Me leva

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"Me beija na rua,
Me leva pra tua casa
Me deixa nua,
Diz que sou o que você procurava."

Tudo aconteceu rápido demais. A entrega ao beijo, a forma como se encaixou no primeiro toque. Maiara, novamente sentia seus joelhos virarem gelatina logo no primeiro toque. Todo o álcool presente em sua corrente sanguínea serviu como gasolina para o incêndio que se formava em seu corpo. Adentrando a boca lentamente com sua língua, familiarizou-se novamente com o espaço.

"Eu, cansada de resistir
Quero me soltar
Deixa eu me sentir"

Marília sentiu o frio na barriga lhe gelar e logo em seguida, lhe incendiar na mesma intensidade e instantaneamente. Os sentidos mais naturais foram dar um passeio por aí, dando espaço para seus instintos mais animalescos. Com uma mordiscada no lábio de Maiara, lentamente lambeu seu lábio inferior com a ponta de sua língua. Girando sua língua em volta da ponta da língua que Maiara lhe oferecia, arfou levemente contra a pele da mais baixa. Aquilo era diferente para si, mas tinha plena certeza que se acostumaria facilmente com isso.

"Então vem pra cá
Ninguém pode ouvir"

Andando lentamente em direção que nenhuma das duas conhecia, encontraram o grande sofá da sala de estar. Ao encostar a parte de trás de seus joelhos no estofado, Maiara sentou-se para receber a leonina conectada em seus lábios. Entre mordiscadas e línguas, a falta de ar queimaram-lhe os pulmões. Entre selinhos, Maiara encontrou sua testa na de Marília, com a respiração pesada. Não conseguia lhe olhar nos olhos naquele momento, talvez com medo da rejeição ou de uma reação de Marília.

- Está tudo bem, Mai - Marília sussurrou, ainda ofegante. - Eu não sei o que aconteceu, mas eu precisava disso.

"Sem se preocupar, ou se distrair
Vida passará e eu quero existir"

Encontrando as grandes órbitas escuras de Marília, a morena sorriu levemente. Durante alguns segundos, os olhos não se desgrudaram e então, iniciaram ali uma conversa silenciosa. Nada precisava ser dito.

Erguendo-se novamente para alcançar o sorriso de Marília, Maiara capturou seu lábio inferior para si novamente, passando suas mãos pelo caminho de suas coxas até encontrar suas costas e parando ali com um carinho leve. As línguas encontraram-se novamente, causando novamente reações que esquentavam seus corpos, e então as mãos de ambas tomaram vida própria. Automaticamente, a mão de Marília alcançou a bochecha de Maiara, e a outra passeou até sua nuca, prendendo os cabelos de lá entre seus dedos, que fez a morena arfar com a leve puxada. Enquanto isso, a mão de Maiara voltou à coxa de Marília, a arranhando e dando leves apertões, que fizeram o corpo em cima de si reagir instantaneamente. Marília ajeitou-se ainda mais nas pernas de Maiara e o leve movimento fez com que seus quadris se movimentassem e lhe trouxessem uma sensação de prazer.

"Dois corpos enrolados
Jovens cheios de vida
É inacreditável"

Uma das mãos de Maiara chegaram até a cintura de Marília, apertando e forçando seu corpo mais para baixo em direção às suas coxas, que fizeram com que seus quadris reagissem ainda mais, trazendo movimentos involuntários para frente e para trás com uma fricção deliciosa de seu sexo contra os quadris de Maiara. A mente de Marília desligou completamente do certo e errado, e ofegante demais para continuar o beijo, seus lábios viajaram para sua bochecha, distribuindo beijos e traçando um caminho até seu pescoço, ainda apertando os cabelos morenos entre seus dedos. Com beijos leves na pele exposta, ouviu uma lufada de ar da mulher abaixo de si, que apertava ainda mais o corpo de Marília que ainda se movimentava em cima de si. Passando aos ouvidos de Maiara, a loira ofegava baixo fazendo com que Maiara revirasse seus olhos de prazer.

Healing Hearts {Mailila}Onde histórias criam vida. Descubra agora