Healing Hearts {Mailila}

Eu não sou novela

Os dias passaram-se rápido, onde os dias transformaram-se em semanas. As reuniões abarrotaram-se sem pudor na agenda de Marília, Maiara e Maraísa, e o cansaço pelo planejamento da live com gravações de vídeo, decorações e arranjos técnicos simplesmente dissiparam-se um dia antes do evento.

Olhando pelo vidro do carro que Bahia pilotava, Marília observou a rua ensolarada em um dos bairros mais movimentados de Goiânia. Apertando os olhos, notou duas garotas andando de mãos dadas pela calçada conversando e rindo de algo que Marília não conseguia ouvir pelo barulho de buzinas e conversas alheias. Sorrindo, achou interessante a forma como se olhavam e seus olhos brilhavam e seus sorrisos largos uma para a outra.

- Vai ficar aí? - Bahia perguntou, destravando o carro, - Só vou comprar um energético.

Marília assentiu com a cabeça, voltando sua atenção para seu celular. Acomodando seus óculos escuros no topo de sua cabeça, resolveu atualizar-se nas redes sociais. No twitter, notou um link de uma história e diversos comentários na publicação. Curiosamente, clicou no link e iniciou a leitura.

A história era relativamente curta, em apenas um mísero capítulo. Contava a história de Marília Mendonça e Maiara Carla esgueirando-se pelos camarins após um show. Dentre conversas e flertes descarados durante a trama, acabou-se com as duas personagens beijando-se ardentemente, e então a história tomou um rumo mais proibido.

A Marília da história contada sentava-se nas grossas coxas de Maiara após o beijo trocado e friccionava seu sexo contra elas enquanto a mais baixa distribuia beijos em seu pescoço e apertava fortemente sua bunda ajudando-a em seus movimentos. Marília gemia escancarado, sentindo seu sexo umedecer enquanto ainda havia o contato. A loira do conto fictício implorava pelo toque em seu sexo, pedindo manhosamente e descaradamente por isso. Maiara por sua vez, atendia o pedido arrastando o tecido da calcinha da personagem para o lado, entrando em contato com a intimidade molhada e fazendo movimentos circulares o que deixou a Marília fictícia ainda mais excitada.

Acontece que, a Marília da vida real também encontrava-se daquela forma durante a leitura. Respirando fundo, Marília rolou a história para baixo, lendo o exato momento onde dois dedos a penetravam de forma dura e certeira, e a personagem então delirava ainda mais com o contato pedindo por mais.

O corpo da Marília real esquentava ainda mais, sendo possível sentir sua intimidade pulsar imaginando a situação contada. Balançando a cabeça de um lado para o outro de maneira frenética, fechou o conto rapidamente na tentativa de afastar os pensamentos e concentrar-se da forma que estava se sentindo naquele momento.

Mordendo o lábio, Marília voltou seus olhos escuros para a rua movimentada ainda imaginando o ocorrido da história. Flagrou-se vergonhosamente pensando se Maiara realmente faria isto em situações com esta ou se isso seria apenas de forma fictícia. Imaginou-se realmente sentando-se em suas pernas e dizendo em seu ouvido o quão excitada e pronta estava, antes de ser penetrada deliciosamente por seus dedos e rebolando contra eles para prolongar ainda mais a sensação de prazer.

"Onde é que estou com a cabeça?" Marília perguntou-se imediatamente após sentir a contração de seu sexo. Olhando para baixo, respirou fundo, revirando os olhos "Isso só pode ser brincadeira", completou.

Voltando seus olhos à calçada, notou Henrique Bahia caminhando em direção ao automóvel que se encontrava, então logo tratou de endireitar-se no banco passageiro, tirando fiapos invisíveis de sua calça preta e fazendo o máximo para expulsar os pensamentos de sua mente.

- Me perdoe a demora, Lila. Aquele lugar estava lotado e então eu fiquei uns bons minutos na fila. Ah, trouxe um suco para você, achei que estivesse com sede.