Capítulo 8

6 2 1
                                    


— Eu deveria procurar alguém aqui, Junior? — indago — E o que você está fazendo aqui?

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

— Eu deveria procurar alguém aqui, Junior? — indago — E o que você está fazendo aqui?

— Mais um projeto da empresa — dá de ombros

— Vai ficar muito tempo aqui em Sydney?

— Uma ou duas semanas, relaxa irmão, logo estou de volta — me dá um tapa no ombro sorrindo — Vou aproveitar um pouco dessa cidade, antes de ir me liga para gente tomar algo.

— Estou indo embora em poucas horas

— Que pena, cara, mas eu aproveito por mim e por você — apenas assinto, ele se despede e segue a mesma direção em que Livi se foi.

Não vou deixar meus pensamentos irem para esse lado, Junior é meu irmão, ele não faria isso comigo. Ou faria?

Porra!

Com o telefone ainda em mão ligo para Hugo.

— Quero que venha para Sydney ainda hoje, deixe tudo o que está fazendo, quero um segurança na cola de Junior, sem que ele perceba, não quero que o percam de suas vistas.

— Desculpe a pergunta, senhor Coleman, mas aconteceu algo grave? O senhor jamais pediria para deixar de lados assuntos relacionados a senhora Coleman!

— Eu encontrei Olívia! Ela e meu irmão no mesmo país e na mesma cidade. É coincidência demais você não acha?

— Sim, tem algo de muito errado, senhor Coleman!

— Eu sei, e por isso estou te ligando, para você... — ouço seu suspiro pesado

— Sua esposa está morta.

— Não está!

— O senhor viu o corpo dela, foi ao velório.

— É ela. Tem quer ser ela! — digo Desesperado

— Senhor, me passe o endereço de onde encontrou a moça que se parece com a senhora Coleman que vou investigar.

— Não esqueça dos seguranças para o Junior!

— Não vou esquecer.

Passo todas as informações e volto para o restaurante, me desculpando com os empresários, o antigo dono diz que a empresa dele costuma custear as pesquisas do instituto de vida marinha de Sydney. Ele pede para que eu continue ajudando nas pesquisas e insiste para que eu vá conhecer, que ficarei encantado com todo o projeto. Quando tudo já está resolvido e devidamente assinado, me despeço de todos e me levanto, ansioso para chegar ao lado de fora, e ver se a encontro novamente.

Pedro já se encontra com a porta do carro aberta, com Samuel ao seu lado.

— Samuel você fica aqui por mais uma semana, preciso que você fique de guarda nesse restaurante, principalmente na hora do almoço, se você encontrar a senhora Coleman, siga-a sem que ela note sua presença — ele troca olhares com Pedro, e assente.

***

Antes de embarcar tento falar com Junior, mas a chamada era encaminhada para a caixa postal. Eu não quero pensar que meu irmão possa... não, ele não poderia me trair dessa maneira.

E como minha Livi está viva? Eu a vi morta. Eu senti sua pele fria.

Eu preciso saber o que está acontecendo. É a minha Livi, eu sei que é! Não posso estar errado, não posso e não quero.

— Posso me sentar? — Pedro aparece ao meu lado, indicando a poltrona da frente, assim que aceno Pedro se senta — Por várias vezes vi pessoas que se pareciam, e hoje não foi diferente. Assim como o senhor, tive a impressão de ter visto a senhora Coleman, — diz com calma, como se estivesse medindo as palavras para falar comigo — Porém eu fui ao velório e estava lá quando o corpo da senhora foi cremado.

— É ela, Pedro, tem que ser! — a possibilidade de ninguém acreditar em mim, ou até mesmo acharem que estou enlouquecendo, me deixa mais que desesperado, a agonia em meu peito só faz com que o medo de que eu esteja errado fique ainda maior.

— Todos nós temos um sósia, acho que mais de um, contudo dei instruções a Samuel para agir normalmente e seguir a mulher caso ela apareça, que descubra tudo que puder.

— Eu quero você, Hugo e quem mais você achar necessário para investigar tudo, as ameaças a equipe médica que fez o parto da minha esposa, tudo até a funerária — digo decidido, vou me agarrar a esperança de que seja ela, e encontrar a respostas para todo esse sofrimento. Olho para o Pedro sentado à minha frente e falo com convicção — Aquela é minha esposa Pedro, o sorriso, o olhar, é ela, e eu não vou perdê-la novamente.

Pedro acena e se levanta, deixando-me sozinho.

Ela não mudou nada, só está mais linda, com a pele um pouco mais bronzeada, os cabelos parecem mais claros, mas o sorriso é o mesmo. O que aconteceu com ela? Por que ela disse não me conhecer? Quando vi o brilho em seus olhos, achei que ela iria se jogar em meus braços, e dizer o quanto sentia minha falta, iria perguntar dos meninos, mas foi só por um momento, por mais que seus olhos continuassem brilhando como quando nos conhecemos, ela disse que não me conhecia. Não! Não foram essas palavras, ela disse que eu deveria estar a confundir com alguém, ela só não sabe que eu a reconheceria de qualquer modo e ângulo, seu andar, seu jeito, seu cheiro, tudo permanece o mesmo.

Lembrança

— Amor — desvio a atenção que estava nos meus e-mails e olho para Livi

— Vou tingir meu cabelo.

— O quê?

— Acho que está na hora de mudar o visual, o que você acha de se casar com uma ruiva.

— Nem pensar

Me levanto da cama, abraço seu corpo de frente para o espelho

— Gosto de você do jeitinho que é, morena, cheirosa, baixinha e gostosa.

— Hey, eu não sou tão baixa, tenho 1,73

— Não importa a cor do seu cabelo ou da sua pele, nem se você é alta ou baixa, muito menos se é gorda ou magra, a única coisa que importa é que você é perfeita aos meus olhos e é a mulher da minha vida. Eu te amo Olivia.

— Eu amo mais!

***

Agora sinto isso tudo de novo, parece que aconteceu como da primeira vez, primeiro o olhar amável, com um sorriso contido e doce. Agora é esperar até eu reencontrá-la, e eu vou... sinto que até meu coração está voltando a bater como antes.

Estou voltando para casa, mas, eu vou voltar, voltar com meus filhos para buscar a mãe deles!

Amor Pra Toda VidaOnde histórias criam vida. Descubra agora