pela boca! Nunca havia sido assim, eram reações novas que meu corpo estava descobrindo, não era apenas tesão, eu sabia que não poderia ser uma coisa momentânea, já que nunca havia sentindo as minhas pernas bambas daquela maneira, nunca tinha sentido o tão famoso friozinho na barriga! Merda era uma sensação tão estranha, meu corpo todo reagiu ao olhar penetrante de Philippe, a sua aproximação, ao seu cheiro e quando ele me tocou... nossa! Eu sabia que eu queria mais, porém eu não tinha palavras e pela primeira vez eu não conseguia falar, então eu soube que era ele. E ele me mostrou isso dia após dia, nada mais era do jeito que imaginei, tudo havia mudado e eu estava feliz com isso, meus sonhos haviam mudado e minha vida estava prestes a ficar completa.

Fecho meus olhos sentindo os últimos raios solares do dia aquecerem minha pele.

— Senhora Coleman — Abro meus olhos ao ouvir a voz da Eva. Olho para ela logo atrás de mim. — O senhor Johnson está aqui para vê-la.

Sorrio assim que ele aparece atrás dela.

— Oi, Livi! — diz sorrindo e vem andando ao meu encontro.

— Eva, você poderia nos trazer um suco? — Peço, com um aceno ela se vira e sai nos deixando a sós.

Jonathan beija meu rosto e senta na espreguiçadeira ao meu lado.

— Que surpresa maravilhosa.

— Acabei de chegar de viagem, vim passar algumas semanas com a dona Sophia.

— Ainda bem, ela senti muito a sua falta — falei acariciando minha barriga.

— Eu também sinto muita falta dela, mas você sabe como minha mãe é dramática. Ela faz drama com você e olha que nem sua mãe, ela é!

Sorrio, pois, isso é uma verdade. Eva aparece com uma bandeja, com suco e alguns sanduíches. Ela sai logo após nos servir.

— Sophia é como uma segunda mãe para mim, não a considero uma madrasta. Essa palavra é muito pesada para ser referida a ela.

— Ela também te tem como filha, mesmo que ainda tenha ciúmes da sua mãe com Rick — suspiro, pois esse é um fato que sempre me deixou mal. — Mas como está esse bebê?

Sorrio

— Esses bebês, você que dizer! — seus olhos se arregalaram — Você será tio de dois meninos.

Conto a Jonathan tudo referente aos bebês, fomos para a sala, já que o tempo estava esfriando com a ausência do sol, então aproveitei e mostrei os exames e as últimas roupinhas que comprei pela internet. É sempre bom poder conversar com Jonathan.

— Eu senti tanta saudade!

— Eu também sentia, Livi — dou um tapa em seu braço fingindo estar brava.

— Então, porque não voltou antes.

— É complicado, Livi. — Solta um longo suspiro e segura a minha mão.

— Você é feliz Olivia?

— Muito! — Ele beija a minha mão e sorri.

— Eu só quero sua felicidade, nunca esqueça disso.

— Por que você está falando isso?

— Eu sei o que está acontecendo! — Olho para ele confusa, então seus olhos vão para o meu telefone, tento achar palavras, porém não as encontro — Sei que você não contou ao Philippe, eu não sei o porquê, mas quero que você saiba que pode contar comigo. Eu vou te ajudar, na verdade, agora eu só vou me manter à espreita, só confia em mim.

— Obrigada! — disse e o abracei

Era tão bom saber que eu poderia contar com Jonathan, ele sempre esteve disponível para mim quando precisei e nesse momento eu soube que ele sempre estaria.

— Ei, gasparzinho! — disse Philippe, Jonathan me solta e vai cumprimentar meu marido.

— Gasparzinho? — perguntou rindo.

Até eu estava.

— Sim, já que você some mais que o fantasminha camarada.

— Desculpe, muito trabalho, sabe como é.

Philippe confirmou com um aceno de cabeça, veio até mim e me beijou, era um beijo simples, mas cheio de sentimentos. Philippe e Jonathan se sentaram, a conversa com eles fluía tão bem. Queria tanto que Jonathan fosse filho do meu pai, eu adoraria tê-lo como irmão, e não só como irmão postiço.

— Por que está me olhando assim, pequena sereia?

— Porque eu posso! — Falo mostrando meu melhor sorriso.

— Você pode tudo, pequena. — Jonathan abre os braços e sem pensar duas vezes saio do lado de Philippe, me sento ao seu lado e o abraço.

— Você poderia ficar — minha voz sai embargada pelo choro entalado na garganta.

— Ei, não quero você chorando, mocinha! Sei que os hormônios não ajudam, porém, você sabe que não gosto de vê-la chorar — diz e seca as lágrimas que não consegui segurar

— Jonathan está certo amor. Você chorando, torna os homens a sua volta vulneráveis.

— Então vou usar as lágrimas a meu favor — tento dar meu melhor sorriso. — Estou me sentindo cansada, vou me deitar um pouco — me levanto sendo seguida pelos dois cavalheiros à minha frente. — Você fica para o jantar?

— Hoje não, mais você me verá muito ainda, vou me dividir entre a mamãe e você.

— Acho bom mesmo — O abraço — Toda vez que você pensar em sumir, lembre-se que você é muito amado, que sinto muito a sua falta.

— Pode deixar. Agora vá descansar, você me verá muito! — beija minha cabeça e nos afastamos, olho em seus olhos e faço carinho em seu rosto.

— Acho bom mesmo.

Beijo meu marido e antes que eu entre no corredor que dá para os quartos, gritei para que ele colocasse algum juízo na cabeça de Jonathan.

Amor Pra Toda VidaOnde histórias criam vida. Descubra agora