Capítulo 3

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Sai do hospital com um vazio no peito, deixei meus filhos com Eva e mais dois seguranças

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Sai do hospital com um vazio no peito, deixei meus filhos com Eva e mais dois seguranças. Não consegui cuidar de absolutamente nada, por mim teria Olivia em meus braços até que Deus tivesse piedade de mim e dos meus filhos, trazendo-a de volta à vida. Minha sogra que cuidou dos detalhes, ela queria uma cerimônia rápida, somente com algumas palavras do padre para logo depois o corpo da minha mulher ser cremado. Não fui contra ao seu pedido, assim como ela, eu não conseguiria ver o corpo de Livi dentro do caixão, como se estivesse apenas dormindo, então aceitei cada decisão tomada por Luisa. Ter as cinzas da filha para ela é como tê-la por perto, até pensei em mantê-las comigo, mas prefiro manter as memórias de cada momento único que partilhamos juntos; já que não posso ter mais a mulher que amo aqui, ao meu lado.

***

Entro na capela em lágrimas, amigos e familiares chorando sentados em suas cadeiras, para dar o último adeus, uma foto grande de Livi sorrindo ao lado do caixão fechado, sento-me na primeira fileira com meus pais, irmãos e sogros. A cerimônia foi como minha sogra queria: rápida e emocionante, mas não era o que eu queria.

Eu só queria acordar na minha cama e ver que tudo não passou de um pesadelo, que ela estaria ao meu lado, e continuaríamos fazendo planos para o futuro; mais a cada pessoa que vem me dá os pêsames, é como se me arrancassem a alma pouco a pouco.

***

No hospital pedi a Eva para deixar tudo organizado em casa, para quando os meninos tivessem alta. Sentei entre os bercinhos dos meus filhos com o coração apertado.

— Como vamos fazer sem a mamãe, meus amores? Eu só tenho vocês agora!

É isso! A Partir de agora minha prioridade serão Guilherme e Gustavo. Observo meus filhos dormindo, são tão parecidos comigo, e nesse momento gostaria que eles tivessem mais de Livi.

— Lembro-me como se fosse hoje, quando recebi a notícia que vocês estavam a caminho, no caso um de vocês.

Flashback

Pedro para o carro na entrada de casa. Abro a porta e me deparo com o cartaz escrito mesversário de casamento, a casa está cheia, mas o que me interessa é minha mulher, que me espera com um sorriso radiante, ela se joga em meus braços e me beija.

— Feliz mesversário amor — murmura com os lábios ainda colado ao meu.

— Feliz mesversário minha vida — digo sorrindo — Sempre comemoramos só nós dois, de uma forma íntima e bem gostosa, achei que não seria diferente.

— Iremos ter nossa comemoração íntima mais tarde, só achei que precisávamos de uma pequena comemoração. Você gostou?

Olho o ambiente cheio de balões coloridos, mesa cheia, ela realmente se empenhou para comemorar mais um mês de casados.

— Eu amo tudo que você faz baby.

— Então vem — ela me puxa sem me deixar falar mais nada.

Pegou minha pasta falando que guardaria no escritório, comprimento a todos, Livi me entrega uma taça de champanhe, beija-me brevemente. A noite seguiu animada.

— Eu gostaria de um minuto de atenção — Olívia pede — Eu gostaria que mais uma vez vocês pudessem ser testemunhas do quanto amo esse homem, do quanto sou feliz ao lado dele. Amor, mais um mês de casados, mais um mês vivendo esse amor que a cada dia cresce mais, e só tende a crescer ainda mais — Livi me estende uma caixa, beijo seus lábios

— Eu não comprei nada para você vida.

— Só abra seu presente — assinto. Abro a caixa e dentro tem um pequeno macacão branco escrito: Estou chegando papai.

Olho para minha esposa que espera por minha reação.

— Eu vou ser pai porra! — digo mostrando o macacão no alto para que todos possam ver.

Puxo Livi para meus braços, beijando-a com todo amor que sinto, nada mais importa a não ser minha mulher e meu filho que está em seu ventre.

— Você me faz o homem mais feliz do mundo! — antes que eu possa beijá-la mais uma vez, as pessoas ao nosso redor vem nos dar felicitações, meus pais estão radiantes, meus sogros até pararam de se alfinetar.

***

O chorinho de um dos meus bebês me tira de uma das lembranças mais felizes que já tive em minha vida, uma enfermeira se aproxima com a madeira e diz que já está na hora de alimentá-los. Queria que Livi estivesse aqui alimentando nossos filhos, ela mesma, queria poder presenciar a ligação entre mãe e filhos, com os mesmo. Pego o pequeno chorão em meus braços e vejo na pulseira vejo que é Gustavo.

— Calma, garotão, o papai está aqui — coloco a mamadeira em sua boca. Meus olhos se enchem de lágrimas ao ver seus olhos azuis iguais aos de Livi me observando. — Meu pequeno príncipe.

Logo escuto outro chorinho, olho rapidamente vendo Guilherme com seus olhos parecido com os meus fazendo beicinho, uma enfermeira o acomoda em seu colo e começa alimentá-lo.

***

Aprendi a trocar fraudas e a dar banho nos meus filhos, está quase tudo certo para irmos para casa, só faltava meus pequenos tomarem a vacina.

Ver meus filhos chorando, me partiu o coração e não ter minha mulher ao nosso lado para acalentar eles, e me acalmar foi ainda pior, espero que não tenha nenhum tipo de reação.

— Enfim, em casa, meus amores — digo assim que entro na enorme sala com meus filhos em meus braços.

Não deixaria ninguém a não ser eu entrar com um deles nos braços, se minha esposa não está aqui, então esse papel é meu. Me sento no sofá e logo minha mãe me toma Guilherme, e minha sogra faz o mesmo com Gustavo, devolvendo-me ao vazio que me consome diariamente, e só meus filhos tem o poder de preenchê-los.

— Você precisa contratar uma enfermeira para te ajudar, querido. — nego rapidamente — Você precisará de ajuda Philippe, tem a empresa e duas crianças que dependem de você, precisa contratar alguém que te ajude.

— Não quero nenhuma mulher desconhecida perto dos meus filhos ou em minha casa, eu me viro, tenho Eva, a senhora, Luisa e tenho certeza que posso contar com a ajuda de Mel também.

— Mais Philippe e quando todas nós estivermos ocupadas? Como irá fazer?

— Eu me viro, mas meus filhos não ficaram na presença de uma desconhecida — Guilherme começa a chorar e essa é a desculpa que eu precisava — Está na hora de alimentá-los. Luisa poderia trazer o Gustavo por favor? Temos que cuidar bem desses príncipes.

Não espero uma resposta, somente aceno com a cabeça e saio com meu filho nos braços em direção ao seu quarto. Não demora muito e Luisa está ao meu lado.

— Eu também não quero outra mulher perto dos meus netos, não quero que eles tenham amor de filho por uma mulher que não é nada deles! Mas tente compreender sua mãe, ela não falou por mal.

— Eu sei e agradeço por entender o meu lado.

— Eu entendo querido e pode contar comigo a qualquer momento.

— Obrigada Luisa.

— Onde quer que minha filha esteja, ela está muito orgulhosa desse paizão que você é — sorrio para reprimir as lágrimas.

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