[concluído]
Por dois anos, Kirishima de alguma maneira conseguiu sobreviver a morte de seu companheiro e seguir em frente sem sucumbir à tristeza e solidão do luto.
Isso até Yuto, seu pequeno e único filho lhe perguntar:
- Pai, porque só eu tenho v...
Oi, amores! Como estão? Eu tô sem palavras para esse capítulo.
Aviso de gatilho: ataque de pânico e menções a suicídio.
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Durante anos, Vertigem brincou e moldou a mente, pensamentos e memórias de Katsuki de muitas maneiras destrutivas. Sessões dolorosas e perturbadoras deletadas naturalmente de sua mente na tentativa de preservar um pouco de sua sanidade.
De todas, aquela era a mais hedionda.
Nem mesmo a tortura psicológica ou os constantes abusos físicos se comparavam a ter de enfrentar Eijiro. Katsuki podia lutar contra qualquer um, abdicaria de qualquer parte de si para deter e se vingar de Vertigem, mas nunca, jamais, em hipótese alguma, feriria seu alfa deliberadamente.
Por isso não conseguiu conter as lágrimas que trilharam seu rosto, maculando sua imagem de herói destemido. Simplesmente foi mais forte do que ele poderia suportar. E a mistura de incredulidade e fúria que contorcia seu semblante, o tornou lamentável e assustador.
— Eu te odeio, Vertigem. — sussurrou, o queixo trepidando — Por que não nos deixa em paz?
— Foi você quem veio até mim, Zero. — a voz dele lhe deu dor de cabeça e o fez estremecer de repulsa e apreensão — E você veio porque sabe que os nossos destinos estão unidos.
— Eu vim para te matar! — exasperou-se — Porque você fodeu a minha cabeça e me persegue como a porra de um maníaco!
— Um alfa sempre vai desejar estar perto de seu ômega, é a natureza.
— NÃO SOMOS UM CASAL, SEU DEMENTE! NUNCA SEREMOS!
— Você ainda está em negação, mas em breve vai compreender e aceitar.
O maldito sorriso maníaco de Vertigem sequer diminuía. Ele realmente cria na fantasia que criou de que ambos estavam destinados a formar um casal. O olhar insano e rosto manchado de sangue eram uma lembrança macabra de que ele não estava no melhor de sua mentalidade.
Bakugou gritou frustrado, soluçando sem conseguir encarar o que estava acontecendo. Os gatilhos que já estavam sendo pressionados desde que entrou naquele maldito lugar o levaram ao limite. Sem forças, ele caiu de joelhos, cansado de lutar e sempre acabar preso de volta ao ponto de partida.
Preso ao seu algoz.
Sua pele estremecia de pavor só de pensar que teria que ceder. A pressão em sua mente o fez levantar as mãos e segurar ambos os lados da cabeça.
Ele teria que ceder.
E aceitar.
Não havia solução.
De maneira alguma iria lutar contra Eijiro ou o fazer lutar contra si.
Vertigem tinha tocado em um dos seus pontos fracos mais sensíveis.
