1- Realidade

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Mais uma fic, dessa vez porque me colocaram fogo no cool, então não me julguem, por favor. Tentarei fazer capítulos pequenos e uma trama igualmente curta para dar conta de encerrar o mais depressa possível, mas já sabem, né: Não prometo que dou conta rsrs

Independente de qual ângulo se olhasse, a vida de Eijiro parecia ser perfeita demais. Ele tinha mães atenciosas, pacientes e amorosas, uma saúde praticamente inabalável e a sorte de nascer alfa embora a maioria dos colegas fosse beta, sem contar o fato de ser um garoto de classe média alta, usufruindo de um padrão de vida invejável à muitos.

Após um início de adolescência atribulado e cheio de situações dramáticas e confusas, ele conseguiu realizar seu sonho de entrar na U.A e, de quebra, ainda saiu de lá formado e acasalado com sua alma gêmea.

Obviamente houveram situações difíceis, principalmente por eles terem precocemente assumido o namoro e, em pouco tempo (e sem nenhum pingo de juízo), se unido permanentemente através da marca.

O sentimento que partilhavam foi tão intenso, genuíno e mútuo que eles sequer titubearam em se tornar um casal. Eijiro precisava apenas do consentimento do ômega que roubou toda a sua capacidade de raciocínio e assim que o obteve, fechou os olhos e atendeu a demanda dele.

Naquele momento ele sentiu-se em paz, completo e tão feliz que sentia que seu peito ia explodir de felicidade. Seu alfa interior grunhiu de orgulho e satisfação por ter sido aceito pelo companheiro perfeito e predestinado.

Suas mães não gostaram muito da situação por ambos ainda serem menores de idade, mas acabaram aceitando o inevitável. Não havia como voltar atrás de qualquer maneira.

E foram anos de felicidade e completude.

No fundo, uma sensação de angústia e mal agouro o perturbavam, tal qual uma premonição que o convencia de que toda aquela felicidade exagerada era apenas passageiro. Fugaz.

Kirishima tinha medo dessa sensação que fazia seu coração apertar e os olhos encherem de lágrimas que as vezes derramava em sigilo, buscando esconder de seu companheiro para não o preocupar.

Afinal como ia explicar que estava chorando por receio de um sentimento que o assombrava? Katsuki sempre fora o mais racional de ambos, certamente não o levaria a sério. 

Ainda que tentar ocultar não funcionasse de todo. Katsuki sabia exatamente como ele estava se sentindo apenas de olhar em seus olhos. Esses momentos de flagra eram, de certa forma, os preferidos de sua cadela alfa. Ganhar atenção e carinho do parceiro, se acalmar e recuperar as energias no toque cálido e gentil daquela faceta incomum que Bakugou só mostrava quando estavam a sós.

FragmentadoOnde histórias criam vida. Descubra agora