2 - Teimosia

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Eu nem sei o que está acontecendo aqui, só sei que estou gostando rsrs

Mais uma vez, Eijiro apenas sentou em um dos bancos do vestiário da agência em que trabalhava

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Mais uma vez, Eijiro apenas sentou em um dos bancos do vestiário da agência em que trabalhava. Vestia aos poucos o uniforme, parando muitas vezes por pura falta de motivação, deixando o corpo apenas parado sem motivo ou pressa alguma.

Por que tudo tinha que ser tão penoso?

— Noite difícil? — a voz de Sero resgatou Eijiro de seu momento contemplativo.

— Hmm. Um pouco.

Insônia era algo que fazia parte do cotidiano de Eijiro havia anos, já estava mais do que acostumado. O que não descia ou melhorava nunca era o sentimento de vazio que amargava nessas horas.

Sua família deveria ter quatro pessoas, mas tinha sido reduzida a apenas duas.

Sero seguiu a direção de seu olhar mórbido e entendeu o motivo. Eijiro sempre fitava o armário que pertenceu a Katsuki de um modo melancólico e desolado quando estava em crise. Simpático com sua dor, ele suspirou e bateu a mão no ombro do amigo, o confortando.

— Também sinto falta dele. — comentou, e os olhos de Eijiro se encheram de lágrimas.

— Em alguns meses vai completar três anos que ele se foi e ainda não consigo aceitar.

Sero sentou ao seu lado, oferecendo uma toalha de mão que trazia na bolsa pendurada ao ombro para que ele enxugasse o rosto.

— Eu já deveria...

O beta o cortou, chamando sua atenção de um jeito amigável.

— Ei! Lembra do que conversamos da última vez, certo? Nada de se cobrar. Você tem o seu tempo, respeite isso.

— Não posso protelar para sempre, Yuto já está na fase de entender o mundo, preciso falar com ele sobre a morte do Katsuki.

Assumir a verdade que seu ômega e companheiro tinha morrido sempre o deixava magoado. Katsuki deveria ser sempre seu presente, nunca seu passado. Simplesmente não combinava.

— Não pode atropelar o processo, Bro. Eu entendo que seja difícil lidar com ele, mas é necessário estar bem para isso.

— Eu sei, eu sei... Só... Eu não sei como falar pra ele sobre isso... — a voz dele começou a ondular, a garganta fechando por causa da tristeza — Será que algum dia eu vou superar de verdade?

Sero o abraçou, permitindo que ele chorasse em seu ombro.

— Vai sim, Bro. Só precisa de tempo. Até lá, estaremos aqui para te ajudar.

(...)

A noite tinha caído sobre a cidade, cobrindo tudo com seu manto pesado. Pelas ruas abarrotadas, Eijiro se movia, esperando poder encontrar um pouco de alívio em uma caminhada noturna. Yuto estava com os padrinhos, aproveitando uma noite de jogos, cortesia de Mina e Tetsu que resolveram dar ao alfa um passe livre para descansar as dores sem ter que se preocupar em fingir sorrisos e normalidade para o filhote curioso.

FragmentadoOnde histórias criam vida. Descubra agora